sexta-feira, 30 de abril de 2010

EPICA - