segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Passada rápida...

...Só pra ver o quanto essa lista ainda vai mudar(ou não)


Top 10 do ano,incluindo filmes do festival do rio

1-Tio Boounme,que pode recordar suas vidas passadas
2-À prova de morte
3-Essential killing
4-Toy story 3
5-Vincere
6-Ponyo-uma amizade que veio do mar
7-Mother-a busca pela verdade
8-Onde vivem os monstros
9-Film socialism
10-O Escritor fantasma

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Metallica - Death Magnetic


Sei que esse CD saiu faz tempo, mas como o tenho ouvido bastante nos últimos dias, resolvi postar minhas impressões. Muito se tem falado sobre uma volta às origens do Metallica com esse álbum, e a verdade é que isso deve ser interpretado como um retorno à boa forma de uma das bandas mais importantes de todos os tempos. O disco é pauleira do início ao fim, e com qualidade. Sim, está mais próximo dos discos iniciais da banda, do trash metal, mas, para mim, ainda difere destes. O que não há nada de errado nisto. Muitos detratores afirmam que o Metallica se vendeu, o que eu discordo, pois acho o Black Album o melhor disco deles, e gosto de algumas músicas do Load e Reload. A banda fez isso porque quis, quiseram se tornar mais acessíveis, tentar novas sonoridades, mas sem perder a qualidade. No entanto, concordo quando dizem que o Master Of Puppets é o disco mais importante, e acho a música Master Of Puppets a melhor deles. Só não vejo nada de errado em a banda tentar novos caminhos como fez na década de 90. Enfim, o que importa é que com Death Magnetic temos um verdadeiro exemplar de heavy metal pauleira e cheio de técnica.

Analisando o álbum em si, as três primeiras faixas são sensacionais, pesadíssimas, com um Metallica entrosado e em boa forma. Quase impossível não abrir aquele leve sorriso com os riffs empolgantes tocados por eles. Uma faixa que saltou aos olhos pelo nome foi "The Unforgiven III" e fui logo conferi-la. Sonoramente é uma música bem diferente das anteriores, acredito que a relação entre elas seja somente na temática e no nome. Entretanto, é uma faixa muito boa, abrindo com um piano simples mas bonito, e adotando um tom bem sombrio, diferente do resto do álbum. Eu gostei dela. No geral, o álbum é muito bom. Vale ressaltar, entretanto, que não se trata de nenhuma obra prima. Algumas músicas são quebradas demais, com solos completamente caóticos e longos, coisa que ninguém vai se atrever a tocar. Acaba-se tendo dificuldade em memorizar o som, e, em alguns momentos, parece meio enfadonho. A verdade é que o mais importante de tudo é que o Metallica está de volta, mandando ver, num disco bem pesado e bem produzido, como tem que ser. Vamos ver, a partir de agora, que destino o Metallica vai trilhar e quais surpresas eles nos reservam. Se forem como esta, o público de heavy metal agradece.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inception(part deux)

Não sou exatamente um fã do Marcelo Janot,mas achei esse texto sobre "A origem",que ele postou no seu blog,muito bom e que vale dar uma lida.
Não concordo exatamente com tudo que ele diz(não que precise),mas acho interessante situar o filme em sua devida posição.É um belo exemplar de filme de ação/ficção e só.Se isso é pouco ou não(pra mim não é),depende de cada um.É que eu,assim como ele também,defendo que o filme não é obra-prima,genial,ou coisa parecida.Eu particularmente acho que ele perde até pra filmes como "O vingador do futuro",que envolve esses 2 gêneros e trabalha com noções de realidades paralelas também.

Link pro texto(é bem curtinho):
http://blog.telecine.globo.com/cultblog

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sábado, 7 de agosto de 2010

A Origem


Apesar de nosso colega Daniell já ter postado, acho pertinente deixar meus comentários para este que é um filme que levanta bastante discussão. Certamente não estou apto a analisar com tanta propriedade elementos como direção, roteiro ou técnicas de cinema como nosso amigo, mas me atrevo a fazê-lo mesmo assim, dentro das minhas limitações. Minha pretensão, na verdade, estaria voltada mais para comentar a experiência de ver o filme, isso sim. Ressalto que esse texto contém alguns spoilers.

Dito isso, o mais importante de tudo é que o filme é realmente muito bom. Um blockbuster, mas com inteligência e idéias interessantes. O roteiro, assim como em O Grante Truque, parece intrincado, mas funcionada direitinho. A direção me parece adequada, a fotografia é boa e a trilha sonora cria uma atmosfera bastante misteriosa. Nada tenho a reclamar desses aspectos, à princípio.

Leonardo DiCaprio também está bem e o ator merece elogios por ter escolhido muito bem todos os seus trabalhos depois de ter se tornado um astro, não caindo na tentação de fazer filmes para as adolescentes histéricas pelo rei do mundo, construindo uma carreira consistente ao invés de desfrutar uma fama efêmera. Espero que um dia a Academia reconheça seu talento.

Ainda que pareça meio óbvio, achei que seria bom compará-lo a Matrix, pois algumas idéias básicas são muito semelhantes. As múltiplas camadas de realidade, a presença de um arquiteto e, claro, as afrontas às leis da física estão presentes nos dois filmes. Essas últimas, por sinal, são interessantíssimas e rendem ótimas cenas, como a luta sem gravidade no corredor do hotel e o curvar do plano onde os personagens se encontram caminhando (nem sei se essa é a melhor descrição para a cena). O conceito de a física de um nível de sonho repercutir em outro e as distintas percepções do tempo, que se dilatam em cada nível mais profundo, são muito inteligentes e são usadas sagazmente pelo roteiro para criar tensão.

Assim como Morpheus ensinava Neo sobre a nova realidade enquanto caminhava pela cidade, o mesmo acontece aqui com Cobb, personagem de DiCaprio, explicando à sua aprendiz como tudo funciona. Troque um programa de computador por sonhos e você tem uma nova fonte para brincar com a realidade. Apesar das semelhanças, no entanto, as questões que o filme levanta são bem diferentes do seu antecessor futurista. Além da discussão sobre o que é real e o que não é, e sobre uma realidade alternativa passar a ser percebida como a definitiva, há indagações sobre a possibilidade de manipular a mente de alguém. Seria possível descobrir um segredo ou influenciar alguma pessoa através de seus sonhos?

Ainda que, no filme, as explicações dadas sejam cientificamente furadas, a lógica interna do filme funciona perfeitamente. Digo que são furadas porque não existe consciência em sonhos, certo? O que importa é como o roteirista/produtor/diretor Christopher Nolan foi criativo em expandir a idéia de que nossos sonhos escondem coisas que reprimimos ou nem mesmo sabemos e amarra-lás em conceitos críveis para que a lógica da sua história onde podemos controlar nossos sonhos possa ser contada através das várias realidades.

Vale comentar que a deixa na cena final busca justamente isso: trazer dúvida para a cabeça do espectador sobre aquela realidade. Nenhuma novidade em nos deixar em dúvida, já vi essa "brincadeira" antes. O legal é permitir uma segunda interpretação ao constatarmos que, pela visão da mulher de Cobb, era ele quem estava preso e não conseguia se desprender daquela realidade.

