domingo, 31 de janeiro de 2010

Franz Ferdinand!

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As Nove Artes

Só por curiosidade... as nove artes...

  1. Música
  2. Dança
  3. Desenho e Pintura - Artes Plásticas (ou visuais) Bidimensionais;
  4. Escultura - Arte Plástica (ou visual) Tridimensional;
  5. Teatro ou Literatura - (Não se sabe...)
  6. Literatura ou Teatro - (...quem veio primeiro)
  7. Cinema
  8. Fotografia
  9. Quadrinhos

Essas são as nove artes do mundo moderno... a ordem é discutível, minha pesquisa não foi tão profunda, não vou entrar em detalhes, encontrei uma que televisão estava incluída (!?!?)...

Mas a fotografia sempre foi colocada na 8ª posição...

Abraços!

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Show Franz Ferdinand - 2010: Banda de Abertura


show no Circo Voador


O melhor show do ano já tem dia, hora e local marcado. Só não está definido a banda de abertura. E quem vai decidir somos nós. É só entrar aqui, se cadastrar e escrever o nome da banda. Já votei no Vivendo do Ócio porque os caras sabem fazer um som muito bom que bebe na fonte do indie rock internacional e eu também nunca assisti um show deles... seria uma ótima oportunidade!

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lula - O filho do Brasil




Lula – O filho do Brasil

Bom, parece que virou moda fazer cinebiografia no Brasil. Após “Dois filhos de Francisco”, que foi um sucesso nos cinemas, a indústria resolver correr atrás de personalidades que tiveram uma vida difícil antes de se tornarem quem são (espere muita coisa ruim também em decorrência disso), e quem melhor para ser a próxima “musa” do que nosso atual presidente, o “analfabeto” que está comandando nosso país.

O filme conta toda a origem humilde de Lula, desde seu nascimento no interior do nordeste, até o momento que ele segue para São Paulo, mostrando o drama do êxodo rural. A atriz Glória Pires está bem como mãe do personagem, mas embora está seja quase a personagem principal do filme ela é pouco explorada, já o ótimo (e onipresente) Milhem Cortaz embora apareça pouco como o pai bêbado e violento, está muito bem. Ainda falando sobre os atores, é impressionante a caracterização de Rui Ricardo Dias, que assume o personagem com 18 anos e vai até o fim do filme (embora tenha achado um pouco forçado com 18), no início vemos um homem que acreditamos que parece com o presidente, mas não fala muito parecido não, mas conforme os anos vão passando, o jeito de falar e a barba vão tornando o ator uma cópia fiel ao original.
Como o filme não tinha nenhum interesse eleitoral (ahhahahahah), o filme termina muito antes da chegada de Lula à presidência, na verdade nem mesmo o PT é citado, mas como eles não agüentaram, ainda tem no fim um videozinho de baixa qualidade da carreata da eleição, heheheheheh. Valem as fotos nos créditos, para compararmos e vermos que os atores são mais bonitos.

Como é o objetivo dessas biografias, o filme é sempre guiado pelo drama, por mostrar o sofrimento, aquela papo edificante de sempre, além de algumas raras cenas engraçadas para quebrar um pouco. Um filme interessante e bem feito, e o fato de ser uma pessoa conhecida por todos torna mias interessante de ser assistido, embora não seja tão bom quanto os Filhos de Chico ainda é uma boa pedida no cinema.

RRR

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Contatos do 4º Grau




Contatos do 4º Grau

Aaaarg!!!!!!! Típica propaganda enganosa. O filme foi vendido como um terror sobre abdução de pessoas, ótimo, e usaram aquela velha história de filme baseado em fatos reais (o que é uma palhaçada, hoje tudo é baseado em fatos reais fictícios), bom vamos assistir então... nãaaaaaao! O filme começa com Milla Jovovich (já viram que ela não faz 1 filme bom) nos explicando que ela interpreta uma mulher que foi abdusida e que tudo aquilo é verdade e tal, pra criar um clima. Daí em diante fica um saco! O filme segue a história de uma psicóloga que observa vários relatos parecidos em seus pacientes, além disso ela enfrenta problemas após o assassinato do marido.
A premissa básica do filme é a seguinte: Mila interpreta a psicóloga e quando um paciente resolve se submeter à uma hipnose ela pede pra filmar tudo pelo bem da ciência (e do filme), então assim que a câmera é ligada passamos a ver também a imagem “real” da hipnose. Daí o filme segue uma sucessão de imagens “reais”, com imagens do filme, algumas vezes elas ficam na tela simultaneamente criando uma poluição sonora e visual tremenda. Além disso é tudo muito chato, não vemos quase nada, e nas horas em que a câmera supostamente ficou fora do ar por motivos de força alienígena simplesmente vemos os chuviscos, se não me engano, essa seria a hora de mostrar o fato filmado com atores (ah, esqueci que todos são atores), resumindo, você não vê nada em momento algum.
Um filme sem graça , que não dá medo em ninguém, muito mal produzido e principalmente, muito mal montado, e nem sequer tivemos a nudez de Mila Jovovich que deve estar ficando flácida e caída, pois antigamente ela ficava pelada até sem necessidade, nesse pelo menos teríamos algo pra ver...

