quarta-feira, 18 de novembro de 2009

2012 - Ou como um diretor faz 2 filmes iguais e mesmo assim nós vamos asssitir



Oi! O filme de hoje é a super estréia da semana passada: 2012. A produção dirigida pelo mesmo diretor de Independence Day e O dia depois de amanhã vem com tudo para o circuito, ocupando uma quantidade enorme de salas. O filme é grande, caro e com efeitos mais modernos, além também de uma destruição mais maciça, onde nem o Cristo Redentor é perdoado, mas será que é isso tudo? Não!
Bem pra começar responda a pergunta: Você já viu um filme catástrofe? Se a resposta foi sim você já viu 20% desse filme. Segunda pergunta: Você já viu algum dos filmes citados anteriormente? Se sim, você já viu 60% desse filme, os outros 40% se referem as destruições que estão diferentes (afinal algo tem que mudar), os atores, os nomes dos personagens e mais quarenta minutos de enrolação (o Dia depois de amanhã tinha 40min a menos de duração). Mas por que eu digo que você já viu esse filme? É simplesmente por que você já viu! Se duvida faça o seguinte: antes de ir ver o 2012 assista os dois filmes que citei, se quando você chegar no cinema alguma coisa ainda te surpreender sem ser os efeitos é por que você dormiu em alguma cena. A receita de bola de Roland Emmerich (o diretor do filme) é tão repetida que até os personagens se mantêm, a estrutura do filme e seus desdobramentos são os mesmos, e acredite, assim como nos dois anteriores o cachorro se salva... Outra coisa que me incomodou foi a duração do filme, 160 min é um absurdo, deixando o filme cansativo e beirando o infinito.
Aí você pode vir reclamar que cinema é isso mesmo, que se não gosto de mentira tenho que ver outro filme, que a receita é essa por que as pessoas não querem ver algo diferente, que algumas coisas não podem ser alteradas, que os clichês são bons e por aí vai, mas eu me defendo contra todos esses argumentos:
O cinema com mentiras não é ruim, mesmo que as mentiras sejam absurdas, as mentiras nesse filme são facilmente toleradas, mas um pouco de veracidade não compromete. O fato de um cara que aprendeu a pilotar um monomotor conseguir guiar um avião diferente por duas vezes é plausível, mas somente as pessoas “malvadas” ou “inconvenientes” para a felicidade do personagem principal morrerem já é algo que cansou. Poxa, o mundo inteiro foi destruído, quase todo mundo morreu e só vive quem interessa? Mas se você vier dizer que o público quer isso ou que certas coisas não devem ser feitas eu discordo, o cinema é o que é por que os produtores dizem que é isso que nós queremos ver e portanto acabamos consumindo. Se eu disser que mataria uma das crianças do filme, ou até mesmo o cachorro, logo todos iriam reclamar de mim, dizendo que não queriam ver isso e tal, mas se estivesse lá no filme, todos aceitariam, afinal isso é algo que poderia realmente acontecer, e provavelmente aconteceria. O que falta no cinema de Hollywood é coragem, ou como diriam os americanos (balls). Posso citar dois filmes recentes que quebram alguns paradigmas não explorados tanto anteriormente: Bastardos inglórios (spoiler!!!), onde Tarantino teve a coragem de terminar com a Segunda guerra mundial antes do fim do filme, quando todos os figurões do partido nazista são executados e queimados vivos, inclusive o Hitler, e Deixe ela entrar, um filme sobre vampiro onde os personagens principais são crianças, o que não impede que coisas aconteçam com elas.
Voltando ao filme em si, o filme não é ruim, o que realmente me incomodou foi o fato de eu me sentir vendo novamente O dia depois de amanhã só que com outra destruição. Me pareceu que o fato dele ter aumentado o nível do desastre transformou seu filme em algo diferente, o que não é verdade.
Tiveram também outras coisas que me incomodaram, mas a principal foi a fotografia do filme, que em diversos momentos parecia um série da Sony ou um filme direto para locadora. Pô, essa bagaça custou 200 milhões, pelo menos podiam ter usado película e não uma digital qualquer!
Mas nem tudo foi ruim, os efeitos foram bons, e em muitos momentos o ritmo é interessante, e os efeitos foram bons, ah, esse já tinha ido, e bem, tem momentos bons, só não lembro muito bem quais, afinal tinham muitos momentos cansativos nos 160min de filme.
Se você é muito fã desse tipo de filme, ou se não lembra nada do que assistiu já no dia seguinte, esse filme provavelmente irá te entreter, e talvez você até ache super legal, mas se você não se enquadrar nesses dois casos é bem provável que se decepcione. Como gostei muito dos efeitos e do... bom dos efeitos, vai levar uma nota:

RR

Ah! Lembrei, gostei de ver os Cristo quebrando (isso também é efeito), é impressionante como o Brasil tem se tornado um país realmente importante para o resto do mundo, a 50 anos achavam que a capital do Brasil era Buenos Aires, a 20 anos sabiam que tinha carnaval, banana, macaco e futebol, hoje nossa visibilidade é maior, prova disso é que em muitos filmes e séries, principalmente as americanas, o Brasil é mencionado, principalmente o Rio, prova de que nos estamos nos tornando importantes mundialmente, mas não sei por que estou falado disso, heheheheh. Pra finalizar o pôster é ótimo né? O Mr vem por trâs do Cristo e à sua esquerda está o Pão de açúcar, ainda bem que eles tiveram cuidado em ver um foto real antes de fazer o pôster...

Amanhã postarei uma resenha antiga, até!

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