Mal acabei de ver o filme e já acho que ele merece uma segunda conferida. É que em uma revisão percebemos melhor a fluidez da história e captamos os detalhes despercebidos. Tal fato é muito bom e mostra que o filme tem mais a oferecer do que uma diversão descartável. Claro que a experiência transmitida na primeira vez com o filme dificilmente será repetida, mas ganhamos na compreensão e na observação analítica.

Enfim, é um trabalho que certamente será muito comentado e que tem muitos méritos. Vi algumas pessoas falando que esse seria o melhor filme do ano. Bem, dentre os que vi, ainda acho que o melhor é A Ilha do Medo, também com Leonardo DiCaprio. Mas esse A Origem merece ser conferido nos cinemas, ainda mais em uma temporada fraquíssima como a de 2010. E provavelmente concorrerá a alguns prêmios, o que é justo.

Cotação: 5/5


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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Inception


Várias vezes disse aqui(nas poucas em que escrevi)que o roteiro num filme,me importa muito pouco.Boa parte dos filmes que eu adoro,são brilhantemente dirigidos através de uma historia super simples,um fiapinho de roteiro,ou até uma idéia boba,idiota(nem que seja nas aparências).

Esse aqui...bem,é quase a contradição dessa idéia.
Tirando o Toy story 3,é o melhor blockbuster do ano,pelo que eu me lembre.
Tá,tem aquela edição "corrida" do Batman,tem praticamente só diálogos feitos pra explicar alguma coisa ali dentro,nenhum movimento de câmera interessante....Típico filme do Nolan,todo debruçado no roteiro(muito bom,por sinal),que na hora final é uma sucessão de catarses.
Mas porra,fiquei 2 horas e meia interessado,num tá bom não?
Claro que sim.

Ao longo do filme tive a mesma sensação que estava tendo ao ver o Batman.O cara ta tentando nos preparar pra algo grande,mas une a estrutura não como um artesão,mas como um operário.Ou seja,ele num inova em nada na condução(não que precise disso pra ser excelente...)Faz o feijão com arroz,sem sal às vezes.É mecânico.O caso é que o filme vai passando,e na hora final,a mesma sensação do Batman de novo.É tanta catarse junta,que num dá pra você não mergulhar naquilo tudo.

O legal desse em comparação ao (novamente)Batman,é que no cavaleiro das trevas,o que eu mais gostei foi do Coringa.Porra,o filme é bom,mas isso é pouco.Aqui mais que um personagem,é todo o conceito,é a forma interessante como ele desenha esse mundo dos sonhos,em vários detalhes.Ele é um roteirista de mão cheia,mesmo.Já to com vontade de rever,to pensando no filme até agora,isso é muito positivo.

Esse tom que parece de lamentação,num é pra desmerecer o filme.É mais pra salientar que ele podia ter alçado vôos maiores se tivesse um cara pra ousar não só no papel,mas também em sua direção.O que não me faz de maneira alguma,achar o filme menos do que ótimo.Me faz é pensar que outra pessoa talvez pudesse dirigir seus roteiros.


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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Origem

Se essa "Origem"
for tão boa quanto essa...


(Origem - Andre Abujamra/álbum: Mafaro)

sairei feliz do cinema...

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sábado, 31 de julho de 2010

Shows Agosto/Setembro


Olá!

Agosto começa amanhã. Amanhã, tirando a apresentação do Slava's Snow Show no Theatro Municipal, não tem nenhum show que me chamou a atenção. Mas a partir do dia 6 de agosto, inicia-se talvez a minha maior maratona de shows. Não haverá fim de semana em agosto que eu não esteja em algum. Em setembro tem mais dois finais de semana pelo menos... só uma obs... isso aqui é a minha agenda, alguns destes shows serão apresentados em outras datas tb...Vamos a lista:

06/08 - Móveis Coloniais de Acaju! No Circo Voador!! Começamos muito bem!

07/08 - dobradinha: Pato Fu na Caixa Cultural e Tom Zé no Circo Voador. É muita loucura para um dia só... Pato Fu deve apresentar algo do seu novo disco "Música de Brinquedo" feito só com instrumentos de brinquedo e/ou pra crianças. Do Tom Zé nem sei o que esperar!

14/08 - Mombojó no Circo Voador, lançando seu novo disco!

20/08 - Jorge Mautner! Na Sala Funarte Sidney Miller; assisti um show dele em julho, foi fantástico!

21/08 - Tiê no Teatro Rival; espero que com a participação da Tulipinha e do Thiago Pethit como está no myspace dela! Gosto muito da Tiê, imperdível!

28/08 - Lucas Santtana no Teatro Rival; já deixei de ir em vários shows do cara, dessa vez eu vou!

Em agosto ainda tem mais dois shows bacanas: BNegão e os Seletores de Frequencia e Nina Becker... me esforçarei pela Nina Becker, no dia 27/08...

Em setembro já temos alguns confirmados:

11/09 - Céu no Circo! outro show que já deixei de ir e dessa vez eu não perco...

25/09 - Karina Buhr no Teatro Rival! lançou um disco ótimo este ano! Já estou lá!

Só pra fechar... na comunidade do Cidadão Instigado, o Catatau escreveu que está em negociação um show no RJ para agosto ou setembro... Uhuuuuuuuuuuu!

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Toy Story 3


Apesar da concorrência, a Pixar tem provado em seus últimos trabalhos o por quê de ser a melhor produtora de filmes de animação. Toy Story 3 mantém o nível de excelência encontrado nas suas últimas produções, os magníficos Wall-e e Up - Altas Aventuras (este último, para mim, é o melhor trabalho da Pixar e a melhor animação em CGI já feita).

Toy Story 3 é o melhor da série, e digo isso tendo claro em minha o quanto os capítulos anteriores são muito bons. Fica evidente aqui o carinho que os criadores da série têm para com seus personagens. Desde os primeiros momentos criamos grande simpatia com aquelas figuras, identificando ali pessoas que poderiam ser amigos de qualquer um de nós.

A história trata do amadurecimento do menino Andy, o dono dos brinquedos, e, naturalmente, o fato deles terem sido deixados de lado. Um dos pontos que achei importante para manter nosso interesse na narrativa é não saber qual vai ser o fim de nossos amigos, e as situações propostas por eles, como ficar guardado num saco ou numa caixa, ser doado, ou acabar indo para o lixo, são todas igualmente tristes para os que outrora foram os heróis do Andy. O desenrolar do filme segue o esquema dos predecessores, mostrando bastante aventura e a peregrinação dos brinquedos pela cidade.

Ao término da narrativa, assim como Andy, somos obrigados a nos despedir de Woody, Buzz, e dos demais brinquedos, o que é muito comovente, encerrando o filme, e a trilogia, de forma bastante satisfatória. Com certeza não haverá um Toy Story 4, pois este aqui fecha a história com chave de ouro.

Extremamente recomendado.

Cotação: 5/5

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domingo, 4 de julho de 2010

Show Otto (Abertura Tulipa Ruiz) - Circo Voador - 03/07/10

Noite de peso no Circo: na abertura, Tulipa Ruiz, lançou recentemente o disco "Efêmera", até agora o melhor do ano fácil; depois, Otto, que lançou ano passado o ótimo disco "Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos". Já falei dos dois discos por aqui e aqui.

