segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A cidade e o poeta


Esta cena se repetiu 7 vezes desde de que a estátua do grande poeta Carlos Drummond de Andrade foi colocada em um dos bancos da praia de Copacabana em 2002. Era lá que ele passava os finais da tarde, descansando, refletindo.



A homenagem é linda.
O desrespeito é absurdo.

A prefeitura instalou uma câmera num poste de frente para a estátua que a vigiará 24 horas.

Aparentemente resolverá esse problema.
Mas a cidade insistirá em ser a mesma, por um meio ou por outro.

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sábado, 19 de dezembro de 2009

Melhores Álbuns Nacionais - 2009 - parte I

Conforme combinado, inicio agora minha lista de melhores álbuns nacionais de 2009 segundo minha opinião e audição. Provavelmente alguns discos não foram ouvidos por minha pessoa com a devida atenção ou nem sequer foram ouvidos... Como já foi comentado anteriormente, a "safra" 2009 está muito boa em qualidade e em quantidade.

Nessa parte I, eu mencionarei os álbuns relevantes, que não entraram na lista mas que merecem sem dúvida sua audição:

ORQUESTRA BRASILEIRA DE MÚSICA JAMAICANA



Ótimo EP dessa Orquestra idealizada pelo músico e produtor Sérgio Soffiatti e o trompetista Felippe Pipeta. A idéia nesse primeiro trabalho é tocar alguns clássicos da música brasileira nos estilos de música jamaicana de raiz, principalmente o ska. E fazem isso com muita propriedade. Abrindo o EP, introdução clássica de "O Guarani" de Carlos Gomes e, fazendo referência a "Voz do Brasil", uma voz anuncia: "Em Brasília, hora de dançar... SKA!". Depois o que se ouve é muito ska... os músicos são muito bons e a transposição dos clássicos nacionais ("O Guarani", "Tico-tico no Fubá" e "Águas de Março" são destaques) para o ritmo jamaicano foi tão bem feita que agrada até quem não é muito ligado aos sons da jamaica, como eu. Só uma música é de autoria deles, "Ska Around the Nation". Está previsto para 2010 o primeiro disco deles. Provavelmente estará na minha lista do ano que vem.

Escute no http://www.myspace.com/obmjska. Lá dá pra baixar o EP também.

COPACABANA CLUB - KING OF THE NIGHT



Mais um EP. A banda é de Curitiba e mistura música eletrônica para dançar com pitadas de indie rock. Bem interessante. Todas as letras são em inglês e a banda ganhou certo reconhecimento por ter uma das suas músicas, "Just Do It", como trilha de um comercial da Fox.

Escute tudo no myspace deles: http://www.myspace.com/copacabanaclubmusic


ANA CAÑAS - HEIN?



Segundo disco de Cañas, este com uma pegada mais rock e várias composições com dois gênios: o eterno titã Arnaldo Antunes e o mutante e grande produtor Liminha. Acho que a pegada mais rock está explicada né? Algumas baladinhas/músicas mais introspectivas na meiuca quebram um pouco o início devastador do disco com "Na multidão" e "Coçando" mas nada que tire o mérito desse bom álbum. "Chuk Berry Fields Forever" do Gilberto Gil e "Gira" também são boas pedidas.



Dá para escutar tudo no site dela: http://www.anacanas.com/


ARNALDO ANTUNES - IÊ IÊ IÊ



Como disse agora pouco, Arnaldo Antunes é gênio. E decidido a resgatar um rock mais jovem guarda que em vários momentos lembra a sonoridade inicial dos Titãs ainda do Iê-Iê, ele cria esse belo disco que conta com a participação de outras peças importantes na atual fase da música brasileira: Curumin na batera e Fernando Catatau(Cidadão Instigado) na produção. Além deles, a companhia inseparável do guitarrista Edgar Scandurra.

"Iê Iê Iê" foge do experimentalismo dos discos solos anteriores de Arnaldo. A sonoridade e as letras não são tão complexas. Mas de forma alguma estamos escutando um tributo ao som sessentista e sim uma renovação desse som com uma roupagem contemporânea. E a missão foi cumprida com louvor. Composições com os tribalistas Carlinhos Brown e Marisa Monte além de parcerias com o pessoal dos Titãs que estavam engavetadas.



Várias se destacam: A abertura com "Iê Iê Iê", "Aonde Você For", "Vem Cá" , "Invejoso", "Sua Menina" e por favor não deixe de escutar "Um Kilo". Pra falar a verdade, escute o disco inteiro o mais rápido o possível. É só entrar no site dele: http://www.arnaldoantunes.com.br/


VIVENDO DO ÓCIO - NEM SEMPRE TÃO NORMAL



Tudo bem, o novo disco do Vivendo do Ócio é praticamente o "Teorias de Amor Moderno" de 2008 com algumas faixas a mais e as outras com uma produção mais caprichada... Mas os caras estão fazendo com muita competência um rock que lembra muito o Arctic Monkeys e receberam com justiça o prêmio de banda revelação no VMB da MTV (um dos poucos prêmiados com jutiça).



Escutem as clássicas "Terra Virar Mente", "Meu Precioso", "Fora, Mônica", "Hey!Hey!" e a nova "Rock Pub Baby". Tudo no myspace deles: http://www.myspace.com/vivendodoocio

E como seria bom se eles abrissem o show do Franz Ferdinad em março na Fundição... Sonhar não custa nada...

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Marvel Dubai Land - o parque para viciados em quadrinhos

Foi liberado pelo estúdio Chimera Design esta semana a arte conceitual do que seria o parque tematico da Marvel em Dubai.
Há boatos de que o parque ficará pronto até 2012.

Não da pra entender muito bem algumas coisas, afinal é só a ideia no papel, mas ja da pra ter uma idéia do quão maneiro será. E além do mais são belissimas ilustrações!
Confira!



Sensacional, não?
Um belo lugar pra passar as férias de fim de mundo!
hehehe

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Avatar - De madrugada e ainda na empolgação do cinema!!!!