R

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Melhores Álbuns Nacionais - 2009 - parte final

1 - Uhuuu! - Cidadão Instigado



E pensar que o maior disco da primeira década do século XXI quase não existiu, né Catatau...: "Com a verba do projeto ( Prêmio Pixinguinha), resolvemos fazer algo mais caprichado e gravamos num gravador analógico, com fita de rolo e tudo o mais. Mas perdemos toda a primeira etapa por conta de um problema no gravador", revela. O prejuízo só não foi maior porque boa parte das novas músicas já vinham sendo tocadas nas apresentações e o jeito "foi começar tudo de novo". (entrevista para Rolling Stones n° 36 aqui).

Uhuuu! é épico desde de sua criação... Um disco muitas vezes romântico em suas letras um tanto banais, mas com uma sonoridade experimental onde encontramos misturas de música brega a rock progressivo numa única faixa. Mas o álbum foi além... temos músicas bem experimentais como "Doido", "Ovelhinhas" e "A radiação na Terra".

" O Nada" também é meio experimental e abre o disco. Com uma ordem: "abram as portas das suas casas/ deixem os ladrões entrarem/ eles vão tentar levar tudo o que puderem". Impactante desde o início. A sonoridade do disco começa a se desenhar. "Contanto estrelas" começa bem anos 80, teclado e tal, mas a sonoridade vai se completanto dando suporte as letras simples que ganham força, como tudo na música. A aparente simplicidade torna-se claramente complexa. "Doido" tem uma levada, não sei... difícil falar... a música tem uma guitarra cantando a todo momento, sustentando a narrativa de alguém a ponto de ter um "colapso nervoso". Arnaldo Antunes participa no momento ápice de loucura. Imperdível.



Agora, a sequencia suprema do ano: "Dói"/ "Escolher pra quê"/"Como as luzes". "Dói" é romântica ao extremo, a levada musical se arrasta nesse sentido mesmo, sem maiores devaneios, mas muito técnica, cheia de detalhes. Declamação de Catatau... a música se mantém... até que no final ela abre as asas... "e encontrar você sorrindo, no meu coração... outra veeez!" Metais, refrão, fim. Fantástica. "Escolher pra quê" é mais puxada para o rock, bem anos 80, ótima, bem animada, refrão forte... solo incrível... "Como as luzes" é a obra prima do disco. Começa bem brega, quase Calypso heeheh. Só que Joelma/Chimbinha não são capazes de dar novos caminhos para a música, muito menos formas geniais como Catatau. A parte instrumental da meiuca já deixa bem claro que não estamos escutando qualquer música. A música vai ganhando força até que tudo parece que pára e... que isso?!?! Pink Floyd?? Catatau fecha a música com um solo idêntico ao solo final de "Echoes" do Pink Floyd, espetacular, tudo bem encaixado, é a mesma música, não dá pra acreditar... me arrepio todas as vezes que escuto.

"Ovelhinhas" é mais experimental, psicodélico, sons de ovelhinhas, oníricas e termina com um tchu tchu tchu ru ru meio Franz Ferdinand numa trilha rural... entendeu? melhor escutar... Mais experimental e pscicodélica é "A radiação na Terra", sombria em alguns momentos, o grito de horror... dark... bem legal! "Deus é uma viagem". Que letra! A melhor definição de Deus que eu já escutei: "Olhos/De-dos/Mãos/Pés/Me mos-tram/Que Deus/É uma viagem." Mas não é? heheehe A sonoridade se encaixa perfeitamente, final apoteótico, incrível, tem até "ooohhhh ooooooooohhh", é de arrepiar. "Homem Velho", homenagem a Neil Young, iria adorar sem dúvida. Sóbria, fica mais dançante, no refrão, o ápice, um sonho... o teclado dita a sonoridade... "O cabeção" volta com o experimentalismo, mas uma participação do Arnaldo Antunes, letra bem criativa, ficção científica em música... só Catatau... um Uhuuu! no final... Que disco!



E minhas palavras não servem de absolutamente nada... ESCUTEM O DISCO!

Dá pra escutar algumas coisas aqui: http://www.myspace.com/cidadaoinstigado

Mas é só procurar na web e você acha o disco inteiro... Faça esse esforço para o seu próprio bem!

