Pois é ... vim aqui escrever pela primeira vez decentemente nesse blog para falar de uma das
rivalidades mais clichês da publicidade.
Estava eu no supermercado ontem fazendo minhas comprinhas de produtos de soja quando me deparei com lindas garrafas da pepsi em sua nova embalagem, novo logotipo e simbolo. Eu não estava no supermercado com a intensão de comprar refrigerantes definitivamente, mas me deu uma vontade danada de comprar aquelas belas garrafas de Pepsi e degustar seu "delicioso?" líquido. Irônico não?
Optando por um design mais simplista, objetivo, direto, sem firulas, bem a la Max Bill, a Pepsi inovou trazendo modernidade e refinamento em sua embalagem, com uma tonalidade de azul mais fechada(na original) e se utilizando de tons metalicos, que da uma elitizada na situação, o que fez a Coca Cola parecer completamente parada no tempo e um produto extremamente popular.
Muitas empresas atualmente tem optado por mudar suas identidades visuais visando algo mais moderno e limpo. Atrair novos públicos é a intensão. Se distanciar do povão e atingir a elite tambem é um caminho que eles tem tomado, assim como fez o Mate Leão que ao mudar sua embalagem ficou parecendo muito mais um chá de gente chique do que um simples mate geladão pra beber na praia. O Leão ficou muito mais metido, a tipografia deixou de ser aquela pesadona pra chamar a atenção na prateleira para uma mais discreta e requintada com um contraste de forma interessante nas palavras. Isso porque já é um produto tão consolidado que não precisa mais ficar brigando pra ver quem aparece mais. Aqueles que bebem Mate Leão continuarão bebendo. Os que não bebem vão continuar não bebendo, vão continuar comprando a marca mais barata. Mas a chave acredito eu seria aqueles que não bebem nenhum tipo de mate que podem passar a se interessar pelo produto, ja que ele tomou muito mais as caracteristicas refinadas de um chá, visualmente falando.A Pepsi nunca teve a pretensão de roubar o público da Coca Cola mas sim de conquistar um público só seu, um público com um gosto diferenciado dos demais, tanto que, por exemplo, optou pela sua cor institucional ser azul, que seria o "contrário" do vermelho quente e berrante da coca cola.
A Coca Cola por sua vez, possui seu fiel público, que a idolatra e não a troca por nada.
Por isso ela não modifica sua identidade visual nem por um decreto. porque já está no
subconsciente das pessoas associar aquela tonalidade de vermelho, aqueles traços da tipografia à sede. Pensou em sede, pensou em vermelho e tipografia manuscrita com traços loucos brancos, pensou em coca cola.
Mas será que vai ser sempre assim?
Seria a Coca Cola um império tão intocável ao ponto de não quebrar nunca?
Eu acho que a Coca Cola devia tomar mais cuidado com a concorrência.
Olhar em volta e ver o que anda acontencendo. As novas tendências.
Pessoas mudam, mudam seus hábitos, seus costumes e seus desejos.
Pessoas mais "fresquinhas" que nem eu, que dão muito valor ao design, a marca, a aparência
dos produtos, podem ficar enojadas do seu vermelho sangue e seu logotipo brega com uma fonte
ultrapassada. Podem passar a olhar a Pepsi com outros olhos. Podem associar tranquilamente a Coca Cola ao povão e deixar de consumir apenas por esse motivo. Para não se misturar aos demais, para ser diferente, e é esse o objetivo da Pepsi, agora muito mais evidente com sua nova embalagem.
A Coca Cola poderia mudar de embalagem tranquilamente que não iria perder seu público.
Nao estou dizendo para mudar drasticamente, até porque as associaçoes de cor e forma tem que ser feitas no subconsciente para despertar o desejo de compra. A Pepsi mudou mas o seu simbolo continua basicamente o mesmo, apenas com um redesenho mais interessante. Poderia a Coca dar uma modernizada, um upgrade, utilizar uma tipografia mais moderna, fechar um pouco o vermelho sangue, sei la... dar um jeitinho para ela nao parecer mais tão pré-historica na frente da nova embalagem da Pepsi que na minha opinião esta dando um banho de design na Coca Cola.