Tulipa Ruiz


Para minha alegria, a lona do Circo já estava bem cheia para o show da garota. E que show. Na primeira vez dela fora da SP, logo no palco histórico do Circo, ela não se intimidou. Na companhia da sua banda espetacular (Duani na batera, Márcio Arantes no baixo, San Juan na percussão, e nas guitarras o maninho Gustavo Ruiz e o pai Luiz Chagas), Tulipa apresentou um show muito intenso, sem pontos baixos, onde sua voz impressionante, capaz de agudos fortes aqui, capaz de nos amansar acolá, nos deixa boquiabertos do início ao fim da apresentação. Ora eu me pegava com o queixo no chão, ora eu estava com um sorriso largo e espontâneo. O setlist teve como base o disco dela tocado na íntegra e mais duas outras músicas: uma aparentemente dela, mas que não estava no disco e a outra, para eu quase cair estatelado no chão do Circo Voador, "Da maior importância" do disco "Qualquer Coisa" do gênio Caetano Veloso. Ruiz interpretou de forma sublime a canção de Cae. Não tenho maior gabarito pra falar mais. Tem um reportagem sobre um show no final de maio em sampa que ratifica de forma mais clara e técnica o que tentei falar.


Voltarei a falar da Ruiz em breve. Essa garota tá merecendo uma postagem de maior fôlego, a altura do seu enorme talento.

Otto


Agora a lona estava lotada para o show do Otto e seu convidado especial, Fernando Catatau na guitarra ( Cidadão Instigado). E o pernambucano soltou sua voz rasgada para apresentar seus sons antigos e, claro, as novas músicas do aclamado disco lançado ano passado. O cara estava muito "solto", dançando, rebolando, tirando a camisa, se molhando a todo momento, se misturando ao público em dois momentos do show... Me decepcionei com a execução de "Meu Mundo" quando achei Otto muito "fora de si", deixando a música um tanto confusa. Em compensação foi arrepiante escutar o Otto cantar com vigor "Filha" na abertura do show ("Aqui é festa amor/ E há tristeza em minha vida / Jurei pro amor um dia te encontrar"), "Crua", e "6 Minutos". "6 Minutos" é épica. E escutar ao vivo com o seu criador a poucos metros, ali, no meio da galera, cantando com força, sem pudor, inserindo na letra o nome de quem provocou toda aquela dor (Alessandra Negrini, se separou de Otto depois de sete anos casados - "E você me falou/ De uma casa pequena/ Com uma varanda/ Chamando a "Negrini" pra jantar" - mais tarde ele inseri o nome de sua filha com Negrini, Betina - "... Chamando a Betina pra jantar")... Quem já passou por isso acho que entende a força dos versos dessa música ("Isso é pra morrer/ 6 minutos/ Acabam a eternidade/ Isso é pra viver/ Momentos únicos/ Bem junto na cama de um quarto de hotel")...


Só pra fechar: que alegria assitir Catatau ao vivo. Não é por acaso aclamado com um dos maiores guitarristas do atual cenário.


Abraços.

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

De Natura Tododia Verão até O Inverno. Passando por Arnaldo Antunes de encontro a Vivalde e suas Le quattro Stagioni



Uma compilação de leituras e conhecimentos. Fontes ao final da postagem.

Desde dezembro passado fiquei maravilhado com as propagandas da linha Natura Tododia Verão e vinha querendo postar sobre aqui no Sono Súbito, coisa que não aconteceu. Neste dia 21 de junho começou o inverno aqui no Brasil e a natura lançou seus novos produtos para a estação seguindo a linha Tododia Inverno. Na linha Verão a propaganda vinha com um texto em forma de poesia concreta de Arnaldo Antunes, já na linha Inverno a narração segue a métrica de poesia que marcou as campanhas anteriores e as imagens são embaladas por uma releitura (puro rock’n roll) do trecho Inverno, das Quatro Estações de Vivaldi. Caramba, eu adoro Arnaldo Antunes, adoro Antonio Vivaldi e adoro esses comerciais. E agora vou compartilhar com vocês tanto a postagem do Verão quanto a do Inverno, passando por Arnaldo Antunes até Antonio Vivaldi.

Natura Tododia Verão
O comercial remete ao cotidiano rotineiro de se sentir bem ao se cuidar.
Ali se notava o Bem Estar Bem sugerido no slogan da Natura.
Entre os elementos que compõe o filme, a sonoridade do texto criado por Arnaldo Antunes(Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, 1960, poeta, escritor e compositor brasileiro)é singular.
A função poética clara do texto em forma de poesia concreta, que escorre pela tela e forma as sugestões de o que pode ser a tal rotina sugerida pela Natura, tornando mais concreto que a própria fantasia, o conceito de Dionisíaco desta análise. . Dessa forma, todo inicio é precedido por uma escolha, todo espelho remete a uma lembrança de tempos que passaram, toda dança é liberdade de expressão como o rock e assim segue, onde toda sensação de bem estar Natura, e uma quer estar ligado a outra numa subjetividade escondida em nosso próprio entendimento.
Ainda que surreal demais, não se pode limitar os sinais midiáticos a irrelevância de compreensão, uma vez que uma chuva de letras transcorre ao frescor sugerido, ao prazer do bem estar. É surreal justamente acreditar nessa chuva de palavras e, através disso, fixar o conceito de uma marca, e remeter o receptor desta mensagem a este frescor, a esta sensação de bem estar que um banho nos proporciona.
Nosso universo particular vale mais que palavras na imagem do espelho.
“A rotina do espelho é o oposto” é a primeira frase sem texto na tela, apenas narrada.
Sentir-se bem, é sentir-se como a modelo, que se olha no espelho e percebe uma beleza enaltecida pelo momento, ainda que se trate apenas de uma rotina, como sugere a propaganda.
“A rotina da pele é o arrepio”
Com certeza a frase que mais chama atenção no comercial. A imagem remete, no ato, a sensação que todos já experimentamos. Sua simples exposição nos remete ao fenômeno que a pele proporciona, por vezes num simples declínio de temperatura, e que aqui tem justamente essa função, nos levar ao momento pós- banho, de conforto e de liberdade.
A palavra desejo é, de certa forma, o pecado em forma de som.
Sentir-se bem é sentir-se desejado, é desejar com propriedade de quem pode e consegue, é querer, é conseguir... Desejar é sublime, é imortal.
A alegria nas curvas de um gesto mexe com a libido e transposta às pessoas para outro local que não um banheiro, mas sim o que o espera após essa rotina.
“Toda rotina tem sua beleza” O slogan que concretiza pensamentos de 30 segundos.
A idéia era mostrar que um simples banho pode ser especial se assim você o ver, o sentir, o aproveitar.

A alegria é a rotina do verão A ousadia é a rotina da invenção A brisa é a rotina da carícia A rotina da água é a delícia O encontro é a rotina da esquina A rotina dos olhos é a menina A sensação é a rotina do calor A rotina do corpo é o frescor A rima é a rotina da poesia A rotina da folga é o meio-dia A liberdade é a rotina de ser A rotina dos sentidos é o prazer


A idéia é a rotina do papel O céu é a rotina do edifício O início é a rotina do final A escolha é a rotina do gosto A rotina do espelho é o oposto A rotina do jornal é o fato A celebridade é a rotina do boato A rotina da mão é o toque A rotina da garganta é rock O coração é rotina da batida A rotina do equilíbrio é a medida O vento é a rotina do assobio A rotina da pele é o arrepio A rotina do perfume é a lembrança O pé é a rotina da dança Julieta é a rotina do queijo A rotina da boca é o desejo A rotina do caminho é a direção A rotina do destino é a certeza Toda rotina tem sua beleza

Vídeo Versão 2 Natura Tododia, onde muda uma cena em "A rotina da mão é o toque A rotina da garganta é rock".

Agência: Taterka Comunicações S/A
Trilha Sonora: Banda Sonora
Texto: Arnaldo Antunes
Locutor: Paulo Leite

Natura Tododia Inverno
Transformar a rotina dos dias frios, incluindo rituais de hidratação e bem-estar durante e após o banho. É com esse mote que a campanha da linha Tododia Inverno, da Natura, estreou com um filme de 30” no intervalo do Fantástico. Criada pela Taterka, a comunicação que tem como título “Vire a rotina do inverno do avesso” revela que essa estação também pode ser agradável para cuidar da pele.
“Descubra a poesia na sua rotina”, “toda a comunicação da linha imprime um novo significado para a palavra rotina”, afirma Eduardo Simon, Sócio e Diretor de Atendimento da Taterka.
A comunicação publicitária assinada pela Taterka traz filme com uma releitura do trecho Inverno, das Quatro Estações de Vivaldi, além de anúncios de mídia impressa.
As peças serão veiculadas nas regiões Sul, Sudeste e no Distrito Federal. A campanha também estará em canais de TV paga.

Não se cubra, descubra Não embace, desembarace Não encolha, se atire Não se feche, arrepie Não gele, incendeie Não amarele, avermelhe Não trema, estremeça

Agência: Taterka Comunicações S.A.
Direção de Criação: Marcelo Lucato
Diretor: Rodrigo Lewcovickz
Fotógrafo: Marcelo Durst
Montagem: Wilson Fernandes
Finalização: TVC - Ricardo Nimtz/Thiago Siebra
Trilha Sonora: Banda Sonora
Produção: Equipe Banda Sonora


Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) Le quattro Stagioni

Le quattro Stagioni, L'inverno (Allegro non molto), Op. 8-4 in F minor RV 297


A principal característica da obra de Antonio Vivaldi é a sua própria personalidade: uma agitação, um furor, uma ânsia de compor raramente igualada em toda a história da música.
Sua obra-prima, certamente, é Le quattro stagioni (As quatro estações), composta por quatro concertos, cada um representando uma temporada. Cada um é feito em três movimentos, com um movimento lento entre dois rápidos. Foi publicada em Amsterdã em 1725, fazendo parte e abrindo uma série de 12 concertos, intitulados Il Cimento dell'Armonia e dell'Invenzione (O diálogo entre a harmonia e a criatividade). Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos, como a primavera, o verão, o outono e o inverno retratados em As quatro estações. Um testamento do admirável teor de técnica intelectual e fantasia criativa de Vivaldi. Ele teve a precaução de prefaciar cada peça com um soneto descrevendo cada estação, e depois marcou os momentos apropriados correspondendo às palavras em cada concerto. O canto dos pássaros é descrito por alegres trinadinhos, o tremulo do violino marcando a aproximação do trovão, pizzicati descrevendo as gotas de chuva caindo.
“As Quatro Estações” é, acima de tudo, a celebração das múltiplas impressões de cada indivíduo ou coletivas das mudanças de estações, inspirando a evocação do universo inteiro de emoções associadas a elas e às transições climáticas e ontológicas envolvidas.
Na peça O Inverno, ele representa o rigoroso inverno do norte da Itália.
Vivaldi estava bastante consciente de sua inspiração e procurou descrever em música, o que ele pensava ser o frio arrepio na madrugada escura de um vento cruel. Descreve primeiro o frio e o batear de dentes, depois momentos calmos junto ao fogo e, enfim, a alegria temerária de deslizar no gelo quebradiço e ouvir o assobio dos ventos invernais.

L'inverno

Aggiacciato tremar trà nevi algenti
Al Severo Spirar d'orrido Vento,
Correr battendo i piedi ogni momento;
E pel Soverchio gel batter i denti;

Passar al foco i di quieti e contenti
Mentre la pioggio fuor bagna ben cento;
Caminar Sopra'l giaccio, e à passo lento
Per timor di cader gersene intenti;

Gir forte Sdruzziolar, cader à terra,
Di nuovo ir Sopra 'l giaccio e correr forte
Sin ch'il giaccio Si rompe, e Si disserra;

Sentir uscir dalle ferrate porte
Sirocco, Borea, e tutti i Venti in guerra
Quest'è 'l verno, mà tal, che gioja apporte.

O Inverno

Agitado tremor traz a neve argêntea;
Ao rigoroso expirar do severo vento
Corre-se batendo os pés a todo momento
Bate-se os dentes pelo excessivo frio.

Ficar ao fogo quieto e contente
Enquanto fora a chuva a tudo banha;
Caminhar sobre o gelo com passo lento
Pelo temor de cair neste intento.

Girar forte e escorregar e cair à terra;
De novo ir sobre o gelo e correr com vigor
Sem que ele se rompa ou quebre.

Sentir ao sair pela ferrada porta,
Siroco, Borea e todos os ventos em guerra;
Que este é o Inverno, mas tal, que [só] alegria porta.


•Concerto No. 1 in E major, "La primavera" (Spring), RV 269.
•Concerto No. 2 in G minor, "L'estate" (Summer), RV 315.
•Concerto No. 3 in F major, "L'autunno" (Autumn), RV 293.
•Concerto No. 4 in F minor, "L'inverno" (Winter), RV 297.
•Concerto No. 5 in E-flat major, "La tempesta di mare" (The Sea Storm), RV 253.
•Concerto No. 6 in C major, "Il piacere" (Pleasure), RV 180.
•Concerto No. 7 in D minor, RV 242.
•Concerto No. 8 in G minor, RV 332.
•Concerto No. 9 in D minor, RV 236.
•Concerto No. 10 in B-flat major, "La caccia" (The Hunt), RV 362.
•Concerto No. 11 in D major, RV 210.
•Concerto No. 12 in C major, RV 178.

Concerto:
Um concerto é uma composição musical caracterizada por ter um ou mais de um instrumento solista com acompanhamento de um grupo maior, sobre o qual o solista se destaca. Originalmente, era uma forma com base em três movimentos, sendo o primeiro lento, o segundo de andamento moderado e o terceiro rápido. A forma de concerto mais difundida foi estabelecida por Antonio Vivaldi.
Opus:
É uma expressão do latim para designar trabalho (obra). O plural é opera. Com um número, na música, geralmente numerado pela ordem de publicação da obra.

Fonte:

http://www.portaldapropaganda.com.br/portal/component/content/article/16-capa/15724-natura-traz-o-prazer-da-rotina-em-campanha-da-linha-tododia-verao.html

http://www.portaldapropaganda.com.br/portal/component/content/article/16-capa/19239-campanha-da-natura-para-linha-tododia-inverno-sugere-virar-a-rotina-do-avesso.html

http://www.scribd.com/doc/21276366/O-CONCEITO-DE-MARCA-COMO-ESTRATEGIA-DE-MARKETING

http://www.scribd.com/doc/467721/Os-concertos-de-Vivaldi

http://estacoesmimesis.blogspot.com/2008/11/os-sonetos-de-vivaldi.html

http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=925

http://www.sonetos.com.br/vivaldi.php

http://www.baroquemusic.org/vivaldiseasons.html

http://www.arnaldoantunes.com.br/

http://scf.natura.net/tododia

http://inkpot.com/

http://www.youtube.com/user/naturabemestarbem

http://www.youtube.com/user/CanalTaterka

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Show Tiê - 24/06/10 - Caixa Cultural


Eu nem piscava direito. Estava perplexo com a suavidade da voz da Tiê e aquela atmosfera minimalista onde a instrumentação se reduzia ao violão da garota, a guitarra do Plínio Profeta e em algumas músicas ou ela ou ele assumiam o piano.

As quatro primeiras músicas foram as quatro primeiras faixas do disco "Sweet Jardim" numa outra ordem. "Passarinho", "Dois", "Quinto Andar" e "Assinado Eu" em sequência quase me fizeram chorar...

Tiê, sempre muito simpática, dialogando sempre com o público (inclusive preoucupada em dar atenção ao pessoal da arquibancada posicionada atrás dela), sempre muito divertida contando histórias de shows passados e coisa e tal... E como foi bom saber que o segundo disco já está sendo preparado! Ela também não esqueceu de falar dos amigos Thiago Pethit e Tulipa Ruiz, que lançaram belos discos esse ano (o da Tulipa então, meu amigo...).


As outras seis músicas do único álbum dela foram executadas com muita beleza... E no final eles ainda tocaram "Se Enamora" (isso mesmo, do "Balão Mágico"... e ficou ótima) e "Ando Meio Desligado" dos Mutantes.

Tiê sempre agradecia muito ao público, música após música... Mas acho que somos nós que temos que agradecer...

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Rádio Sono Súbito - Programa #2

A Rádio voltou! Com mais vinhetas e efeitos! Dessa vez não foi escolhido nenhum tema em especial... selecionei músicas de bandas nacionais que ando escutando no momento... E teve homenagem no final!

Escuta aí!:



O setlist foi esse:

Vanessa e o véu - Sua Mãe
Modern kid - Jupiter Maçã
Los chicos de ayer - Vanguart
Tobogã pro inferno - Cérebro Eletrônico
Modern Love - David Bowie ( É pra você, senhor M!)

Durante as falas tocamos:

Dr. Sabe Tudo - Rubinho Jacobina e a Força Bruta
Pedrinho - Tulipa Ruiz
Calma - Cidadão Instigado

E já que tocamos Rubinho Jacobina...

Rubinho cantando na Orquestra Imperial no último dia 11 (a essa altura já era pra lá do dia 12)

Abraços!

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domingo, 13 de junho de 2010

Plano B


Estreando no final de semana do dia dos namorados, Plano B segue a linha dos filmes comerciais de comédia romântica já mais do que batida em holywood. Objetivando nada mais do que levar jovens casais às salas de projeção, é até natural não pegarmos tão pesado ao assistir esse tipo de filme água com açúcar, que tem como propósito divertir um pouquinho e arrancar algumas risadas. Mesmo assim, o filme em questão decepciona, infelizmente.

A trama gira em torno de Zoe, uma mulher que, cansada de procurar pelo parceiro ideal, resolve realizar o sonho de ser mãe sozinha através de uma inseminação artificial. No dia em que ela põe em prática seu plano, ela conhece Stan, um rapaz que pode ser o homem dos seus sonhos. Daqui para frente, vocês podem ter certeza que sabem tudo o que vai acontecer. Filmes assim são sempre muito parecidos.

Os protagonistas até têm algum carisma, mas a relação entre eles é dificil de engolir, artificial demais. Quanto mais o cara se aproxima e prova para a garota que quer ficar com ela, mas ela o repele. Tá, eu até aceito que existem pessoas que, por terem se frustrado muito no passado, tenham dificuldades em confiar e acreditar num relacionamento, mas da forma como acontece aqui é surreal demais, é ilógica. Além disso, o filme tem algumas cenas bem constrangedoras e é bem ofensivo para as mães solteiras.

Como estou de bom humor, vou dar duas estrelas, embora o filme seja bastante abaixo da média e nem isso mereça. Uma fica pelo cachorrinho do filme, aleijado, que eu achei bonitinho, e a outra pela beleza da Jennifer Lopez e seu corpinho sarado. É, mesmo com boa vontade, essa temporada de 2010 está dificil.

Cotação: 2/5



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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Discos Tulipa e Tiê

Vamos lá... dois discos para download:


Tulipa Ruiz - Efêmera


Tiê - e.p.

Não achei um link para download do ótimo Sweet Jardim da Tiê, mas achei esse EP que tem 4 músicas, duas não estão no disco "cheio". Quanto as que estão no Sweet, "A bailarina e o astronauta" e "Passarinho" estão com arranjos diferentes porém tão bons quanto os do disco.
Convido os poucos leitores desse blog a visitarem o Estúdio Sono Súbito para a audição completa desse e de outros bons discos!

Ainda quanto a Tiê, vocês também podem dar uma passadinha nessa postagem do ano passado do La Cumbuca falando do show de divulgação do disco acima.

Abraços!

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo


Embora, até o momento, a temporada de 2010 esteja relativamente fraca, este Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo consegue se salvar.

Baseado no game homônimo, a estória começa mostrando a invasão de uma cidade vizinha ao reino persa em busca de supostas armas forjadas ali com o intuito de prevenir uma possível invasão. Dastan, um dos príncipes da Pérsia e o herói do filme, é contra isso, mas acaba acatando a decisão de um dos seus irmãos para tanto. Após o feito, Dastan, ao presentear o rei com uma túnica envenenada, é acusado de traição e foge do reino com a ajuda da princesa Tamina. Dastan precisa provar sua inocência e desmascarar essa farsa. Só que ele conta com um objeto muito especial conquistado nessa empreitada: uma adaga, com um compartimento para areia em seu punhal e um pequeno botão, que permite ao seu portador voltar no tempo sem que qualquer um saiba disso. Já a princesa Tamina é a guardiã desse artefato e precisa recuperá-lo de volta para si. A partir daí a estorinha se desenrola.

Admito que gostei, o filme consegue divertir. A estória é legalzinha, contada bem mastigadinha e fácil de acompanhar. A fotografia é muito boa e mostra paisagens grandiosas, o que favorece o filme. A ação do filme também é muito boa. É engraçado que as proezas do personagem o fazem ter o maior jeitão de Aladdin e dá para perceber que os saltos em paredes e telhados são referências ao game. Enfim, cumpre seu papel de cinema-pipoca.

A idéia dos produtores é realizar dois novos filmes, formando uma trilogia e estabelecendo uma franquia à la Piratas do Caribe. Acredito que os três filmes seriam baseados nos três games recentes da série, sendo esse o primeiro. Ao meu ver, não seria uma má idéia.

Cotação: 3/5


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sábado, 5 de junho de 2010

Tiê - Caixa Cultural


Dias 23 e 24 de junho tem show da cantora, compositora, instrumentista Tiê. Será na Caixa Cultural, sempre 19:30. O ingresso está 15R$ se não me engano... Estarei lá para escutar ao vivo outra bela voz da nova geração musical brasileira cantando o que já são para mim clássicos da melancolia.

Falando em nova geração, leia outro link para o blog da Tulipa Ruiz com a reportagem sobre o lançamento do seu ótimo disco. O último parágrafo é um aviso que eu já dei a alguns dos membros deste blog...

Até a próxima!

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Entrevista Rômulo Fróes no SCREAM & YELL


Atendendo pedido de um membro do blog, posto o link do entrevistão do caro Rômulo Fróes. Já falei do cara por aqui, é só procurar falou?

Rômulo fala sobre o que pensa sobre o cenário musical brasileiro, atual e passado, coloca suas idéias de forma bem argumentada, gostei bastante.

Abraços!

entrevista

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Lançamentos 2010 #3 - Efêmera - Tulipa Ruiz


Esse é f***... leia o sobre Tulipa no myspace da garota:

"Tulipa Ruiz

Cantora, compositora e desenhista.
Interessa-se por gravações em campo, texturas, ruídos, bordados e cantigas de ninar."


E o resultado é esse álbum fantástico, "Efêmera". Essa simplicidade das cantigas de ninar, sonoridades pueris, é levada para estradas complexas através de uma instrumentação vigorosa, instigante... sem contar a voz de Tulipa, te embriaga desde a primeira faixa... estou de ressaca até agora... extremamente doce, belíssima...

As letras, da própria ou parcerias, são muito boas, histórias maravilhosas... disco para escutar na íntegra, mas se for para destacar, aponto "Pedrinho" e "Brocal Dourado".

Tulipa contou com uma galera forte nesse disco: tem Céu, Tiê, gente do Cérebro Eletrônico, Kassin, Rômulo Fróes desenhando alguma coisa no disco...

Dá uma olhadinha na digitalização da reportagem da Rolling Stones que peguei no blog da garota: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhwPCcCtZb1BhprV_yB3l4NH1pxIBw8OmJUCifiXLzDEUiJ9VeyNPDzIVsItyCik8crlUTGZ7u2wOmaTiLaHeJt4tuN1Jyx1DHXOuSlBh4BMPIkzYogxK0f7U5hK0jxGVpl4R1uM2SQ8E/s1600/Rolling_Stone_maio_02.jpg

Abraços, meus caros!

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Poisonblack - Of Rust And Bones


Embora nenhum dos sonolentos tenha especial gosto por esse estilo de heavy metal, meio gótico, meio melódico, vou deixando um ou outro post para o dia em que aportar por aqui algum admirador da coisa. Quem sabe.

Em março deste ano foi lançado Of Rust And Bones, o quarto CD de estúdio do Poisonblack. Confesso que não me empolguei tanto quanto foi com os álbuns anteriores. No geral, achei que as músicas não estão tão empolgantes, com algumas exceções, como a faixa 2, Leech, que é muito maneira. Abaixo deixo um link do youtube para que conheçam essa música e um pouco da sonoridade da banda. Tomara que eles ponham os pés na estrada e passem pelo Brail para divulgar esse lançamento. Sonhar não custa nada.

Leech - Poisonblack

Abraço a todos!

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fúria de Titãs


Enquanto o Rodrigo, nosso usual colaborador de cinema-pipoca, não volta com suas resenhas, vou quebrando o galho por aqui. Esse Fúria de Titãs é uma refilmagem de um filme trash de 1981 que fez algum sucesso quando lançado. Não conheço o filme original, então não sei do que difere do novo. O filme conta a história de Perseu, semideus, filho de Zeus, em meio a uma revolta dos humanos contra os deuses. Ele, que vive como um pescador, resolve se vingar de Hades, quando este mata seu pai de criação, e assim parte com outros guerreiros que também querem derrotá-lo para salvar a cidade de Argos, já que Hades, com a permissão de Zeus, exige o sacrifício da princesa Andrômeda dentro de 10 dias como punição pela rebeldia dos homens contra os deuses, ou então o monstro Kraken irá destruir a cidade. Isso é a história.

Antes de assistir, os comentários que eu tinha lido foram muito ruins. E o filme é realmente tão ruim assim? Sim, o filme é bem fraco. Não há a menor possibilidade de você sair do cinema achando algo diferente disso. Mas, apesar de tudo, dá para assistir até o final numa boa. Se você conseguir abstrair que aquilo ali deveria ser uma história com personagens, dá para curtir os elementos da mitologia grega e aguentar até o final da projeção para descobrir se o herói fica com a mocinha. A ambientação e o visual até são maneiros, apesar de clichê em filme desse gênero, e os efeitos especiais são bons, o que já é normal hoje em dia. Entretanto não gostei da Medusa, achei que sofre do mesmo problema que o Escorpião-Rei, do filme O Retorno da Múmia: como criatura até funciona, mas por ter um rosto humano, se torna extremamente falso, fica muito evidente o CGI.

O roteiro é medíocre e o filme é emocionalmente nulo. Tudo se resume a algumas cenas de ação intercaladas com alguns diálogos imbecis para fazer a história andar. É, os blockbusters ruins geralmente são assim. Os atores, alguns famosos, estão péssimos, e é até cômico ver Liam Nesson vestindo uma armadura estilo Cavaleiros do Zodíaco. Na hora até fiquei imaginando como seria um filme dos Cavaleiros com atores de carne e osso!

Além disso, tem-se falado muito mal da conversão para 3D desse filme, que foi originalmente gravado para ser exibido de forma tradicional. Por conta disso, preferi assistir em 2D mesmo, legendado, que é como gosto de ver. Aqui fica meu alerta: fujam dele também em projeção 3D, pois parece que o efeito 3D está bem bisonho. Melhor não arriscar.

Cotação: 2/5

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mais do Tributo a John Williams

Encontrei hoje a cobertura do Tributo a John Williams em um dos meus sites favoritos sobre trilhas sonoras, o ScoreTrack.net, que inclusive já recomendei aqui no blog, em algum comentário que fiz. Basicamente o que é dito é o mesmo que foi dito aqui, porém com fotos melhores e alguns videos. Entretanto, no final da reportagem eles citam que há a possibilidade de termos aqui outros concertos dirigidos à música para cinema, de compositores como Jerry Goldsmith (A Múmia) e Bernard Herrmann (Psycho/Vertigo). Será que haverão outros concertos assim? Seria muito bom! Fiquei intrigado com isso.

Clique aqui para ver a reportagem.

Abraço a todos!

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

“O mundo está cada vez menor com o cinema de Hollywood, onde os filmes se parecem com tantos outros, e vi nesse olhar algo que eu nunca tinha visto antes. O filme tem uma idéia maravilhosa de eternidade,pessoas que não têm forma e onde o tempo se expande”.


Tim Burton sobre o vencedor de Cannes

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cannes


"Eu só faço um filme quando ele é o único recurso para contar uma história. Se eu pudesse escrever uma história, eu não faria um filme."

A frase é auto explicativa e sintetiza perfeitamente a minha visão de cinema.Ela foi dita pelo novo vencedor de cannes,Apichatpong Weerasethakul,que prefere ser chamado apenas de "Joe",reconhecendo que para nós ocidentais,é complicado pronunciar esse palavrão.

Só vi 2 filmes do cara(um até incluí na minha lista dessa década),mas deu pra sacar que é um diretor bem diferente e interessante,principalmente comparando o que se vê por aí.
E essa frase mostra que os pensamentos dele estão num ótimo caminho.

Parabéns pra ele,que o filme passe no festival do Rio(bem provável depois da vitória) e que o filme seja tudo isso mesmo(teve crítico dizendo que é o melhor filme já feito,não estou brincando)

Parabéns Joe!

PS:Melhor coisa que o Tim burton fez em anos,já que ele era o presidente do júri.

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Animação Rio

Bom, sei que estou um pouco ausente do blog, mas com incentivo do nosso amigo Marcio resolvi postar aqui esta incrível novidade!
Com toda essa coisa de Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, as atenções estão voltadas para o Brasil. Eis que surge uma divertidíssima animação, que contará com a contribuição de Carlos Saldanha, que participou do filme A Era do Gelo.
A história é de uma arara chamada “Blue”, uma arara nerd e impopular que sai de sua gaiola nos EUA e vem para o Rio de Janeiro.
O filme parece muito divertido, ótima qualidade, vale a pena conferir!!

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Apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira - Tributo a John Williams

Vim aqui escrever sobre a apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira, no Teatro Municipal, neste último sábado, dia 22/05/2010, e eis que me deparo com a postagem do César, nosso cabeça do blog. Apesar disso, resolvi escrever assim mesmo, pois achei simplesmente maravilhoso este Tributo a John Williams.



A primeira coisa que me chamou a atenção foi a diversidade do público. Mesmo com toda a pompa e charme do Teatro Municipal, muita gente estava trajando jeans e camisa básica, o que mostra a variedade de público que este evento alcançou. Estavam lá desde apreciadores de música clássica, em suas roupas de gala, até pais com seus filhos, casais e jovens em geral. Do meu lado estava sentado um roqueiro, e eu vi um cara lá pelos corredores com uma camisa do Star Wars! Achei isso muito legal!

As músicas, que eles chamam de peças, foram tocadas em ordem diferente da previamente estabelecida. Na hora de começar o espetáculo eles anunciaram a ordem correta, que foi:

Superman
Tubarão
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Prenda-me Se For Capaz
Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida
Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros
A Lista de Schindler
Star Wars
E.T. - O Extraterrestre

O que dizer desta apresentação? Maravilhosa é pouco. Ouvir os grandes temas que nos acompanharam desde a infância, ao vivo, em pleno Teatro Municipal, já reformadinho, não tem preço. Gostei muito deste evento, me arrepiei várias vezes, foi magnífico.

Achei que a ordem em que foram tocadas foi muito melhor assim. O tema de Superman, uma peça grandiosa e heróica, abriu muito bem. O tema de Jaws, bastante sombrio, evocou bastante suspense, e também foi bem impactante. Já a música de Prenda-me Se For Capaz foi bem diferente das outras, com elementos de jazz, e a presença no palco de outros músicos, inclusive um no sax e um outro num outro instrumento que não faço a menor idéia do nome, mas que deu um toque todo característico a esse tema. Depois, a famosa Raider's March, de Indiana Jones. Nem preciso dizer nada, né? Trompetes poderosos, e a passagem pelo tema da Marion é realmente linda.

Após o intervelo, vieram as melhores. Com o tema de Jurassic Park me emocionei. Nostalgia extrema. Esse é um dos filmes da minha vida, e eu adoro esta trilha. A orquestra parece que está sempre "cheia" e dá um tom épico a um filme que me traz ótimas lembranças da infância.

Em seguida, a apresentação de A Lista Schindler foi uma das que mais agradou ao público, arrancando muitos aplausos e gritos de "bravo". Além do tema principal, lindíssimo, foram tocadas mais algumas músicas. Os aplausos já eram demorados e aqui foram especialmente longos. Depois o maestro anunciou que não poderia sair dali sem tocar uma música especial, que não era de John Williams, e sim de Carlos Gardel. Era um tango, do filme Perfume de Mulher, música que também aparece em A Lista de Schindler. Sensacional. Muitos e merecidos aplausos.

Star Wars foi a grande sensação da noite. Para minha surpresa e felicidade, além da fanfarra principal, também tocaram os temas da Princesa Léia e do Mestre Yoda, a Marcha Imperial, e as músicas da Sala do Trono e dos títulos finais! Muito legal. E para fechar, na suíte de E.T. - O Extraterrestre, como era de se esperar, o tema clássico e os créditos finais do filme, encerrando com chave de ouro essa maravilhosa apresentação.

O maestro se despediu e saiu. As luzes se apagaram e, enquanto muitos já se levantavam para ir embora, apareceu ninguém menos do que Darth Vader, que caminhou até o palco e começou a reger a orquestra com seu sabre de luz vermelho! Uma sacada genial, que arrancou muitas palmas e muitos risos. Após um repeteco da Imperial March, voltou ao palco o maestro, que empunhou um sabre de luz azul para duelar com Vader! Não tinha como não sair satisfeito de um concerto assim!

Darth Vader regendo a OSB

A Orquestra Sinfônica Brasileira é maravilhosa e o mestre John Williams, genial. Sua música toca o coração de todas as gerações, desde aqueles que estavam lá, nas décadas de 70 e 80, quando estes filmes homenageados foram lançados, quanto àqueles mais novos, que os estão conhecendo agora. É inquestionável a qualidade do trabalho deste homem. Sensacional este tributo ao mestre John Williams.

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domingo, 23 de maio de 2010

Tributo John Williams - Theatro Municipal - 22/05/10

E o Sono Súbito teve seu dia de High Society. Fomos contemplados com um par de convites para o Concerto da noite de sábado do Tributo John Williams que foi executado pela Orquestra Sinfônica Brasileira nesse final de semana no Theatro Municipal. Eu já tinha anunciado o evento aqui.

Só não esperava apreciá-lo tão bem. Os convites eram para a Platéia, fila E, na cara do gol.

Bruno: "Estou me sentindo o Rei."

Espero que os outros membros do blog que estiveram presentes ao evento postem sobre, pois eu nem conhecia todas as trilhas apesar de gostar de tudo que ouvi devido a grande competência da Orquestra regida por Roberto Minczuk.

Orquestra preparando-se para a apresentação.

Quanto ao que conhecia... quase chorei durante o tema de Indiana Jones, cara, o tema do filme mais nostálgico da minha vida executado ao vivo, pela OSB, na minha frente... e no ápice do tema de Jurassic Park? Foi de arrepiar. Gostei bastante também da execução do tema de Tubarão; de Leonardo Sousa, vibrafone, na execução de Prenda-me se for Capaz (o cara tava com a mão sangrando!); de Daniel Guedes, solista, violino, no tango orquestrado por Williams "Por una Cabeza" de Carlos Gardel... E do final divertidíssimo com um regente fantasiado de Darth Vader regendo o tema clássico do personagem de Star Wars depois duelando com o Minczuk que entrou no palco com outro sabre de luz...

Enfim, ótimas lembranças de uma noite no Municipal...

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sábado, 22 de maio de 2010

Show Sua Mãe - Teatro Odisséia - 20/05/10


Enquanto todos torciam ou secavam o Flamengo na Libertadores (hahahha hahahah), a equipe Sono Súbito foi conferir o show da Sua Mãe, banda liderada pelo Wagner Moura (ele mesmo) que assume o papel de vocalista. E não decepciona. Canta muito bem além de ter uma presença de palco acima da média. Mas a banda não se resume a ser a banda de um ator famoso: a proposta é muito boa. Os caras são influenciados essencialmente pela música brega (ou ultra-romântica, como eles falam) e bandas inglesas/melancólicas como The Cure ,The Smiths, Radiohead. E dá certo. Preciso escutar o disco ("The Very Best of the Greatest hits") com calma mas o show me mostrou que eles foram competentes na empreitada.

Com o Teatro Odisséia lotado, Sua Mãe desfilou as canções do único disco em 18 anos da banda. Destaque para a que abriu o show, "Vanessa e o Véu", a melhor música da banda e colocou a galera no clima. Impressionante como Wagner se comporta bem no papel de vocalista da banda, muito divertido, empolgado, dançando, fazendo caras e bocas interpretando cada música. E olha que o cara tava gripado! Mas entre uma música e outra da banda, tivemos um The Cure com "Love Song", um Reginaldo Rossi, depois um Radiohead ("Creep" com metais!), depois um Robertão, Waldick Soriano...

Vaanessaaa.... (u u uuu....) tira o véééu da inocência... você nunca foi tão santa assim...


Pena que a os caras estão numa curta turnê sem intenção de dar prosseguimento, pelo menos num curto prazo. Os caras já têm carreiras estabilizadas (jornalistas/contador) e o Wagner tem milhares de outros projetos. E por isso era nítida a intensidade em cada música, a vontade de não acabar (2 bis), o Wagner se jogando na galera... um cara que profissionalmete já é pra lá de reconhecido, por amor a música, nos brindou mais uma vez com seu inegável talento.

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Morre Ronnie James Dio

Cara, essa me pegou de surpresa... Infelizmente não tive oportunidade de assistir um show com esse ícone do Rock... vocalista de bandas muito boas como Elf (essa eu descobri graças ao Mofodeu), Rainbow (banda que tinha na formação o Blackmore (ex-Deep Purple)) e Black Sabbath, substituindo muito bem o Ozzy. Recentemente estava em turnê com o Heaven & Hell com alguns integrantes do Sabbath. Dio estava com 67 anos e lutava contra um câncer no estômago.

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sábado, 15 de maio de 2010

Festival Fora do Eixo - Circo Voador - 14/05/10

Último dia do Festival, 6 bandas, haja fôlego!

Bem, Stereológica foi a primeira banda ainda com um vazio Circo Voador; sinceramente não gostei. Um rapaz e uma garota sustentam respectivamente um baixo e uma guitarra com uma base eletrônca de bateria e outros efeitos querendo criar um clima "futurista". Não gostei da proposta.

Logo depois, Camarones Orquestra Guitarrística. Dessa eu gostei, instrumental que mistura os elementos orgânicos com eletrônico, bem interessante. Animou o público que já chegava ao Circo. Deve existir uma relação com a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana pois entre uma música e outro eram tocadas faixas do EP da OBMJ.


Mas o mais legal do show do Camarones foi ter encontrado o Rodrigo Barba, baterista do Los Hermanos e do Canastra, que tocaria mais tarde. O caro foi bem simpático e ao ser perguntado sobre os boatos sobre dois shows dos Hermanos lá no nordeste ele sorrindo desconversou dizendo que não tá sabendo de nada oficial, só tomou conhecimento dos boatos. Vamos ver, né?


Continuando com o Festival: em seguida aos Camarones, Mini Box Lunar. Olha, essa aí eu terei que escutar com calma depois que a proposta é até interessante e as músicas mais agitadas até que soaram bem legais. Um som pautado na psicodelia, os caras da banda parecem hippies, principalmente as duas meninas dos vocais. Tentarei digerir melhor em casa.

E a partir de agora o Festival esquenta. Na sequência, Macaco Bong, Canastra e Black Drawing Chalks.

Macaco Bong. Aguardava com certa ansiedade esse show. Power Trio instrumental é complicado, grande risco de se tornar enfadonho e tal, o que de certa forma o disco é para mim. Mas ao vivo é outra coisa. Os caras são uns animais, no bom sentido. O baterista é um monstro, um vigor incrível aliado a técnica. O baixista sustenta muito bem o caos sonoro gerado pela guitarra de Bruno Kayapy. O cara toca muito! Uma vitalidade sonora paira sobre o Circo. Parece que ele está possuído por um deus da guitarra. Sério. O som é tão forte me mantém atento durante a quase uma hora de show. Tomara que os caras voltem logo.


Canastra colocou o pessoal pra dançar com seu rock cheio de misturas (jazz, mpb, surf music), tudo meio puxado para os anos 50/60. Muito legal a utilização do contrabaixo acústico, cria o clima sonoro que a banda deseja e impacto visual; os caras são muito divertidos no palco, interagindo muito com o público que infelizmente não passava de razoável.


E pra fechar, já são mais de 3 da madruga e sobe ao palco Black Drawing Chalks com seu Stoner Rock de primeira, abrindo as famosas rodas na pista do Circo. Os goianos também são bem vigorosos no palco, guitarras fortes, muita empolgação, viva o Rock'n Roll!
Cumpriram muito bem o papel de fechar o Festival Fora do Eixo -RJ. Pena que no final do show deles eu já estava completamente exausto, sentando no chão na última música. Mas foi bem legal escutar as porradas do último disco dos caras, presença fácil nas listas de melhores discos de 2009.


Agora preciso descansar; o mês de maio não acabou. Ainda temos Móveis, Sua Mãe, Cat Power, Lucas Santtana, Pedro Luis e a Parede...

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Festival Fora do Eixo - Teatro Odisséia - 13/05/10

São três dias de festival, o primeiro numa indigesta quarta-feira, num distante (para mim) Cinemathe, com algumas bandas totalmente desconhecidas para mim. Já os dois outros dias me chamaram atenção.

Na quinta se apresentaram nesta ordem Tereza, Brasov, Nevilton, Porcas Borboletas e Do Amor. Já tinha assistido Tereza no Grito Rock e gostei muito, Brasov eu conhecia pouco mas falam muito bem, Nevilton apesar de desconhecido era muito esperado pelos comentários sobre os caras, Porcas Borboletas lançaram um dos melhores discos de 2009 e Do Amor eu também conheço alguma coisa e desejava assistir um show.

Tereza mais uma vez agitou a galera no pequeno e aconchegante Teatro Odisséia; gostei mais do show do Circo não pela apresentação da banda e sim pela falta de público (era quinta e tava frio) que apesar de pouco até que estava bem animado.



Estava com uma grande expectativa para o Brasov, até porque o cara que conheci na fila ratificava todos os comentários sobre a banda e não me arrependi. Ótimos metais, coreografias, covers e muita diversão com os caras fantasiados de alpinistas (heheh).



Nevilton também não decepcionou; o power trio paranaense gerou ótimos comentários pela platéia com um rock de qualidade, com muita empolgação e técnica, a guitarra é incrível. Além disso os caras são muito simpáticos, interagindo bem com o pessoal.





E enfim, o mais esperado por mim, Porcas Borboletas. Os mineiro focaram o segundo disco e acertaram na mosca na escolha das faixas tocando "Menos", "O Rato", "Estrela Decadente" (o Silvio Santos morreu em 84, e você, morreu quando meu filho?!?) e "Tem Gente". E os caras se comportam muito bem no palco, destaque para o vocalista (que eu não sei o nome nem vou procurar agora) com seu shortinho curto e camiseta, fazendo caras e bocas no palco.



Gostaria de assistir Do Amor, mas eu estava esgotado após o fim do show do Porcas (tinha saído direto do trabalho, estava com uma mochila pesada com livros, sapato e um monte de bagulho, minhas coluna estava arrebentada). Fui pra casa.

Mas hoje estarei no Circo para o último dia do Festival, que terá entre outras coisas Canastra, Macaco Bong e Black Drawing Chalks. Imperdível. Pelo menos para mim.

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