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Melhores Álbuns Nacionais - 2009 - parte IV

5 - Sem Nostalgia - Lucas Santtana



Esse é dos corajosos. Disco fantástico. Lucas e o som do seu violão, puro, distorcido, eletrônico, mashups...

"Super violão mashup" abre o disco. Som instigante. É o som do seu violão remexido, revirado, recortado, repaginada, repetido... acrescentou uma batida eletrônica e pronto. Estamos diante de uma obra-prima. "Who can say which way" segue a linha e dessa vez temos a aparição dos vocais de Lucas, ansiosos, nossos sentidos já estão perplexos nesse momento. "Night time in the backyard" é lenta, sons noturnos, pelo que lembro, gravados no Jardim Botânico, e claro seu violão embalando tudo numa melodia hipnotizante. "Cira Regina e Nana" é a primeira em português. Levada sonora que gruda, letra de rimas bem organizadas, você se perde na narrativa. "Recado para Pio Lobato" é instrumental, a elevada técnica de Lucas é gritante, impressiona. Metade do disco, "Hold me in". Violão bem marcado, sonoridade pra lá de melancólica, melodia linda.



"Amor de Jacumã" é mais alegre, descontraída, inclusão de efeitos, muito bom: "Vou pra Ja pra Ja, pra Jacumã"! "I can't live far from my music" é cheio de efeitos incluídos aos sons de seu violão, mais uma música magnífica... Depois vem "Cá pra nós", densa, triste... "O Violão de Mário Bros" é interessantíssima, com o som do violão e seu devido recorte e cola temos a referência aos sons do famoso jogo. "Ripple of the water" é a última faixa do disco com cara de música, porque "Natureza n°1 em Mi Maior" já desde o nome mostra que será experimentalismo puro. E é. Desde de "Ripple..." já escutamos de fundo aqueles sons noturnos do Jardim Botânico. Em "Natureza..." é somente esse som com pequenas interferências de violão... dá pra viajar legal... heheehe

Baixe tudo aqui: http://www.diginois.com.br/

4 - No chão sem o chão - Romulo Fróes



Mais um corajoso da nossa música. Fazer um álbum duplo (1ª sessão - Cala boca já morreu/ 2ª sessão - Saiba ficar quieto), 33 músicas, nenhuma comercial, nada de rádio, nada de facilidades para seus ouvidos. Com uma banda formidável (destaque para a bateria impecável do Curumin), Romulo colocou na rua um disco histórico. Dando espaço para que a banda soltasse o braço nas músicas temos o 1° disco recheados de solos de guitarra e bateria. O 2° mostra o já conhecido lado mais sambista de Romulo.

Vou tentar resumir a extensa obra. As 3 primeiras, "Do ponto do cão"/ "A Anti-Musa"/ "Destroço" são verdadeiros rocks, bem feitos, aquele toque de mpb, letras poéticas, enigmáticas, geniais, a banda mostra a que veio. Destaque para "A Anti-Musa", hipnotizante, narrativa inebriante, viciante, que música, nasceu clássica. "Destroço" arrebenta, puro rock.

"Para quem me quer assim" reduz um pouco a velocidade, aparecem alguns metais que continuam em "Deserto Vermelho". Só que nessa os metais são mais violentos, a música é acelerada, ótima. Como é ótima também "Anjo". Ótima? Não. Ela é genial, mais que genial, letra suprema, que construção, pesada, som pesado, bateria dura, guitarra dura, melhor do ano? Arrisco dizer que sim. Emendada vem o sambinha "Minha Casa". Como emendar um rock pesado e denso com um sambinha? Pergunta pro Fróes. Acho que só ele sabe fazer isso. Ponto altíssimo do disco. "Vai" é um samba mais lentinho, muito bom. Mas bom mesmo é "Qualquer coisa em você mulher". A guitarra está demais, marcação de samba, letra de samba, referência a "Mora na filosofia" de Monsueto. Ou ao disco "Transa" do Caetano, onde Caê gravou a música de Monsueto. O disco do Caetano sem dúvida inspirou vários momentos do álbum de Romulo. "Sei Lá"/ "Pierrô Lunático"/ "Amor Antigo" são menos rockeiras, muito boas. "Mochila" é bem lentinha, bem legal, caminha por vários lugares sonoros... "Peraí" temos mais guitarra; "De Adão para Eva" tem uma das letras mais geniais do disco. Dobradinha com Mariana Aydar nos vocais. "Só você faz falta" é samba mesmo. Já preparando terreno para o segundo disco.