Enfim... desculpem minha falta de jeito com as palavras, meus pensamentos podem estar meio confusos mas acho que da pra entender meu ponto de vista. Ainda estou pegando o jeito da coisa... Dá um desconto, minha primeira postagem com texto!
Abraços multicoloridos! ;)
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Coca Cola x Pepsi - convencional x novo
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Shows no Rio de Janeiro
Não, o AC/DC não vai tocar no Rio, e não, não vou postar neste momento mais uma crítica sobre o 2012... mas concordo plenamente com tudo que meus prezados colegas escreveram deixando bem claro que pra quem só quer assistir um filme sem se preocupar com outros elementos técnicos ou os clichês está bom demais...
O motivo da minha postagem é outro... o fim que irei me referir é o de grandes shows internacionais no Rio, principalmente o das grandes bandas. Em 2009 até que tivemos a oportunidade de ter Iron Maiden e Kiss na Apoteose mas perdemos AC/DC... e pra 2010 já perdemos Metallica... E o pior: no caso da banda do vocalista James Hetfield o Rio além de perder novamente pra sampa ainda perdeu pra Porto Alegre!!!!
E no caso do Iron, eles adoram o Brasil, colocam as tralhas no avião deles (Ed Force One) e vão pra onde querem, ou seja, eles bancam a passagem pela terra brasilis...
E a tendência é piorar se algumas(muitas!!)atitudes não forem tomadas. Vivemos um ciclo vicioso onde os "organizadores" (parece piada tal nomenclatura) criam maneiras mirabolantes de ganhar dinheiro fácil a custa DO PÚBLICO sem se preocupar com O PÚBLICO! Entre os problemas temos a "genial" pista VIP(quem tem MUITO dinheiro, mesmo não curtindo tanto a banda, ficará em lugar privilegiado), os preços altos mesmo fora da pista VIP devido a infame carteira de meia-entrada, a infra-estrutura muitas vezes ruim, desorganização total em alguns eventos... com tantos motivos desanimadores O PÚBLICO, é claro, se cansa e deixa de ir aos shows... com a falta DO PÚBLICO os shows não passam mais por aqui! o problema somos nós, por incrível que pareça! Nós nos cansamos de pagar caro e ser tratado como "um bando" e estamos errados! O Rio tem PÚBLICO e ter que se deslocar pra São Paulo ou seja lá pra onde for gastando mais do que já gasta com os ingressos caros é um absurdo... É inaceitável o Rio não ter um festival como o Maquinaria ou o Planeta Terra (Sampa novamente)... o Rock in Rio viajou o mundo e não voltou para o seu lugar de origem (acho que volta em 2011...será?)...
O blog La Cumbuca escreveu em 2008 sobre isso... estamos beirando 2010 e nada mudou...
Certo, o cenário musical nacional está muito bom, as bandas novas estão passando pelo Rio, o Circo Voador e a Fundição sempre têm uma boa pedida nas suas programações, mas pelo menos eu sinto falta dos grandes espetáculos das grandes bandas, algumas lendárias que nos iniciaram no mundo do rock ou da música em geral...
Em março tem Franz Ferdinand na Fundição, Coldplay também vem... mas tenho dúvidas sobre até quando eles continuarão passando por aqui...
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A "blockbomba" do ano
O fim do mundo está próximo.E esse fim tem data,2012,pelo menos é assim pra quem acredita na “previsão” dos maias.Enquanto esse esperado fim(hahahah) não acontece,ficamos com mais um filme apocalíptico,dessa vez focando especificamente o fim ocorrendo nessa data.Essa data por sinal é tão levada a sério,que os próprios produtores do filme preferiram produzi-lo/lança-lo antes de 2012,com medo de não conseguir angariar os lucros(isso é sério).Como isso não é importante,vamos ao filme.
E que porcaria de filme,ein?Candidato a pior Blockbuster do ano!
Além de me considerar um cinéfilo bastante eclético,sou uma pessoa com consciência do que estou assistindo e sempre tento extrair o máximo do que é proposto.Num filme desses,em que a diversão vem em primeiro(e único)lugar,é claro que não vou esperar grandes reflexões,apesar do tema deixar brechas para isso.O caso é que o filme não consegue...nada.
