terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inception(part deux)

Não sou exatamente um fã do Marcelo Janot,mas achei esse texto sobre "A origem",que ele postou no seu blog,muito bom e que vale dar uma lida.
Não concordo exatamente com tudo que ele diz(não que precise),mas acho interessante situar o filme em sua devida posição.É um belo exemplar de filme de ação/ficção e só.Se isso é pouco ou não(pra mim não é),depende de cada um.É que eu,assim como ele também,defendo que o filme não é obra-prima,genial,ou coisa parecida.Eu particularmente acho que ele perde até pra filmes como "O vingador do futuro",que envolve esses 2 gêneros e trabalha com noções de realidades paralelas também.

Link pro texto(é bem curtinho):
http://blog.telecine.globo.com/cultblog

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sábado, 7 de agosto de 2010

A Origem


Apesar de nosso colega Daniell já ter postado, acho pertinente deixar meus comentários para este que é um filme que levanta bastante discussão. Certamente não estou apto a analisar com tanta propriedade elementos como direção, roteiro ou técnicas de cinema como nosso amigo, mas me atrevo a fazê-lo mesmo assim, dentro das minhas limitações. Minha pretensão, na verdade, estaria voltada mais para comentar a experiência de ver o filme, isso sim. Ressalto que esse texto contém alguns spoilers.

Dito isso, o mais importante de tudo é que o filme é realmente muito bom. Um blockbuster, mas com inteligência e idéias interessantes. O roteiro, assim como em O Grante Truque, parece intrincado, mas funcionada direitinho. A direção me parece adequada, a fotografia é boa e a trilha sonora cria uma atmosfera bastante misteriosa. Nada tenho a reclamar desses aspectos, à princípio.

Leonardo DiCaprio também está bem e o ator merece elogios por ter escolhido muito bem todos os seus trabalhos depois de ter se tornado um astro, não caindo na tentação de fazer filmes para as adolescentes histéricas pelo rei do mundo, construindo uma carreira consistente ao invés de desfrutar uma fama efêmera. Espero que um dia a Academia reconheça seu talento.

Ainda que pareça meio óbvio, achei que seria bom compará-lo a Matrix, pois algumas idéias básicas são muito semelhantes. As múltiplas camadas de realidade, a presença de um arquiteto e, claro, as afrontas às leis da física estão presentes nos dois filmes. Essas últimas, por sinal, são interessantíssimas e rendem ótimas cenas, como a luta sem gravidade no corredor do hotel e o curvar do plano onde os personagens se encontram caminhando (nem sei se essa é a melhor descrição para a cena). O conceito de a física de um nível de sonho repercutir em outro e as distintas percepções do tempo, que se dilatam em cada nível mais profundo, são muito inteligentes e são usadas sagazmente pelo roteiro para criar tensão.

Assim como Morpheus ensinava Neo sobre a nova realidade enquanto caminhava pela cidade, o mesmo acontece aqui com Cobb, personagem de DiCaprio, explicando à sua aprendiz como tudo funciona. Troque um programa de computador por sonhos e você tem uma nova fonte para brincar com a realidade. Apesar das semelhanças, no entanto, as questões que o filme levanta são bem diferentes do seu antecessor futurista. Além da discussão sobre o que é real e o que não é, e sobre uma realidade alternativa passar a ser percebida como a definitiva, há indagações sobre a possibilidade de manipular a mente de alguém. Seria possível descobrir um segredo ou influenciar alguma pessoa através de seus sonhos?

Ainda que, no filme, as explicações dadas sejam cientificamente furadas, a lógica interna do filme funciona perfeitamente. Digo que são furadas porque não existe consciência em sonhos, certo? O que importa é como o roteirista/produtor/diretor Christopher Nolan foi criativo em expandir a idéia de que nossos sonhos escondem coisas que reprimimos ou nem mesmo sabemos e amarra-lás em conceitos críveis para que a lógica da sua história onde podemos controlar nossos sonhos possa ser contada através das várias realidades.

Vale comentar que a deixa na cena final busca justamente isso: trazer dúvida para a cabeça do espectador sobre aquela realidade. Nenhuma novidade em nos deixar em dúvida, já vi essa "brincadeira" antes. O legal é permitir uma segunda interpretação ao constatarmos que, pela visão da mulher de Cobb, era ele quem estava preso e não conseguia se desprender daquela realidade.

Mal acabei de ver o filme e já acho que ele merece uma segunda conferida. É que em uma revisão percebemos melhor a fluidez da história e captamos os detalhes despercebidos. Tal fato é muito bom e mostra que o filme tem mais a oferecer do que uma diversão descartável. Claro que a experiência transmitida na primeira vez com o filme dificilmente será repetida, mas ganhamos na compreensão e na observação analítica.

Enfim, é um trabalho que certamente será muito comentado e que tem muitos méritos. Vi algumas pessoas falando que esse seria o melhor filme do ano. Bem, dentre os que vi, ainda acho que o melhor é A Ilha do Medo, também com Leonardo DiCaprio. Mas esse A Origem merece ser conferido nos cinemas, ainda mais em uma temporada fraquíssima como a de 2010. E provavelmente concorrerá a alguns prêmios, o que é justo.

Cotação: 5/5


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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Inception


Várias vezes disse aqui(nas poucas em que escrevi)que o roteiro num filme,me importa muito pouco.Boa parte dos filmes que eu adoro,são brilhantemente dirigidos através de uma historia super simples,um fiapinho de roteiro,ou até uma idéia boba,idiota(nem que seja nas aparências).

Esse aqui...bem,é quase a contradição dessa idéia.
Tirando o Toy story 3,é o melhor blockbuster do ano,pelo que eu me lembre.
Tá,tem aquela edição "corrida" do Batman,tem praticamente só diálogos feitos pra explicar alguma coisa ali dentro,nenhum movimento de câmera interessante....Típico filme do Nolan,todo debruçado no roteiro(muito bom,por sinal),que na hora final é uma sucessão de catarses.
Mas porra,fiquei 2 horas e meia interessado,num tá bom não?
Claro que sim.

Ao longo do filme tive a mesma sensação que estava tendo ao ver o Batman.O cara ta tentando nos preparar pra algo grande,mas une a estrutura não como um artesão,mas como um operário.Ou seja,ele num inova em nada na condução(não que precise disso pra ser excelente...)Faz o feijão com arroz,sem sal às vezes.É mecânico.O caso é que o filme vai passando,e na hora final,a mesma sensação do Batman de novo.É tanta catarse junta,que num dá pra você não mergulhar naquilo tudo.

O legal desse em comparação ao (novamente)Batman,é que no cavaleiro das trevas,o que eu mais gostei foi do Coringa.Porra,o filme é bom,mas isso é pouco.Aqui mais que um personagem,é todo o conceito,é a forma interessante como ele desenha esse mundo dos sonhos,em vários detalhes.Ele é um roteirista de mão cheia,mesmo.Já to com vontade de rever,to pensando no filme até agora,isso é muito positivo.

Esse tom que parece de lamentação,num é pra desmerecer o filme.É mais pra salientar que ele podia ter alçado vôos maiores se tivesse um cara pra ousar não só no papel,mas também em sua direção.O que não me faz de maneira alguma,achar o filme menos do que ótimo.Me faz é pensar que outra pessoa talvez pudesse dirigir seus roteiros.


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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Origem

Se essa "Origem"
for tão boa quanto essa...


(Origem - Andre Abujamra/álbum: Mafaro)

sairei feliz do cinema...

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