"Para fazer Sucesso" ainda tem algo de rock, principalmente no refrão, ótimo refrão aliás. "Ela me quer bem" é ótima, diferente, sonoridade que mais parece trilha de filme policial... "Ela me quer bem... ela me quer bem... ela me quer bem... morto..." heheehe Samba! "Esse aí"/ "O que todo mundo quer"/ "Caia na risada"/"Cala boca já morreu"/ "Manda chamar" são sambas em suas mais variadas formas. Ótima sequencia! "Dia tão cinzento" é a melodia mais bonita do disco, a música corta-punhos do ano disparada; "Ou nada" é uma das mais lentas, piano e tal... Já "Caveira" é mais animada. "Fui eu" diminui o ritmo novamente. "Gelatina" segue a linha. Que talento tem a banda de Romulo (além de Curumin, Fábio Sá no baixo, Guilerme Helo na guitarra). "Se eu for" é um sambinha dividindo os vocais com Lulina. "Pedrada" é um samba instrumental. Quer dizer... tem letra sim... vou colocá-la na íntegra: "Porra?!". Depois "Uva de caminhão" de Assis Valente. Que coisa boa... Andreia Dias nos vocais. "Astronauta" é outra bem lenta, também com piano. Dessa vez o vocal feminino é de Nina Becker. E pra fechar, "Saiba ficar quieto". Só violão, lenta, letra dura, fechando o disco com chave de ouro.

Concordo ser cansativo escutar 33 músicas direto, mas acho que Romulo não quer isso de você. Quer que você escute o que mais lhe agradar dentro dessas 33 músicas.

Baixe esse disco e os outros aqui: http://umquetenha.org/uqt/?cat=745

3 - Vagarosa - Céu



Um disco bem trabalhado em cada detalhe. Céu, se influenciando de ritmos jamaicanos e misturando-os com as influencias daqui, concluiu um dos melhores trabalhos de 2009. O trabalho, como fica claro no título do ábum, e devagar. Devagar no bom sentido, uma perfeita "Malemolencia"... Sem contar que ela está cantando muito bem. E a banda? Só tem fera. Nas baquetas, tem ora Curumin, ora Pupillo (Nação Zumbi); na guitarra, Fernando Catatau (gênio, Cidadão Instigado) toma conta em algumas; até o Guizado aparece no trompete em "Nascente"...

"Sobre o amor e seu trabalho silencioso" é uma introdução em forma de samba. Em "Cangote" é que o disco começa pra valer. É nítida a sensação de que cada som inserido foi muito bem pensado, tudo se encaixa para criar uma aurea "sonolenta", a letra também... "Comadi" acelera um pouquinho, mas a sonoridade preguiçosa da jamaica continua muito forte... A coesão é muito forte no disco. "Bubuia" mantém a linha, mas se destaca... o vocal de Thalma de Freitas dividindo com a Céu é show e a guitarra é do Catatau... o Pupillo na batera... clássico... Em "Nascente" temos a interferência alucinante de Guizado com seu trompete... é de arrepiar! "Grains de Bearté" é bem lenta, perfeita em cada som, a bateria é de Curumin, irretocável em cada detalhe. "Vira Lata" volta pro samba e para tal temos Luiz Melodia nos vocais com a Céu... Ficou muito bom.



Já passamos da metade do álbum, só temo até agora música de alto nível, é incrível. "Papa" retorna a "lerdeza" jamaicana, é curtinha. É seguida por "Ponteiro", putz, acho que essa é a que mais captou a ideia de aurea lenta e sonolenta do disco, é quase onírica... ah! Dengue da Nação Zumbi no baixo. Os músicos foram escolhidos a dedo. E depois temos, para mim, a melhor das melhores: "Cordão da Insônia". Genial. Batida um pouco mais acelerada, mas a aurea onirica continua, letra bem legal... e até BNegão participou nessa com vocais adicionais... é só ter atenção que você perceberá... muito bom! As três últimas não deixam o disco perder o nível. A versão para "Rosa Menina Rosa" ficou fantástica... a tranposição para a sonoridade que Céu quis colocar no disco ficou perfeita na música do Grande Jorge Ben. "Sonâmbulo" tem apoio do DJ Marco e ficou muito boa, a perfeita união dos sons. E fecha com "Espaçonave" com som da Floresta Amazônica de fundo, Conga de Bruno Buarque, guitarra genial de Catatau... cara... é de arrepiar!

Dá pra escutar algumas coisas nestes lugares: http://www.myspace.com/ceumusic
http://www.ceumusic.com/
http://www.urbanjungle.com.br/

2 - C_mpl_t_ - Móveis Colonias de Acaju



Da fantástica banda de Brasília eu já comentei aqui. Vou falar um pouco do ótimo 2° disco da banda.

De todos os discos de 2009 já comentados, deve ser o que menos escuto atualmente. Afinal, durante o ano todo eu escutei 548 vezes. E geralmente não escuto um disco 548 vezes a toa. É sem dúvida um disco diferenciado. E pop. O que boa parte dos discos já mencionados não conseguem ser.

"Adeus", faixa de abertura, mostra uma banda mais técnica, mais preocupada em fazer um som limpo, o mais perfeito possível. Bonita, alegre, muito boa. "Lista de Casamento" é puro rock, guitarra na introdução, uma letra que não diz nada com nada, metais arrebentando, a voz do André Gonzales afinadinha... "O Tempo" é a próxima, música de trabalho, muito boa. Atenção para o progresso da música, como ela vai ganhando força, sons, emoção, bem legal. O que falar de "Cão Guia"... uma introdução com metais, música empolgante, abriu o show no Circo, é o toque do meu celular, adoro a música! "Descomplica" mantém o ritmo alucinante do disco, música que acelera, diminuí, vai pra lá, vem pra cá, muito animada.

Pra quem conhece o primeiro trabalho da banda, já percebeu que a sonoridade do Leste Europeu tão presente naquele, neste é mais sutil apesar de presente. Eles chegaram a um amadurecimento do som num curto espaço de tempo, eles têm hoje uma sonoridade própria.



Continuando... "Café com leite"/ "Pra manter ou mudar" não deixam o ritmo cair, não tem como ficar parado com esses caras! Refrões para cantar alto, levadas que não te deixam parados... e "Bem Natural" chega a extrapolar tudo isso, início devastador, refrão pegajoso, ritmo que gruda na cabeça... "Falso Retrato" segue a mesma linha... após a primeira parte nós temos um trecho instrumental fantástico, acelerado e empolgante, a letra volta forte, ritmo violento... Uma pequena reduzida com a introdução meio jazz de "Cheia de Manha" mas no decorrer da música ela se acelera como tem que ser... letra muito interessante falando dessas crianças insuportáveis que se passam por adultas na TV. "Sem Palavra" é mais uma destruidora do disco, e como é... rápida, angustiante, vocês não imaginam isso no show... "Indiferença" fecha o álbum sem reduzir a velocidade praticamente te obrigando a escutar novamente o disco... muitos metais, mais refrões grudentos...

Melhores músicas? Todas. O álbum mais coeso do ano. Alto nível do início até o fim. Só não ficou em primeiro porque Catatau e sua banda fizeram isso também com mais coragem e inovação.

Valeu Móveis! Valeu Gonzáles!

Baixe aqui: http://albumvirtual.trama.uol.com.br/index.jsp?album=1128131101
http://www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/

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Melhores Álbuns Nacionais - 2009 - parte III

Vamos fechar a tampa! Comentários para os 10 melhores discos de 2009:

10 - Atlântico Negro - Wado



Para alguns, uns dos atuais gênios da nossa música. Concordando ou não, é fato que nosso grande Wado vem se destacando com bons discos nos últimos anos. E se não afirmo sua genialidade plena, apontaria os traços dela já no álbum anterior ao "Atlântico Negro", o "Terceiro Mundo Festivo": a sequência "Teta", "Reforma Agrária do Céu" (ápice), "Fita Bruta" e "Tema Fita Bruta". E no novo disco não faltaram outros momentos de genialidade. O nome do disco já avisa que a relação África-América será de alguma forma trabalhada. As declamações em "Estrada"/"Atlântico Negro" e os afoxés espalhados pela primeira parte do disco confirmam ("Jejum/Cavaleiro de Aruanda", "Martelo de Ogum").

Confesso ter tido um certo preconceito com a temática voltada para religiões africanas, mas acho que a musicalidade deve prevalecer. E o que seria a música brasileira sem a influência musical do continente africano??!!?



Continuando. "Cordão de Isolamento" é o auge do disco. Uma levada fantástica que mistura música africana, funk, samba, rock... genial... backing vocal forte sustentando a música e mostrando uma faceta menos melancólica de Wado. "Hercílio Luz", "Pavão Macaco" e "Frágil" são mais melancólicas e reflexivas. As duas últimas se destacam, melodias lindas, instrumentações ótimas. "Feto/Sotaque", "Boa tarde, povo" e "Rap Guerra do Iraque" levantam novamente o astral do disco. A primeira com uma marcação funk forte e um refrão mais melódico, outro ponto alto do disco. "Boa tarde, povo" segue com utilização do funk-afoxé, muito alegre, bem legal. E fecha com um rap. Só o Wado mesmo. As vezes melancólico, as vezes alegre, sempre corajoso.

Baixe esse e os outros discos de Wado por aqui: http://www2.uol.com.br/wado/

9 - Zii & Zie - Caetano Veloso



Será que preciso falar alguma coisa desse baiano? hehehe. Caetano depois de algum tempo fazendo discos, digamos de medianos a bons, solta em 2006 um dos melhores discos da década, o "Cê", o primeiro com a banda que dá nome ao álbum. E a mesma banda formada por Marcelo Callado (bateria), Pedro Sá (produtor e guitarrista) e Ricardo Dias Gomes (baixo e teclado) dão forma a genialidade de Caetano em "Zii & Zie".