O primeiro problema é a duração.Quando li no jornal e vi que o filme tinha 158 minutos,pensei em duas possibilidades:
1.O diretor ia usar a primeira hora para estabelecer a personalidade e a relação entre os personagens.
2.Ia ser doido o suficiente para entupir o filme todo com grandiosas cenas,fazendo com que a platéia se anestesiasse e perdesse o interesse com o tempo.
Dá a entender que a primeira opção é muito boa,mas pra um filme desse tipo,e pra um diretor que não consegue transformar seus personagens em pessoas minimamente interessantes,eu preferia uma terceira opção.Que ele poderia sim se empolgar com as cenas de ação,mas que fizesse um filme 40 minutos,no mínimo,mais curto.Discordando com o colega que já escreveu sobre o filme(e preparem-se pois virá uma terceira crítica de outro colega hahaha),nada realmente ali se salva.Essas mentiradas me irritam menos com o tempo,apesar de desprezá-las da forma boba que filmam.O que me irrita bastante nesses filmes é a caracterização ridícula dos personagens.Da família russa(dava pra ser limada do filme)aos políticos,presidente americano e qualquer coadjuvante.Aliás,hilário como o diretor tenta engrandecer algumas mortes(como a do russo que salva seu filho) e praticamente faz os personagens esquecerem outras(o namorado da ex de john cusack).O único legalzinho ali é o Woody harrelson que faz o papel de um doido que dedica sua vida para esses mistérios que os governos escondem de nós.Como é um papel naturalmente estúpido,combina bem com o resto.Mas quem se importa com isso tudo,certo?Temos 200 milhões gastos em efeitos,e é pra isso que estamos no cinema.Ledo engano.Eu achei os efeitos uma merda.Comparado a Transformers e outros filmes-só-feitos-pelos-efeitos esse perde feio.Cenas muito escuras(escondendo as falhas?)e a (câmera)digital realmente atrapalha nas cenas com muito movimento na tela.Filme B milionário!!A narrativa é lenta na hora errada e rápida...na hora errada também!Fiquei com sono e impaciente durante quase todo o filme.Uma grande massaroca de cenas vazias e mal feitas sendo passadas ali o tempo todo.O mundo todo ta ali,se despedaçando e você não dá a mínima,não por ser alguém que não se importe,mas porque num tem o porque de se importar com aquilo.E maldito,nem o cristo redentor sendo destroçado teve graça!Humpf!
Como já foi dito,são 160 minutos de grande baboseira.Se você gosta de cenas de ação grandiosas,mas não liga que elas sejam vazias e sem impacto,ta pouco se fudendo pra personagens extremamente sem graça e que você não dá a mínima,curte frases de efeito patéticas e cenas bobas de redenção,corra imediatamente para o cinema e assista,pois esse é o filme de sua vida!!
PS:Em escala de 1 a 5,recebe 1 hahahah Continue lendo >>
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
2012 - Ou como um diretor faz 2 filmes iguais e mesmo assim nós vamos asssitir
Oi! O filme de hoje é a super estréia da semana passada: 2012. A produção dirigida pelo mesmo diretor de Independence Day e O dia depois de amanhã vem com tudo para o circuito, ocupando uma quantidade enorme de salas. O filme é grande, caro e com efeitos mais modernos, além também de uma destruição mais maciça, onde nem o Cristo Redentor é perdoado, mas será que é isso tudo? Não!
Bem pra começar responda a pergunta: Você já viu um filme catástrofe? Se a resposta foi sim você já viu 20% desse filme. Segunda pergunta: Você já viu algum dos filmes citados anteriormente? Se sim, você já viu 60% desse filme, os outros 40% se referem as destruições que estão diferentes (afinal algo tem que mudar), os atores, os nomes dos personagens e mais quarenta minutos de enrolação (o Dia depois de amanhã tinha 40min a menos de duração). Mas por que eu digo que você já viu esse filme? É simplesmente por que você já viu! Se duvida faça o seguinte: antes de ir ver o 2012 assista os dois filmes que citei, se quando você chegar no cinema alguma coisa ainda te surpreender sem ser os efeitos é por que você dormiu em alguma cena. A receita de bola de Roland Emmerich (o diretor do filme) é tão repetida que até os personagens se mantêm, a estrutura do filme e seus desdobramentos são os mesmos, e acredite, assim como nos dois anteriores o cachorro se salva... Outra coisa que me incomodou foi a duração do filme, 160 min é um absurdo, deixando o filme cansativo e beirando o infinito.