Bom, para os que ainda não sabem, desde 2001 venho mantendo uma lista com todos os filmes que vi na minha vida (atualmente está chegando em 2000), à partir de 2004 comecei a anotar todos os filmes que assistia, juntamente com a data, e passei a acompanhar esses números e compará-los com o passar dos anos. Esse ano estava obstinado à ultrapassar minha marca de filmes assistidos no cinema ao longo do ano, a marca anterior era de 69, após muito esforço (nossa como foi difícil assistir um monte de filmes, ehehehhe) e alguma sorte cheguei ao número 99 justamente 1 semana antes da estréia de Avatar, e já que era para estabelecer uma marca simbólica, que fosse com um filme digno. Então ontem, quinta feira, meu irmão e eu encaramos uma tempestade em para assistir a pré-estréia de Avatar...

Cameron é conhecido justamente por deixar o público de boca aberta, foi ele que em 1984 nos trouxe o incrível “Exterminador do futuro”, um filme que até hoje impressiona pelos efeitos de maquiagem e animatronics (é, houve uma época em que não se fazia tudo numa tela de computador), cinco anos depois ele lança “O segredo do abismo”, um filme que não é tão famosos por aqui, mas que impressiona pela qualidade dos efeitos visuais. Dois anos depois vem o arrasador “Exterminador do futuro 2”, esse sim foi um marco, os efeitos do filme estavam à frente do seu tempo, nunca havíamos visto nada como aquilo antes, e esse filme marcou de vez o uso da tecnologia digital para os efeitos especiais. Cinco anos depois, Cameron faz simplesmente o maior filme da história (no quesito sucesso comercial): Titanic, o filme ganha 11 Oscars, faz absurdos 1 bilhão e 800 milhões de dólares, 700 milhões à mais que o segundo colocado nas maiores bilheterias da história. Após todo esse sucesso Cameron se recolhe em sua pesquisa sobre o fundo do mar e usa milhões para investir na tecnologia de sua nova empreitada.

O filme é resultado de 12 anos de trabalho do diretor James Cameron, que aguardava a tecnologia necessária para levar sua história às telas. Muito vinha se falando sobre essa nova tecnologia, muitos diziam que seria um divisor de águas no cinema, que um novo padrão, tanto em questão de efeitos quanto em questão da qualidade do efeito 3D seriam impostos no mercado após esse filme. Quem acompanhou o processo dizia que era espetacular, algo jamais visto, e etc. Mas na hora do vamos ver, será que é isso tudo?

É!

O roteiro em si não traz nada de novo (uma constante nos atuais filmes de Hollywood), aquela mesma história que “quase” cansamos de ver: alguém tem que se passar por algo que não é para conseguir algo, mas durante sua experiência acaba se descobrindo uma pessoa melhor, provavelmente se apaixona, seu segredo é revelado no terço final do filme, ele é banido, mas volta para se redimir e ajudar sua nova família a superar o terrível mal que está por vir. Esse contexto está pra lá de manjada, até desenhos animados recentes tem essa fórmula (Os sem floresta por exemplo), mas onde os filmes americanos tem errado, Cameron acerta em cheio, ele nos faz agüentar quase 3 horas, mesmo sabendo todos os rumos que a trama seguirá, simplesmente por que Pandora é um mundo real.
Sim, Cameron acertou de novo, e provavelmente um novo padrão será exigido dos arrasa quarteirões que virão nos próximos anos (O Hobbit está aguardando o resultado de Avatar para seguir o mesmo caminho), pois o mundo que vemos no filme realmente existe. É impossível dizer o que é real e o que é criado por computador (ah, praticamente nada é real), todo o mundo em que se passa o filme foi criado digitalmente, cada pedra, cada folha, cada animal, a única coisa que é real no filme são os humanos, fora isso, acredite, você está vendo efeitos digitais. Esqueça aqueles filmes onde é possível distinguir o fundo adicionado posteriormente, onde por mais perfeita que seja a fusão nós ainda temos a leve sensação de que há algo errado, em Avatar tudo é real. Some à isso o 3D que é impressionante, tudo parece estar acontecendo realmente na frente de seus olhos, esqueça aquela idéia de que o 3D é para fazer as coisas pularem em sua direção, isso até acontece aqui, mas o que vale mesmo é estar inserido dentro desse universo.
Além de tudo isso vamos acrescentar as pitadas mágicas de Cameron: personagens cativantes (Arnold foi responsável por 2), vilões terríveis (Arnold de novo), cenas de ação incríveis (True Lies, Exterminador 2, Aliens...), cenas de batalha e tiroteio gigantescas (nem preciso mais citar os filmes), romance, drama (Titanic te lembra algo?), personagens femininas fortes (aaahm, todos os filmes de Cameron), com isso temos realmente um filme que promete ser outro sucesso de crítica, público, prêmios...

Um filme obrigatório, que provavelmente mudará muita coisa na forma de se fazer e de se assistir cinema, um evento para pessoas de todas as idades e gostos, por que até isso ele conseguiu unir, um filme tanto para as fãs de Titanic, quanto para os fãs de Exterminador, e para as crianças que assistem Era do gelo, mas faça um favor a si mesmo, assista numa sala 3D.

Pra mim, o melhor do ano, e que venham as continuações!!!!!

RRRRR

É 1/2Kg, ta com resenha antes de todo mundo hein!!!!!

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sábado, 12 de dezembro de 2009

2009

Estamos nos aproximando do final de 2009 e as listas dos melhores nos mais diversos segmentos já estão sendo liberadas... Gosto muito de listas, não porque elas realmente determinam o que houve de melhor no ano mas sim porque servem como parâmetro para um aprofundamento no tal assunto... Alguns discos que estão na minha lista de melhores álbuns nacionais de 2009 eu só escutei porque foram mencionados em outras listas divulgadas por um pessoal mais apressadinho.

A minha só divulgarei semana que vem mas já posso comentar sobre o grande ano de 2009 para a música, pelo menos a nacional ( não acompanhei muito o que rolou lá fora). Tivemos discos para todos os gostos sempre com alta qualidade. A minha lista que deveria ter 10 álbuns com muita boa vontade já está em 20 brigando por alguma vaga nela.

2009 mostrou que as bandas/músicos aprenderam definitivamente a viver sem gravadoras gigantes; que sabendo utilizar a internet, chegarão ao seu público de forma mais direta, sem intermediários, sem maquiagem.
Sinal disso é que boa parte dos discos da lista que divulgarei estão a disposição nos sites/myspace das bandas/músicos para download ou audição na íntegra.
E quem gostar vai nos shows, vai querer o disco na forma física, vai divulgar a banda...

Que 2010 ratifique tudo isso... Semana que vem minha lista!

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pausa para o hexa...







Sem comentários!

PS:Parabéns a todos os outros clubes cariocas.Nossas torcidas foram muito mais participativas que qualquer outra!

Fotos de Rodrigo Nascimento


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sábado, 5 de dezembro de 2009

Woolfson



Eric Woolfson,que formou com Alan Parsons ( engenheiro de som em "The Dark Side of the Moon") o fantástico The Alan Parsons Project, morreu em Londres aos 64 anos, na última terça-feira. O projeto fincado no rock progressivo produziu bons álbuns conceituais no fim da década de 70 início dos anos 80. A música de maior destaque comercial é "Time", que com certeza, mesmo você que não conhece a banda, já escutou algum dia a linda melodia. O vocal é de Woolfson. A letra explica todo o resto:

"Time, flowing like a river
Time, beckoning me
Who knows when we shall meet again If ever
But time, keeps flowing like a river... to the sea

Goodbye my love, Maybe for forever
Goodbye my love, The tide waits for me
Who knows when we shall meet again If ever
But time, keeps flowing like a river (on and on)
To the sea, to the sea

Till it's gone forever
Gone forever
Gone forevermore

Goodbye my friends, Maybe for forever
Goodbye my friends, The stars wait for me
Who knows where we shall meet again If ever
But time, keeps flowing like a river (on and on)
To the sea, to the sea

Till it's gone forever
Gone forever
Gone forevermore"

O Tempo sempre flui como um rio, Woolfson...

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Queremos Apatow nos cinemas!!


Existe um fenômeno negativo acontecendo nos cinemas brasileiros e eu sinceramente não sei exatamente o motivo dele.Qualquer filme que tenha o nome ”Judd Apatow” nos créditos é automaticamente descartado de ter sua estréia nas salas brasileiras.Isso seria perfeitamente compreensível se estivéssemos tratando de diretores patéticos como uwe boll(pra citar um que é cachorro morto),mas não é o caso de apatow.Seu nome(tanto na produção,quanto na direção) é sinônimo de sucesso absoluto nos EUA,por parte de crítica e público,sem falar na matéria na cahiers du cinema(“só” a revista mais conceituada de cinema no mundo)feita há alguns meses,sobre esse fenômeno Apatow,o que mostra que o prestígio dele é mundial.Será que os filmes dele não fizeram sucesso aqui?

Depois de Superbad,qualquer filme que ele produziu/dirigiu,foi ignorado pelos engravatados das distribuidoras,e não puderam ser apreciados no telão.Tenho consciência de que suas comédias não são tão bem recebidas quanto nos EUA,mas tenho quase certeza que O virgem de 40 anos,Ligeiramente grávidos e Superbad tiveram boas recepções no Brasil.E mesmo que não tivesse grandes bilheterias,vários filmes ridículos que não deram certo nem lá fora,são lançados aqui,ninguém os assiste e fica por isso mesmo.Num é melhor lançar um que fez sucesso lá fora não?Se fossem comédias inglesas até entendia,já que costumam dar certo só por lá mesmo...

Isso tudo é uma grande pena,pois o nome do Apatow não está sendo incensado a toa.Suas comédias desbocadas,melancólicas,nostálgicas em que a amizade masculina é o grande centro,trouxeram um ar de renovação necessário para a comédia,que não vinha desde os Farrely.Disse isso tudo principalmente por 2 motivos.Baixei adventureland(que pretendo ver em breve e escrever aqui),pois fui obrigado,já que veio direto para dvd e fiquei sabendo que Funny people,o último dirigido por ele,também deverá vir direto para o mercado doméstico.Uma pena,se considerar um país que uma enxurrada de comédias-lugar-comum aparecem a todo tempo.

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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Coca Cola x Pepsi - convencional x novo

Pois é ... vim aqui escrever pela primeira vez decentemente nesse blog para falar de uma das
rivalidades mais clichês da publicidade.
Estava eu no supermercado ontem fazendo minhas comprinhas de produtos de soja quando me deparei com lindas garrafas da pepsi em sua nova embalagem, novo logotipo e simbolo. Eu não estava no supermercado com a intensão de comprar refrigerantes definitivamente, mas me deu uma vontade danada de comprar aquelas belas garrafas de Pepsi e degustar seu "delicioso?" líquido. Irônico não?

Optando por um design mais simplista, objetivo, direto, sem firulas, bem a la Max Bill, a Pepsi inovou trazendo modernidade e refinamento em sua embalagem, com uma tonalidade de azul mais fechada(na original) e se utilizando de tons metalicos, que da uma elitizada na situação, o que fez a Coca Cola parecer completamente parada no tempo e um produto extremamente popular.

Muitas empresas atualmente tem optado por mudar suas identidades visuais visando algo mais moderno e limpo. Atrair novos públicos é a intensão. Se distanciar do povão e atingir a elite tambem é um caminho que eles tem tomado, assim como fez o Mate Leão que ao mudar sua embalagem ficou parecendo muito mais um chá de gente chique do que um simples mate geladão pra beber na praia. O Leão ficou muito mais metido, a tipografia deixou de ser aquela pesadona pra chamar a atenção na prateleira para uma mais discreta e requintada com um contraste de forma interessante nas palavras. Isso porque já é um produto tão consolidado que não precisa mais ficar brigando pra ver quem aparece mais. Aqueles que bebem Mate Leão continuarão bebendo. Os que não bebem vão continuar não bebendo, vão continuar comprando a marca mais barata. Mas a chave acredito eu seria aqueles que não bebem nenhum tipo de mate que podem passar a se interessar pelo produto, ja que ele tomou muito mais as caracteristicas refinadas de um chá, visualmente falando.A Pepsi nunca teve a pretensão de roubar o público da Coca Cola mas sim de conquistar um público só seu, um público com um gosto diferenciado dos demais, tanto que, por exemplo, optou pela sua cor institucional ser azul, que seria o "contrário" do vermelho quente e berrante da coca cola.
A Coca Cola por sua vez, possui seu fiel público, que a idolatra e não a troca por nada.
Por isso ela não modifica sua identidade visual nem por um decreto. porque já está no
subconsciente das pessoas associar aquela tonalidade de vermelho, aqueles traços da tipografia à sede. Pensou em sede, pensou em vermelho e tipografia manuscrita com traços loucos brancos, pensou em coca cola.

Mas será que vai ser sempre assim?
Seria a Coca Cola um império tão intocável ao ponto de não quebrar nunca?

Eu acho que a Coca Cola devia tomar mais cuidado com a concorrência.
Olhar em volta e ver o que anda acontencendo. As novas tendências.
Pessoas mudam, mudam seus hábitos, seus costumes e seus desejos.
Pessoas mais "fresquinhas" que nem eu, que dão muito valor ao design, a marca, a aparência
dos produtos, podem ficar enojadas do seu vermelho sangue e seu logotipo brega com uma fonte
ultrapassada. Podem passar a olhar a Pepsi com outros olhos. Podem associar tranquilamente a Coca Cola ao povão e deixar de consumir apenas por esse motivo. Para não se misturar aos demais, para ser diferente, e é esse o objetivo da Pepsi, agora muito mais evidente com sua nova embalagem.

A Coca Cola poderia mudar de embalagem tranquilamente que não iria perder seu público.
Nao estou dizendo para mudar drasticamente, até porque as associaçoes de cor e forma tem que ser feitas no subconsciente para despertar o desejo de compra. A Pepsi mudou mas o seu simbolo continua basicamente o mesmo, apenas com um redesenho mais interessante. Poderia a Coca dar uma modernizada, um upgrade, utilizar uma tipografia mais moderna, fechar um pouco o vermelho sangue, sei la... dar um jeitinho para ela nao parecer mais tão pré-historica na frente da nova embalagem da Pepsi que na minha opinião esta dando um banho de design na Coca Cola.

Enfim... desculpem minha falta de jeito com as palavras, meus pensamentos podem estar meio confusos mas acho que da pra entender meu ponto de vista. Ainda estou pegando o jeito da coisa... Dá um desconto, minha primeira postagem com texto!

Abraços multicoloridos! ;)

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Shows no Rio de Janeiro



Não, o AC/DC não vai tocar no Rio, e não, não vou postar neste momento mais uma crítica sobre o 2012... mas concordo plenamente com tudo que meus prezados colegas escreveram deixando bem claro que pra quem só quer assistir um filme sem se preocupar com outros elementos técnicos ou os clichês está bom demais...

O motivo da minha postagem é outro... o fim que irei me referir é o de grandes shows internacionais no Rio, principalmente o das grandes bandas. Em 2009 até que tivemos a oportunidade de ter Iron Maiden e Kiss na Apoteose mas perdemos AC/DC... e pra 2010 já perdemos Metallica... E o pior: no caso da banda do vocalista James Hetfield o Rio além de perder novamente pra sampa ainda perdeu pra Porto Alegre!!!!
E no caso do Iron, eles adoram o Brasil, colocam as tralhas no avião deles (Ed Force One) e vão pra onde querem, ou seja, eles bancam a passagem pela terra brasilis...

E a tendência é piorar se algumas(muitas!!)atitudes não forem tomadas. Vivemos um ciclo vicioso onde os "organizadores" (parece piada tal nomenclatura) criam maneiras mirabolantes de ganhar dinheiro fácil a custa DO PÚBLICO sem se preocupar com O PÚBLICO! Entre os problemas temos a "genial" pista VIP(quem tem MUITO dinheiro, mesmo não curtindo tanto a banda, ficará em lugar privilegiado), os preços altos mesmo fora da pista VIP devido a infame carteira de meia-entrada, a infra-estrutura muitas vezes ruim, desorganização total em alguns eventos... com tantos motivos desanimadores O PÚBLICO, é claro, se cansa e deixa de ir aos shows... com a falta DO PÚBLICO os shows não passam mais por aqui! o problema somos nós, por incrível que pareça! Nós nos cansamos de pagar caro e ser tratado como "um bando" e estamos errados! O Rio tem PÚBLICO e ter que se deslocar pra São Paulo ou seja lá pra onde for gastando mais do que já gasta com os ingressos caros é um absurdo... É inaceitável o Rio não ter um festival como o Maquinaria ou o Planeta Terra (Sampa novamente)... o Rock in Rio viajou o mundo e não voltou para o seu lugar de origem (acho que volta em 2011...será?)...
O blog La Cumbuca escreveu em 2008 sobre isso... estamos beirando 2010 e nada mudou...

Certo, o cenário musical nacional está muito bom, as bandas novas estão passando pelo Rio, o Circo Voador e a Fundição sempre têm uma boa pedida nas suas programações, mas pelo menos eu sinto falta dos grandes espetáculos das grandes bandas, algumas lendárias que nos iniciaram no mundo do rock ou da música em geral...
Em março tem Franz Ferdinand na Fundição, Coldplay também vem... mas tenho dúvidas sobre até quando eles continuarão passando por aqui...

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A "blockbomba" do ano


O fim do mundo está próximo.E esse fim tem data,2012,pelo menos é assim pra quem acredita na “previsão” dos maias.Enquanto esse esperado fim(hahahah) não acontece,ficamos com mais um filme apocalíptico,dessa vez focando especificamente o fim ocorrendo nessa data.Essa data por sinal é tão levada a sério,que os próprios produtores do filme preferiram produzi-lo/lança-lo antes de 2012,com medo de não conseguir angariar os lucros(isso é sério).Como isso não é importante,vamos ao filme.
E que porcaria de filme,ein?Candidato a pior Blockbuster do ano!
Além de me considerar um cinéfilo bastante eclético,sou uma pessoa com consciência do que estou assistindo e sempre tento extrair o máximo do que é proposto.Num filme desses,em que a diversão vem em primeiro(e único)lugar,é claro que não vou esperar grandes reflexões,apesar do tema deixar brechas para isso.O caso é que o filme não consegue...nada.
O primeiro problema é a duração.Quando li no jornal e vi que o filme tinha 158 minutos,pensei em duas possibilidades:
1.O diretor ia usar a primeira hora para estabelecer a personalidade e a relação entre os personagens.
2.Ia ser doido o suficiente para entupir o filme todo com grandiosas cenas,fazendo com que a platéia se anestesiasse e perdesse o interesse com o tempo.

Dá a entender que a primeira opção é muito boa,mas pra um filme desse tipo,e pra um diretor que não consegue transformar seus personagens em pessoas minimamente interessantes,eu preferia uma terceira opção.Que ele poderia sim se empolgar com as cenas de ação,mas que fizesse um filme 40 minutos,no mínimo,mais curto.Discordando com o colega que já escreveu sobre o filme(e preparem-se pois virá uma terceira crítica de outro colega hahaha),nada realmente ali se salva.Essas mentiradas me irritam menos com o tempo,apesar de desprezá-las da forma boba que filmam.O que me irrita bastante nesses filmes é a caracterização ridícula dos personagens.Da família russa(dava pra ser limada do filme)aos políticos,presidente americano e qualquer coadjuvante.Aliás,hilário como o diretor tenta engrandecer algumas mortes(como a do russo que salva seu filho) e praticamente faz os personagens esquecerem outras(o namorado da ex de john cusack).O único legalzinho ali é o Woody harrelson que faz o papel de um doido que dedica sua vida para esses mistérios que os governos escondem de nós.Como é um papel naturalmente estúpido,combina bem com o resto.Mas quem se importa com isso tudo,certo?Temos 200 milhões gastos em efeitos,e é pra isso que estamos no cinema.Ledo engano.Eu achei os efeitos uma merda.Comparado a Transformers e outros filmes-só-feitos-pelos-efeitos esse perde feio.Cenas muito escuras(escondendo as falhas?)e a (câmera)digital realmente atrapalha nas cenas com muito movimento na tela.Filme B milionário!!
A narrativa é lenta na hora errada e rápida...na hora errada também!Fiquei com sono e impaciente durante quase todo o filme.Uma grande massaroca de cenas vazias e mal feitas sendo passadas ali o tempo todo.O mundo todo ta ali,se despedaçando e você não dá a mínima,não por ser alguém que não se importe,mas porque num tem o porque de se importar com aquilo.E maldito,nem o cristo redentor sendo destroçado teve graça!Humpf!


Como já foi dito,são 160 minutos de grande baboseira.Se você gosta de cenas de ação grandiosas,mas não liga que elas sejam vazias e sem impacto,ta pouco se fudendo pra personagens extremamente sem graça e que você não dá a mínima,curte frases de efeito patéticas e cenas bobas de redenção,corra imediatamente para o cinema e assista,pois esse é o filme de sua vida!!

PS:Em escala de 1 a 5,recebe 1 hahahah

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

2012 - Ou como um diretor faz 2 filmes iguais e mesmo assim nós vamos asssitir



Oi! O filme de hoje é a super estréia da semana passada: 2012. A produção dirigida pelo mesmo diretor de Independence Day e O dia depois de amanhã vem com tudo para o circuito, ocupando uma quantidade enorme de salas. O filme é grande, caro e com efeitos mais modernos, além também de uma destruição mais maciça, onde nem o Cristo Redentor é perdoado, mas será que é isso tudo? Não!
Bem pra começar responda a pergunta: Você já viu um filme catástrofe? Se a resposta foi sim você já viu 20% desse filme. Segunda pergunta: Você já viu algum dos filmes citados anteriormente? Se sim, você já viu 60% desse filme, os outros 40% se referem as destruições que estão diferentes (afinal algo tem que mudar), os atores, os nomes dos personagens e mais quarenta minutos de enrolação (o Dia depois de amanhã tinha 40min a menos de duração). Mas por que eu digo que você já viu esse filme? É simplesmente por que você já viu! Se duvida faça o seguinte: antes de ir ver o 2012 assista os dois filmes que citei, se quando você chegar no cinema alguma coisa ainda te surpreender sem ser os efeitos é por que você dormiu em alguma cena. A receita de bola de Roland Emmerich (o diretor do filme) é tão repetida que até os personagens se mantêm, a estrutura do filme e seus desdobramentos são os mesmos, e acredite, assim como nos dois anteriores o cachorro se salva... Outra coisa que me incomodou foi a duração do filme, 160 min é um absurdo, deixando o filme cansativo e beirando o infinito.
Aí você pode vir reclamar que cinema é isso mesmo, que se não gosto de mentira tenho que ver outro filme, que a receita é essa por que as pessoas não querem ver algo diferente, que algumas coisas não podem ser alteradas, que os clichês são bons e por aí vai, mas eu me defendo contra todos esses argumentos:
O cinema com mentiras não é ruim, mesmo que as mentiras sejam absurdas, as mentiras nesse filme são facilmente toleradas, mas um pouco de veracidade não compromete. O fato de um cara que aprendeu a pilotar um monomotor conseguir guiar um avião diferente por duas vezes é plausível, mas somente as pessoas “malvadas” ou “inconvenientes” para a felicidade do personagem principal morrerem já é algo que cansou. Poxa, o mundo inteiro foi destruído, quase todo mundo morreu e só vive quem interessa? Mas se você vier dizer que o público quer isso ou que certas coisas não devem ser feitas eu discordo, o cinema é o que é por que os produtores dizem que é isso que nós queremos ver e portanto acabamos consumindo. Se eu disser que mataria uma das crianças do filme, ou até mesmo o cachorro, logo todos iriam reclamar de mim, dizendo que não queriam ver isso e tal, mas se estivesse lá no filme, todos aceitariam, afinal isso é algo que poderia realmente acontecer, e provavelmente aconteceria. O que falta no cinema de Hollywood é coragem, ou como diriam os americanos (balls). Posso citar dois filmes recentes que quebram alguns paradigmas não explorados tanto anteriormente: Bastardos inglórios (spoiler!!!), onde Tarantino teve a coragem de terminar com a Segunda guerra mundial antes do fim do filme, quando todos os figurões do partido nazista são executados e queimados vivos, inclusive o Hitler, e Deixe ela entrar, um filme sobre vampiro onde os personagens principais são crianças, o que não impede que coisas aconteçam com elas.
Voltando ao filme em si, o filme não é ruim, o que realmente me incomodou foi o fato de eu me sentir vendo novamente O dia depois de amanhã só que com outra destruição. Me pareceu que o fato dele ter aumentado o nível do desastre transformou seu filme em algo diferente, o que não é verdade.
Tiveram também outras coisas que me incomodaram, mas a principal foi a fotografia do filme, que em diversos momentos parecia um série da Sony ou um filme direto para locadora. Pô, essa bagaça custou 200 milhões, pelo menos podiam ter usado película e não uma digital qualquer!
Mas nem tudo foi ruim, os efeitos foram bons, e em muitos momentos o ritmo é interessante, e os efeitos foram bons, ah, esse já tinha ido, e bem, tem momentos bons, só não lembro muito bem quais, afinal tinham muitos momentos cansativos nos 160min de filme.
Se você é muito fã desse tipo de filme, ou se não lembra nada do que assistiu já no dia seguinte, esse filme provavelmente irá te entreter, e talvez você até ache super legal, mas se você não se enquadrar nesses dois casos é bem provável que se decepcione. Como gostei muito dos efeitos e do... bom dos efeitos, vai levar uma nota:

RR

Ah! Lembrei, gostei de ver os Cristo quebrando (isso também é efeito), é impressionante como o Brasil tem se tornado um país realmente importante para o resto do mundo, a 50 anos achavam que a capital do Brasil era Buenos Aires, a 20 anos sabiam que tinha carnaval, banana, macaco e futebol, hoje nossa visibilidade é maior, prova disso é que em muitos filmes e séries, principalmente as americanas, o Brasil é mencionado, principalmente o Rio, prova de que nos estamos nos tornando importantes mundialmente, mas não sei por que estou falado disso, heheheheh. Pra finalizar o pôster é ótimo né? O Mr vem por trâs do Cristo e à sua esquerda está o Pão de açúcar, ainda bem que eles tiveram cuidado em ver um foto real antes de fazer o pôster...

Amanhã postarei uma resenha antiga, até!

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Do luxo ao lixo



Oi! Hoje venho para falar sobre duas das estréias da semana: O solista e Código de conduta. O curioso nessa semana é a estréia de dois filmes com o ator Jamie Foxx em papéis totalmente adversos, contracenando com os atores quase onipresentes atualmente Robert Downey Jr., que está em um novo filme a cada 4 ou 5 meses (esse ano ainda tem o Sherlok Holmes e no início do ano que vem chega Homem de ferro 2) e Gerard Butler (esse está uma máquina, por muito pouco não tivemos 3 filmes seus em cartaz simultaneamente). No primeiro ele interpreta um mendigo esquizofrênico com grande talento musical (é impressão minha ou ele gosta de músicos deficientes?) e no segundo um promotor promissor em busca de justiça.
Ambos são interessantes ao seu modo, então vamos a eles:

Em “O solista” Downey Jr. é um jornalista solitário que passa por um momento de crise profissional, até que ele conhece Nathaniel Anthony Ayers, um mendigo que toca violino pelas ruas de Los Angeles. À partir daí, o que era para ser mais um tema para uma matéria começa a se tornar um grande amizade (nossa, daqui a pouco vou poder até escrever as chamadas da sessão da tarde!), mas é por aí mesmo. O filme é baseado numa história real, que nos faz pensar se todos esses “malucos” que vemos pelas ruas também não teriam problemas desse tipo.
O filme em si não é nada de mais, é mais um drama sobre superação e construção de uma amizade improvável, nada que não estejamos habituados a assistir. Ao meu ver as atuações também estão no esperado, Downey faz ele mesmo, nada tão marcante e cativante como Tony Stark ou Kirk Lazarus, e Foxx já esteve melhor (já?), na minha opinião ele não foi capaz de mostrar realmente se mostrar uma pessoa completamente desequilibrada e com forte obceção pela música, ou será que o fato dele tocar de olhos fechados e fazer cara de idiota quando ouve uma música é suficiente? Eu vejo isso todo dia!
Já o desenrolar do filme é lento, tornando o filme de 118min numa experiência um tanto cansativa.
Bem, considerando mais um filme dos mesmos temas que já estamos acustumados, e ao desenrolar devagar (o fato de ser baseado numa história real prejudica nesse ponto, onde a fantasia não pode se deixar levar, obrigando o filme a se basear muitas vezes em eventos pouco interessantes), esse filme é dispensável no cinema, mas pode ser algo interessante para quem gosta de um drama sobre amizade e tal quando chegar no dvd.

RR

Jê o filme “Código de conduta” faz algo parecido mas é melhor sucedido que o anterior, nele também há uma história já contada e recontada diversas vezes, mas dessa vez ela traz algumas coisas novas, sem contar que pelo menos para mim é muito mais agradável assistir um filme com algumas explosões e suspense do que um violinista sujo que mora em baixo do viaduto. No filme Foxx é um promotor que faz um acordo com o assassino da família de Butler, este resolve então fazer justiça com as próprias mãos. Como já falei, essa premissa é bastante antiga, e temos vários filmes recentes nessa linha: O Justiceiro, Valente e a imensa série Desejo de matar, entre muitos outros. Bom, todos esses filmes tem em comum o nosso desejo de vingança e justiça, em todos os casos, somos apresentados logo no início a algum evento violento envolvendo os familiares do personagem principal, em seguida os culpados são soltos por uma brecha da justiça, ou nem sequer são presos, para fechar a personagem entra em conflito e resolve por tudo em pratos limpos e dar cabo dos vilões por conta própria, em seguida alguém começa a investigar o caso. Bom, os pontos de diferença são: como se dará a vingança e a resolução do caso perante as autoridades. Nesse filme ambos são bastante interessantes.
O filme tem um ritmo intenso, ele já começa com o assunto e não há tempo para enrolações, o plano criado por Butler também é cativante, pois ele desafia toda a autoridade criminal e também o expectador, que sedento por sangue espera que ele cumpra suas promessas mortais ao longo da projeção. O grande ponto do filme é que Butler extrapola tanto que acaba se tornando o vilão do filme (eu torcia por ele), nos deixando ansiosos por como será resolvido o filme em seu desfecho (esse diga-se de passagem não me agradou, foi muito clichê). As cenas de ações e o ritmo de suspense seguram bem o filme, fezendo suas 2h correrem bem melhor que no solista. As atuações são burocráticas, Butler é o mesmo de sempre, e Foxx é... Foxx, o legal foi vê-lo como mendigo sujo e como engravatado no mesmo fim de semana.
Um filme que deve ser conferido por quem gosta de um bom filme de ação, mas se seu negócio não é esse fique longe.

RRRR

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sábado, 7 de novembro de 2009

da lama ao caos - 15 anos


"Modernizar o passado É uma evolução musical". Com o início da declamação do "Monólogo ao pé do ouvido" a tensão cresceu de tal forma que é difícil explicar. A explosão dela foi instantes depois com o início de "Banditismo por uma questão de classe": "Há um tempo atrás se falava em progresso Há um tempo atrás que eu via televisão". E depois o que se ouviu foi uma apresentação pra lá de agressiva de "da lama ao caos", o primeiro disco de Chico Science & Nação Zumbi.


Os shows em comemoração aos 15 anos do disco sempre contaram com participações especiais e no Circo Voador Fred 04 do mundo livre s/a acompanhou a banda em algumas músicas sem largar sua latinha de cerveja... O cara e o Chico Science foram os principais mentores do movimento mangue bit: elementos modernos conectados às raízes culturais de Recife.


E o primeiro lançamento mangue bit foi o fantástico "da lama ao caos", tocado na íntegra ontem no Circo.

O show contou também com Pitty e Seu Jorge. A primeira provavelmente não conhecia bem a letra de "Quando a maré encher" pois só cantava o refrão... Já Seu Jorge mandou bem em "Manguetown", música que fechou o show. As duas músicas não são do disco, mas não podem faltar nos shows da Nação.

A vibração do público era atômica, de acordo com a detonação sonora feita pela banda no palco do lotado Circo. Sem dúvida uma noite muito quente, explosiva e histórica que mostrou mais uma vez duas coisas: a Nação Zumbi é uma das maiores banda nacionais em atividade tanto em estúdio quanto ao vivo e "da lama ao caos" foi um dos melhores discos nacionais já feitos.

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Oi!



Oi! A convite do meu amigo César estarei escrevendo aqui sobre duas coisas que adoro: quadrinhos e cinema. Já tive algumas experiências anteriores tentando escrever sobre cinema, uma delas foi até duradoura, rendeu mais de 30 resenhas, o problema foi que acabei deixando de lado, houve uma outra tentativa mas foi menos prolífera que a anterior, rendeu algumas poucas resenhas e uma brincadeira chamada “contagem de corpos” (que consistia em anotar todas as mortes, quem matou, quem morreu e como dos principais filmes de ação e terror), cujo objetivo era ver quem era o ator mais durão do cinema, mas essa empreitada era deveras trabalhosa e acabou caindo por terra na quinta contagem. Bom, espero que dessa vez consiga manter uma regularidade, e escreve pelo menos uma vez por quinzena, falando das principais estréias no cinema que eu tiver assistido.
Com relação ao que você vai ler aqui, assim como qualquer crítica estarei dando o meu ponto de vista, comentando o que eu achar interessante e metendo o pau no que for preciso (sem duplo sentido por favor), evitarei ao máximo dar espoilers, permitindo assim que pessoas que não viram o filme possam ler a resenha. Outro ponto será a classificação do filme, as notas irão de um à cinco, e serão mostradas como Rs maiúsculos, portando RRR (três R) será uma nota média e assim por diante. De vez em quando , surgirão resenhas sobre filmes antigos ou clássicos da sessão da tarde, podem surgir também republicações das minhas resenhas antigas (mesmo que meu ponto de vista tenha mudado bastante desde aquela época) e também da minha contagem de corpos (vai que eu reativo isso).
Quanto aos quadrinhos, quando eu ler alguma coisa que mereça ser comentada estarei postando por aqui, ou quando eu tiver uma crise de ódio e precisar desabafar após um novo caso de atentado violento ao pudor contra algum herói clássico, como andam fazendo com o Homem-aranha.
Estou preparando minha estréia para essa semana, espero que gostem.
César, obrigado pelo espaço, abraço!

Rodrigo Nascimento

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Cinema de gênero em decadência





Ao término da sessão de ”Matadores de vampíras lésbicas”,fiquei me perguntando quem iria gostar desse filme.Não,isso não é uma pergunta com caráter filosófico e nem uma forma de destilar veneno sobre a obra.É uma pergunta simples e direta,sobre quais pessoas que eu conheço,ou que tipo de pessoas iriam gostar.Me perguntei isso porque eu nem achei o filme tão ruim assim.Não vi sequer uma criticazinha positiva quanto ao filme.E realmente aquela ediçãozinha videoclíptica e que abusa de câmera acelerada/lenta é um câncer no cinema.Mas achei o filme divertidinho,se reconhecendo o tempo todo como bobagem e fazendo piadas como tal.


Isso me fez pensar na minha pergunta,que tipo de pessoa eu sou então?pra tipo de pessoa esse filme foi feito?Quando essa última pergunta me veio a cabeça,me dei conta no que pode ser um dos motivos da decadência do cinema de gênero.O fato deles só serem feitos praticamente a quem é muito fã daquele gênero e daquelas regras que ele exerce.Me refiro apenas ao cinema de gênero pois os filmes ditos “inclassificáveis” são outra história.O grande mérito que um filme de gênero pode ter é conquistar alguém que não seja fã dele.Ou seja,ele tem que ter algo além das suas regras já pré-determinadas.O caso é que hoje em dia está difícil(não to comparando com antigamente),eles só agradam a quem curte muito ao gênero.Por exemplo,eu sou um grande fã de suspenses “whodunit”(filmes em que tem um assassino mascarado e que ele só se revela ao fim),por isso acabei gostando do fraquíssimo Pacto secreto.Gostei,mas tem trocentas falhas,é clichê toda a vida,só mesmo pra quem curte o gênero.Reconheço que é uma merda.Idem para o Matadores de vampiras.Eu gosto de filmes debochados,que se reconhecem como porcaria e que praticamente escancaram ao espectador que estamos ali vendo um filme,que não se preocupe com realismo.É o caso dessa bobagem,que pelo menos me divertiu.Já não gostei por exemplo de G.I.Joe que é daqueles filmes blockbuster de ação da pior espécie.Conheço quem tenha gostado e reconhecido que é apenas uma bobagem.Gostou mesmo porque já curte aquela fórmula.


O que eu quero dizer é que a maioria do que se vê por aí feito em estúdio,é isso.Filmes muito restritos a um público.Um filme como Bullitt,pra citar um exemplo,não é um filme que agrada apenas a fãs de cinema policial.Qualquer um que entenda mínimamente de edição em cenas de ação e de construção de tensão dentro da narrativa,vai gostar.O exemplo é de um filme de 40 anos atrás,mas pode se encaixar,sei lá,no Amantes do James gray(que é desse ano),que agrada muito mais do que pessoas que gostem de filmes que tenham romances como principal elemento na narrativa.É um filme maravilhoso(meu favorito do ano),e que muitas pessoas entendidas que conheço e que tem preconceitos com “filmes de amor”(não que ele se encaixe exatamente num gênero,mas vá lá),se renderam ao trabalho magnífico do Gray.


Infelizmente,esse e mais alguns são exceções num mar de mesmices que são vomitadas diariamente hoje em dia pelos estúdios.A impressão que dá,é que você já sabe se vai se irritar ou não vendo o filme,só de assistir o trailer.É só ver se aquilo que está nele,costuma te agradar.E isso é péssimo.


Foto:Matadores de vampíras lésbicas.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Beatles Remasterizados



Já tinha boa parte da discografia referente a segunda fase dos Beatles ( só não tenho o "Let Be"), mas com o lançamento da discografia completa remasterizada digitalmente fui obrigado a recomprar os discos que já tinha... e quanta diferença! a sonoridade do quarteto está mais viva não só para os ouvidos apurados! sem contar o projeto gráfico luxuoso! Todos os cds possuem um minidocumentário sobre o respectivo álbum... enfim... trabalho impecável do pessoal da Abbey Road.

Nunca fui fã da primeira fase dos Beatles mas isso é uma opinião muito pessoal e que está mudando... o valor da obra dos rapazes de Liverpool é inestimável sendo impossível entender a música pop sem uma boa audição dos discos deles seja a primeira ou segunda fase. Claro que a segunda fase é muito mais instigante, criativa, revolucionária mas a fase iê iê iê tem também seu caráter inovador dentro do contexto musical da época.

Então é isso... se você tem os cds com a antiga remasterização, compre tudo de novo! Se você não tem ou nunca se interessou pelo som da banda, está aí uma boa oportunidade de conhecer melhor a maior banda de todos os bandas.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sinta a Música

Fantástico, não?
Não estou achando o site que vi essas peças. Achei tão criativas e geniais que na empolgação nao me prendi a detalhes.
Em breve darei os devidos créditos.

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domingo, 25 de outubro de 2009

Morte do cinema?


Assisti esses dias o documentário do diretor alemão Win wenders,”Quarto 666”.A premissa instigante é a seguinte:Aproveitando a presença de vários diretores importantes(e diferentes em suas obsessões)no festival de cannes em 82,Wenders propõe:.Colocar cada um dos cineastas selecionados(não lembro exatamente quantos são,mas tinha gente do naipe de Monte hellman,Antonioni e Herzog) para darem suas opiniões sobre qual é o futuro do cinema.Como é uma pergunta aberta,a forma como eles interpretam a pergunta,é obviamente diversa..Os diretores ficam sozinhos nos quartos,apenas com a câmera,e tem no máximo 10 minutos para se expressarem.Alguns respondem em bem menos tempo que isso,como um cineasta Filipino”Pra eu responder essa pergunta eu primeiro preciso me perguntar qual é o futuro de meu país”.Entre respostas completamente diferentes,com visões otimistas ou não,fiquei me perguntando o exato motivo daquela preocupação toda.Eu não estava naquele contexto,mas me desperta a curiosidade eles estarem se perguntando isso justamente 2 anos depois do fim da década mais transgressora,prolífica e interessante do cinema.

Acho que se essa pergunta tivesse sido levantada no fim da década de 80,eu não teria me espantado tanto,pois a década de 80 inegavelmente foi muito menos interessante que as de 60 e 70.Creio que quando Wenders pensou nessa pergunta,a sua real preocupação era mais direcionada ao cinema “artístico” (eu simplesmente odeio esse tipo de definição,mas vá lá),que com a chegada do conceito de cinema “industrial”,teoricamente estaria ficando de lado,e não a forma como alguns interpretaram,de que a tecnologias novas(TV e VHS)acabariam com o cinema no sentido de espaço.Ou seja,entendi que a preocupação do Wenders era com a qualidade do cinema,e não com a sua extinção.Aliás,provavelmente o convite para o Spielberg comentar no documentário,seja uma tremenda ironia por parte do Wenders,pois justamente com o mesmo Spielberg que o cinema ganhou o conceito de blockbuster,a principal razão para dizerem que a qualidade do cinema decaiu com o tempo.O que me incomoda nesse tipo de pergunta,mesmo que eu ache a discussão interessante,é que sempre quem tem uma visão extremamente pessimista,me passa uma absoluta sensação de comodismo.Tem muito filme interessante sendo lançado anualmente,basta saber procurar.

Enfim,o documentário é bacana,vale pelas opiniões interessantes do Antonioni,do próprio Spielberg e principalmente do Herzog que foi o mais engraçado”Deixa eu tirar meus sapatos,pois essa pergunta deve ser respondida descalço”.E vale também lembrar que nesse mesmo ano,Wenders já tinha feito seu testamento sobre a morte do cinema na obra-primíssima “O Estado das coisas”.


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SHOW DO MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU



A grande banda (em todos os sentidos possíveis) Móveis Coloniais de Acaju voltará ao Rio para mais um de seus explosivos shows no dia 19 de novembro na Marina da Glória. Trata-se do Festival Universitário MTV. Tive a oportunidade de assistir ao show de lançamento do novo disco dos caras, o C_mpl_t_, no Circo Voador, e garanto ser um evento imperdível. A vitalidade da banda é contagiante e o som, que mistura de forma brilhante rock e ritmos brasileiros e do leste europeu, é de altíssima qualidade. Para quem ainda não conhece, está aí uma boa oportunidade.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pérolas da Propaganda

O site do desencannes possui um acervo de pérolas da propaganda. Peças que foram feitas no ócio criativo das agências de publicidade porém não podem ser divulgadas devido ao seu teor altamente irônico, sarcástico, tendendo ao absurdo. Abaixo seguem alguns exemplos. Vale a pena dar uma conferida no site.











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CENTRAL


(Foto retirada de www.cbtu.gov.br/.../tue_relogiocentral_jpg.htm)

Poesia inspirada nos meus desembarques diários na Central do Brasil.

Central

Os pés na plataforma,
descarr-ilhados
de consciência,
apressam-se como máquinas;

confundem-se em caos
atrelados a destinos
artificiais
como trens nos trilhos.

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