A forte presença do rock do disco de 2006 deu lugar agora a "transambas", conforme nomenclatura do próprio Caetano. Ele quis passar o samba no filtro do rock. E conseguiu. "Perdeu"e "Sem Cais" já deixam isso bem claro. "Por Quem?" dá um lindo prosseguimento para o disco, melodia bonita, a voz fina do Caetano, muito boa. Depois a divertida "Lobão tem razão", mais um meio samba, meio rock, até que no final esse último se destaca. "A Cor Amarela" é alegria pura; samba, praia, Rio de Janeiro é isso. "Base de Guantánamo" é mais sóbria, experimental. Crítica interessante ao problema conhecido. Mais uma genial do Caê. Depois de mais dois transambas ( "Falso Leblon" e "Incompatibilidade de Gênios", essa de João Bosco e Aldir Blanc) temos a ótima "Tarado Ni Você". Mais uma vez a guitarra de Pedro Sá ganha espaço maior. Para mim, a melhor das grandes músicas do disco. Um rock com toques de samba, principalmente no final, letra construída de forma inteligente e divertida, outro golaço de Caetano. A sequência com "Menina da Ria" mantém o disco alegre. "Ingenuidade" é mais um transamba legal, "Lapa" também. Esta última é uma bacana homenagem ao bairro carioca que me identifico por dois motivos simples: trabalho lá e a dobradinha Circo Voador/Fundição Progresso fica lá (boas lembranças...). "Diferentemente" fecha o disco em alto nível. Espero que esta fase do Caetano dure por bastante tempo!

Dá pra escutar tudo aqui: http://www.umw.com.br/artistas/caetano_veloso/zii_e_zie/

8 - Banda Gentileza - Banda Gentileza



Seis integrantes tocando ao todo 16 instrumentos. Esta é a Banda Gentileza formada por Artur Lipori (trompete, guitarra, baixo e kazuo), Diego Perin (baixo e concertina), Diogo Fernandes (bateria), Emílio Mercuri (guitarra, violão, viola caipira, ukelelê e voz de apoio), Heitor Humberto (voz, guitarra, violino e cavaquinho) e Tetê Fontoura (saxofone e teclado). No site deles peguei uma frase definidora do som dos caras: "Vão do samba à música folclórica do leste europeu, da música caipira à valsa, com espantosa unidade".

Espantosa mesmo. Dando uma pesquisada em blogs para descobrir bandas novas encontrei um top 5 de 2009 um tanto adiantado. Lá estava o disco da Banda Gentileza com um comentário que de certa forma os comparava aos Los Hermanos. Escutei. Não são Los Hermanos. Referências existem. Mas eles vão para outros caminhos.



"Coracion". Abre o disco de forma losermânica, mas com uma força que... sei lá... difícil definir... é de arrepiar... no final da música você foi jogado num precipício ao som dos metais... Aí você pensa: sorte de principiante. Não. "O indecifrável mistério de Jorge Tadeu" dá prosseguimento mágico ao disco. Quase instrumental, interferências curtas de versos bem colocados. Sonoridade do leste europeu. Genial. Ainda tem uma citação a "Garçom" de Reginaldo Rossi. Mais genial ainda. A overdose de músicas fantásticas não para: "Afinal de contas" continua se utilizando do som do leste europeu.

"Pia de prédio" quebra a sequência com um meio samba, meio bolero, meio sei lá o quê... Sei que é bom... "O estopim" nos leva de volta para o som dos balcãs. "Teu capricho, meu despacho" é música caipira mostranto a versatilidade da Banda. "Preguiça" retorna ao samba, samba mesmo como é difícil escutar. "33B" está entre as melhores. Segue a linha das 3 primeiras. "Sepre quase" é... sei lá... tem uma viola caipira mas não é caipira... uma letra engraçada e inteligente... um convite ao abandono da razão... "Sintonia" tem uma levada mais rock; a guitarra mais forte e tal... depois vira rap... Não sei se é o Xis no vocal... sei que ele colaborou no disco... não olhei os créditos... rap da Banda Gentileza, fique bem claro, uma leve instrumentação de fundo, bem legal... "Maior com sétima" é mais um samba muito bom, bom mesmo! E "Pseudo eu" fecha muito bem o disco... cara, essa é muito boa... letra muito legal, o título já mostra. Leia o início: " Eu não faço parte de mim/ mas mesmo assim eu sou um zero a minha esquerda/ eu sou meu próprio vazio/ mas eu consigo encher meu saco". GENIAL.

BAIXE o disco. Isso é uma ordem: http://www.bandagentileza.com.br/

7 - Certa manhã acordei de sonhos intranquilos - Otto


Sempre gostei do Otto. Mas dessa vez ele se superou. Com parte do Nação Zumbi, Fernando Catatau e seu próprio talento inegável e com a voz redondinha ele fez um albúm absurdamente bom. O título do disco é uma referência ao início da "Metamorfose" de Kafka. Mas Otto não se esconde do mundo como o metamorfoseado da obra de Kafka. Ele se espalha e viaja por vários ambientes da alma e do mundo.



"Crua" abre muito bem o álbum. Acho que isso é regra para um bom disco. As letras de Otto são poesias. E essa viaja apoiada na sonoridade meio sombria, meio melancólica. "O leite" é cantada com Céu. Muito boa. A música é muito boa, elementos eletrônicos misturados com elementos instrumentais convencionais, muito interessante. "Janaina" tem referências africanas na letra e a sonoridade segue o caminho, mas conforme a música vai se desenhado tudo vai ganhando uma força estourando num final apoteótico. Boa Otto.

Agora o disco dispara. "Meu Mundo". Algo de Radiohead... Recife ficou eletrônica depois de Science... Escutar é melhor do que ler qualquer comentário sobre... "Você está aí? Ei! Você está aí".
"6 minutos" é uma obra prima de rolar lágrimas, guitarras distorcidas, uma das letras mais genias do disco, um ápice pleno, a voz rasgada de Otto...
"Lágrimas Negras" é lenta e forte. Uma voz feminina cheia de sotaque, acho que latino, divide o vocal com Otto. Um descanso necessário para depois daquelas duas músicas. "Saudade" resgata a levada meio africana. A voz com sotaque volta. É bem bonita. Naquela mesa, composição de Sérgio Bittencourt, inicia meio Hermanos depois parece meio brega, tudo bem repaginado. "Filha" é mais uma das fortes do disco, o final dela arrebenta. "Agora Sim" é quase um retorno a sonoridade da primeira música, fecha o disco de forma sublime.

Escute tudo aqui: http://www.radio.uol.com.br/volume/otto/certa-manh%E3-acordei-de-sonhos-intranquilos/19329?action=play

6 - Frascos, Comprimidos, Compressas - Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta



Nesta reta final, encontrei 2 coisas como diferencial entre os que estarão na parte de cima da lista: A grande coesão entre as músicas (todas muito boas, claro) ou coragem de fazer o que ninguém faria (com músicas muito boas, claro). "Frascos, Comprimidos, Compressas" é o primeiro caso. Dar uma acelerada no samba não é novidade. Mas a altíssima qualidade com que Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta fizeram isso é notável. E com muita coesão. E sem ser repetitivo durante o álbum.



Início devastador com "Você sabe dessas coisas - Nega". Marcação de samba, que sem avisar dispara em determinado momento numa chuva de distorção de guitarra e pancadaria de bateria. "Quem vem lá" mantém o ritmo animado, na mesma linha, um pouco menos revoltado, já preparando a próxima. "A respeito do sono" continua com a marcação de samba, mas lenta, melódica, linda. "Vidinha" pra mim já é um clássico. Letra pra ser cantada a pleno pulmões, a força do rock passando no filtro do samba de forma quase mágica. "Frascos, Comprimidos e Compressas" e "Tão sabida que eu nem sei" seguem a linha, mas sentimos uma pequena aliviada, tudo muito bem calculado para chegar em "Azucrim". Mais uma levada lenta e linda. Que desemboca em "Aquela dança", outro clássico pra mim. Samba-Porrada. Escute e comprove. Carnavalcore. A guitarra "cantando" a música o tempo todo. "Tanto fez, tanto faz". Outra porrada. Cara, que disco. A diferença que desta vez a porrada tá mais concentrada no refrão. E eles não param. "Ó você dizendo" é mais um samba cheio de distorção de guitarra. Como eu gosto disso. Até que o disco desemboca novamente num momento mais lento e reflexivo. "Sonhando com o verão", "Circule seu sangue" e "Está na cara", esta última chega a ser sombria de tão sóbria. E fecham com "Tão forte". Sambinha mais comportado pra fechar, dividindo o vocal com uma voz feminina. Se eu descobrir depois eu falo.

Baixe aqui: http://www.roneijorgeeosladroesdebicicleta.com/

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Top 20 década 90

Mais um top 20(na verdade,21)

Prometo que é a ultima lista que faço esse mês hahahaha.

Rolou outra votação numa comunidade que participo.Dessa vez dos melhores da década de 90.

Coloquei 1 de cada diretor e tentei ao máximo colocar filmes diferentes,mas ta cheio de filmes policiais/ação e isso é pela grande qualidade dos filmes desse gênero nessa década.