Aí você pode vir reclamar que cinema é isso mesmo, que se não gosto de mentira tenho que ver outro filme, que a receita é essa por que as pessoas não querem ver algo diferente, que algumas coisas não podem ser alteradas, que os clichês são bons e por aí vai, mas eu me defendo contra todos esses argumentos:
O cinema com mentiras não é ruim, mesmo que as mentiras sejam absurdas, as mentiras nesse filme são facilmente toleradas, mas um pouco de veracidade não compromete. O fato de um cara que aprendeu a pilotar um monomotor conseguir guiar um avião diferente por duas vezes é plausível, mas somente as pessoas “malvadas” ou “inconvenientes” para a felicidade do personagem principal morrerem já é algo que cansou. Poxa, o mundo inteiro foi destruído, quase todo mundo morreu e só vive quem interessa? Mas se você vier dizer que o público quer isso ou que certas coisas não devem ser feitas eu discordo, o cinema é o que é por que os produtores dizem que é isso que nós queremos ver e portanto acabamos consumindo. Se eu disser que mataria uma das crianças do filme, ou até mesmo o cachorro, logo todos iriam reclamar de mim, dizendo que não queriam ver isso e tal, mas se estivesse lá no filme, todos aceitariam, afinal isso é algo que poderia realmente acontecer, e provavelmente aconteceria. O que falta no cinema de Hollywood é coragem, ou como diriam os americanos (balls). Posso citar dois filmes recentes que quebram alguns paradigmas não explorados tanto anteriormente: Bastardos inglórios (spoiler!!!), onde Tarantino teve a coragem de terminar com a Segunda guerra mundial antes do fim do filme, quando todos os figurões do partido nazista são executados e queimados vivos, inclusive o Hitler, e Deixe ela entrar, um filme sobre vampiro onde os personagens principais são crianças, o que não impede que coisas aconteçam com elas.
Voltando ao filme em si, o filme não é ruim, o que realmente me incomodou foi o fato de eu me sentir vendo novamente O dia depois de amanhã só que com outra destruição. Me pareceu que o fato dele ter aumentado o nível do desastre transformou seu filme em algo diferente, o que não é verdade.
Tiveram também outras coisas que me incomodaram, mas a principal foi a fotografia do filme, que em diversos momentos parecia um série da Sony ou um filme direto para locadora. Pô, essa bagaça custou 200 milhões, pelo menos podiam ter usado película e não uma digital qualquer!
Mas nem tudo foi ruim, os efeitos foram bons, e em muitos momentos o ritmo é interessante, e os efeitos foram bons, ah, esse já tinha ido, e bem, tem momentos bons, só não lembro muito bem quais, afinal tinham muitos momentos cansativos nos 160min de filme.
Se você é muito fã desse tipo de filme, ou se não lembra nada do que assistiu já no dia seguinte, esse filme provavelmente irá te entreter, e talvez você até ache super legal, mas se você não se enquadrar nesses dois casos é bem provável que se decepcione. Como gostei muito dos efeitos e do... bom dos efeitos, vai levar uma nota:
RR
Ah! Lembrei, gostei de ver os Cristo quebrando (isso também é efeito), é impressionante como o Brasil tem se tornado um país realmente importante para o resto do mundo, a 50 anos achavam que a capital do Brasil era Buenos Aires, a 20 anos sabiam que tinha carnaval, banana, macaco e futebol, hoje nossa visibilidade é maior, prova disso é que em muitos filmes e séries, principalmente as americanas, o Brasil é mencionado, principalmente o Rio, prova de que nos estamos nos tornando importantes mundialmente, mas não sei por que estou falado disso, heheheheh. Pra finalizar o pôster é ótimo né? O Mr vem por trâs do Cristo e à sua esquerda está o Pão de açúcar, ainda bem que eles tiveram cuidado em ver um foto real antes de fazer o pôster...