O que eu acho legal nessas listas é ver com o passar do tempo,o quanto elas mudam,seja por filmes novos que você vê,ou mesmo por revisões que melhoram ou pioram outros.

PS:Podiam entrar:

Underground do Kusturica,Fervura máxima do John woo,Desconstruindo harry do Woody allen,etc,etc...

Depois eu comento sobre alguns filmes:


Ordem de lançamento


Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese(Goodfellas,1990)



Edward mãos de tesoura, de Tim Burton(Edward Scissorhands,1990)



A Bela Intrigante, de Jacques Rivette(La Belle Noiseuse,1991)



Nekromantik 2, de Jorg Buttgereitt(idem,1991)



O Jogador, de Robert Altman(The Player,1992)



Os Imperdoáveis, de Clint Eastwood(The Unforgiven,1992)



Pagamento Final, de Brian de Palma(Carlito's Way,1993)



Pelo Amor e Pela Morte, de Michele Soavi(Dellamorte Dellamore,1994)



Pulp Fiction, de Quentin Tarantino(idem,1994)



À Beira da Loucura, de John Carpenter(In te Mouth of Madness,1994)



Dead Man, de Jim Jarmusch(idem,1995)



Mulheres Diabólicas, de Claude Chabrol(La Ceremonie,1995)



Fogo Contra Fogo, de Michael Mann(Heat,1995)




Toy Story, de John Lasseter(idem,1995)


Fargo, de Joel & Ethan Coen(idem,1996)



Crash, de David Cronenberg(idem,1996)



O Rio, de Tsai Ming-Liang(He Liu,1997)



Estrada Perdida, de David Lynch(Lost Highway,1997)



Amores Parisienses, de Alain Resnais(On Connait la Chanson,1997)



O Enigma do Poder, de Abel Ferrara(New Rose Hotel,1998)



De Olhos Bem Fechados, de Stanley Kubrick(Eyes Wide Shut,1999)


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sábado, 9 de janeiro de 2010

Lista lixo 2009

Seguindo a lista dos melhores, segue aqui o que de pior eu assisti nos cinemas em 2009:

10 - O dia em que a Terra parou
Que o Keanu Reeves é inexpressivo todo mundo sabe, mas que nem em papel de aliem sem emoção ele conseguiria convencer, isso ninguém imaginava. Não chega perto do original da década de 50.


9- Anjos da noite – A rebelião
O primeiro da série é legal, o segundo já foi bem fraco, mas o terceiro é horrível! Produção barata e de mal gosto, total perda de tempo.



8- Efeito borboleta 3
Gosto muito do primeiro por isso mesmo o 2 tendo sido horrível resolvi dar uma chance para esse... antes não tivesse. Previsível e sem graça, espero que tenham cansado da série.


7- Dragon Ball Evolution
Tirando os nomes dos personagens não existe nenhuma semelhança com o maravilhoso trabalho de Akira Toryama.


6- Jean Charles
Um filme que não deveria nem ter sido feito, um documentário poderia ser, mas uma ficção sobre alguém que nunca fez nada a não ser morrr brutalmente pela polícia inglesa não merece um longo.


5- Pacto secreto
Nossa, esse foi fraco demais, mais um daqueles filmes de terror universitários podres que tem saído atualmente, não vela nem pelas atrizes.


4- Matadores de vampiras lésbicas
Mais um que não disse para que veio, não foi terror, muito menos terrir, já que nem sorri durante o filme. Faltou tudo, de trasheira à vampiras lésbicas, tedioso.


3- Bellini e o demônio
Fábio Assunção interpretando um detetive drogado numa trama doida, não tem como ser bom né? Nem sei por que assisti isso.


2- Spirit
Imagine Sin City, um filme maneiro com um visual diferente, ótimos personagens, muita violência, belas mulheres com pouca roupa, agora tire isso tudo, substitua por opções menos interessantes e você terá... Spirit. Lixo!


1- Austrália
Na verdade houve uma grande dúvida sobre quem seria o primeiro, mas já que esse filme é gigante resolvi dar o primeiro da lista por ter sido o maior pior do ano. O diretor queria fazer vários filmes épicos sobre a Austrália, cada um num estilo diferente, como não conseguiu levar seu intento muito longe surgiu essa bomba. São 3 horas infinitas passando por quase todos os gêneros conhecidos do cinema, e todos eles muito ruins (inclusive o pornô, pois aquela bunda do aborígene de 100 anos é extremamente pornográfica). Assista e sentirá que entrou em coma por 3 horas, arg!


Filmes a serem apreciados com moderação e cautela:
Anjos e demônios
Os normais 2
2012
Transformers 2
Um homem bom

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