Amanhã postarei uma resenha antiga, até!
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Do luxo ao lixo
Oi! Hoje venho para falar sobre duas das estréias da semana: O solista e Código de conduta. O curioso nessa semana é a estréia de dois filmes com o ator Jamie Foxx em papéis totalmente adversos, contracenando com os atores quase onipresentes atualmente Robert Downey Jr., que está em um novo filme a cada 4 ou 5 meses (esse ano ainda tem o Sherlok Holmes e no início do ano que vem chega Homem de ferro 2) e Gerard Butler (esse está uma máquina, por muito pouco não tivemos 3 filmes seus em cartaz simultaneamente). No primeiro ele interpreta um mendigo esquizofrênico com grande talento musical (é impressão minha ou ele gosta de músicos deficientes?) e no segundo um promotor promissor em busca de justiça.
Ambos são interessantes ao seu modo, então vamos a eles:
Em “O solista” Downey Jr. é um jornalista solitário que passa por um momento de crise profissional, até que ele conhece Nathaniel Anthony Ayers, um mendigo que toca violino pelas ruas de Los Angeles. À partir daí, o que era para ser mais um tema para uma matéria começa a se tornar um grande amizade (nossa, daqui a pouco vou poder até escrever as chamadas da sessão da tarde!), mas é por aí mesmo. O filme é baseado numa história real, que nos faz pensar se todos esses “malucos” que vemos pelas ruas também não teriam problemas desse tipo.
O filme em si não é nada de mais, é mais um drama sobre superação e construção de uma amizade improvável, nada que não estejamos habituados a assistir. Ao meu ver as atuações também estão no esperado, Downey faz ele mesmo, nada tão marcante e cativante como Tony Stark ou Kirk Lazarus, e Foxx já esteve melhor (já?), na minha opinião ele não foi capaz de mostrar realmente se mostrar uma pessoa completamente desequilibrada e com forte obceção pela música, ou será que o fato dele tocar de olhos fechados e fazer cara de idiota quando ouve uma música é suficiente? Eu vejo isso todo dia!
Já o desenrolar do filme é lento, tornando o filme de 118min numa experiência um tanto cansativa.
Bem, considerando mais um filme dos mesmos temas que já estamos acustumados, e ao desenrolar devagar (o fato de ser baseado numa história real prejudica nesse ponto, onde a fantasia não pode se deixar levar, obrigando o filme a se basear muitas vezes em eventos pouco interessantes), esse filme é dispensável no cinema, mas pode ser algo interessante para quem gosta de um drama sobre amizade e tal quando chegar no dvd.
RR
Jê o filme “Código de conduta” faz algo parecido mas é melhor sucedido que o anterior, nele também há uma história já contada e recontada diversas vezes, mas dessa vez ela traz algumas coisas novas, sem contar que pelo menos para mim é muito mais agradável assistir um filme com algumas explosões e suspense do que um violinista sujo que mora em baixo do viaduto. No filme Foxx é um promotor que faz um acordo com o assassino da família de Butler, este resolve então fazer justiça com as próprias mãos. Como já falei, essa premissa é bastante antiga, e temos vários filmes recentes nessa linha: O Justiceiro, Valente e a imensa série Desejo de matar, entre muitos outros. Bom, todos esses filmes tem em comum o nosso desejo de vingança e justiça, em todos os casos, somos apresentados logo no início a algum evento violento envolvendo os familiares do personagem principal, em seguida os culpados são soltos por uma brecha da justiça, ou nem sequer são presos, para fechar a personagem entra em conflito e resolve por tudo em pratos limpos e dar cabo dos vilões por conta própria, em seguida alguém começa a investigar o caso. Bom, os pontos de diferença são: como se dará a vingança e a resolução do caso perante as autoridades. Nesse filme ambos são bastante interessantes.
O filme tem um ritmo intenso, ele já começa com o assunto e não há tempo para enrolações, o plano criado por Butler também é cativante, pois ele desafia toda a autoridade criminal e também o expectador, que sedento por sangue espera que ele cumpra suas promessas mortais ao longo da projeção. O grande ponto do filme é que Butler extrapola tanto que acaba se tornando o vilão do filme (eu torcia por ele), nos deixando ansiosos por como será resolvido o filme em seu desfecho (esse diga-se de passagem não me agradou, foi muito clichê). As cenas de ações e o ritmo de suspense seguram bem o filme, fezendo suas 2h correrem bem melhor que no solista. As atuações são burocráticas, Butler é o mesmo de sempre, e Foxx é... Foxx, o legal foi vê-lo como mendigo sujo e como engravatado no mesmo fim de semana.
Um filme que deve ser conferido por quem gosta de um bom filme de ação, mas se seu negócio não é esse fique longe.
RRRR
sábado, 7 de novembro de 2009
da lama ao caos - 15 anos
"Modernizar o passado É uma evolução musical". Com o início da declamação do "Monólogo ao pé do ouvido" a tensão cresceu de tal forma que é difícil explicar. A explosão dela foi instantes depois com o início de "Banditismo por uma questão de classe": "Há um tempo atrás se falava em progresso Há um tempo atrás que eu via televisão". E depois o que se ouviu foi uma apresentação pra lá de agressiva de "da lama ao caos", o primeiro disco de Chico Science & Nação Zumbi.
Os shows em comemoração aos 15 anos do disco sempre contaram com participações especiais e no Circo Voador Fred 04 do mundo livre s/a acompanhou a banda em algumas músicas sem largar sua latinha de cerveja... O cara e o Chico Science foram os principais mentores do movimento mangue bit: elementos modernos conectados às raízes culturais de Recife.
E o primeiro lançamento mangue bit foi o fantástico "da lama ao caos", tocado na íntegra ontem no Circo.
O show contou também com Pitty e Seu Jorge. A primeira provavelmente não conhecia bem a letra de "Quando a maré encher" pois só cantava o refrão... Já Seu Jorge mandou bem em "Manguetown", música que fechou o show. As duas músicas não são do disco, mas não podem faltar nos shows da Nação.
A vibração do público era atômica, de acordo com a detonação sonora feita pela banda no palco do lotado Circo. Sem dúvida uma noite muito quente, explosiva e histórica que mostrou mais uma vez duas coisas: a Nação Zumbi é uma das maiores banda nacionais em atividade tanto em estúdio quanto ao vivo e "da lama ao caos" foi um dos melhores discos nacionais já feitos.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Oi!
Oi! A convite do meu amigo César estarei escrevendo aqui sobre duas coisas que adoro: quadrinhos e cinema. Já tive algumas experiências anteriores tentando escrever sobre cinema, uma delas foi até duradoura, rendeu mais de 30 resenhas, o problema foi que acabei deixando de lado, houve uma outra tentativa mas foi menos prolífera que a anterior, rendeu algumas poucas resenhas e uma brincadeira chamada “contagem de corpos” (que consistia em anotar todas as mortes, quem matou, quem morreu e como dos principais filmes de ação e terror), cujo objetivo era ver quem era o ator mais durão do cinema, mas essa empreitada era deveras trabalhosa e acabou caindo por terra na quinta contagem. Bom, espero que dessa vez consiga manter uma regularidade, e escreve pelo menos uma vez por quinzena, falando das principais estréias no cinema que eu tiver assistido.
Com relação ao que você vai ler aqui, assim como qualquer crítica estarei dando o meu ponto de vista, comentando o que eu achar interessante e metendo o pau no que for preciso (sem duplo sentido por favor), evitarei ao máximo dar espoilers, permitindo assim que pessoas que não viram o filme possam ler a resenha. Outro ponto será a classificação do filme, as notas irão de um à cinco, e serão mostradas como Rs maiúsculos, portando RRR (três R) será uma nota média e assim por diante. De vez em quando , surgirão resenhas sobre filmes antigos ou clássicos da sessão da tarde, podem surgir também republicações das minhas resenhas antigas (mesmo que meu ponto de vista tenha mudado bastante desde aquela época) e também da minha contagem de corpos (vai que eu reativo isso).
Quanto aos quadrinhos, quando eu ler alguma coisa que mereça ser comentada estarei postando por aqui, ou quando eu tiver uma crise de ódio e precisar desabafar após um novo caso de atentado violento ao pudor contra algum herói clássico, como andam fazendo com o Homem-aranha.
Estou preparando minha estréia para essa semana, espero que gostem.
César, obrigado pelo espaço, abraço!
Rodrigo Nascimento
Cinema de gênero em decadência
Ao término da sessão de ”Matadores de vampíras lésbicas”,fiquei me perguntando quem iria gostar desse filme.Não,isso não é uma pergunta com caráter filosófico e nem uma forma de destilar veneno sobre a obra.É uma pergunta simples e direta,sobre quais pessoas que eu conheço,ou que tipo de pessoas iriam gostar.Me perguntei isso porque eu nem achei o filme tão ruim assim.Não vi sequer uma criticazinha positiva quanto ao filme.E realmente aquela ediçãozinha videoclíptica e que abusa de câmera acelerada/lenta é um câncer no cinema.Mas achei o filme divertidinho,se reconhecendo o tempo todo como bobagem e fazendo piadas como tal.
Isso me fez pensar na minha pergunta,que tipo de pessoa eu sou então?pra tipo de pessoa esse filme foi feito?Quando essa última pergunta me veio a cabeça,me dei conta no que pode ser um dos motivos da decadência do cinema de gênero.O fato deles só serem feitos praticamente a quem é muito fã daquele gênero e daquelas regras que ele exerce.Me refiro apenas ao cinema de gênero pois os filmes ditos “inclassificáveis” são outra história.O grande mérito que um filme de gênero pode ter é conquistar alguém que não seja fã dele.Ou seja,ele tem que ter algo além das suas regras já pré-determinadas.O caso é que hoje em dia está difícil(não to comparando com antigamente),eles só agradam a quem curte muito ao gênero.Por exemplo,eu sou um grande fã de suspenses “whodunit”(filmes em que tem um assassino mascarado e que ele só se revela ao fim),por isso acabei gostando do fraquíssimo Pacto secreto.Gostei,mas tem trocentas falhas,é clichê toda a vida,só mesmo pra quem curte o gênero.Reconheço que é uma merda.Idem para o Matadores de vampiras.Eu gosto de filmes debochados,que se reconhecem como porcaria e que praticamente escancaram ao espectador que estamos ali vendo um filme,que não se preocupe com realismo.É o caso dessa bobagem,que pelo menos me divertiu.Já não gostei por exemplo de G.I.Joe que é daqueles filmes blockbuster de ação da pior espécie.Conheço quem tenha gostado e reconhecido que é apenas uma bobagem.Gostou mesmo porque já curte aquela fórmula.
O que eu quero dizer é que a maioria do que se vê por aí feito em estúdio,é isso.Filmes muito restritos a um público.Um filme como Bullitt,pra citar um exemplo,não é um filme que agrada apenas a fãs de cinema policial.Qualquer um que entenda mínimamente de edição em cenas de ação e de construção de tensão dentro da narrativa,vai gostar.O exemplo é de um filme de 40 anos atrás,mas pode se encaixar,sei lá,no Amantes do James gray(que é desse ano),que agrada muito mais do que pessoas que gostem de filmes que tenham romances como principal elemento na narrativa.É um filme maravilhoso(meu favorito do ano),e que muitas pessoas entendidas que conheço e que tem preconceitos com “filmes de amor”(não que ele se encaixe exatamente num gênero,mas vá lá),se renderam ao trabalho magnífico do Gray.
Infelizmente,esse e mais alguns são exceções num mar de mesmices que são vomitadas diariamente hoje em dia pelos estúdios.A impressão que dá,é que você já sabe se vai se irritar ou não vendo o filme,só de assistir o trailer.É só ver se aquilo que está nele,costuma te agradar.E isso é péssimo.
Foto:Matadores de vampíras lésbicas.
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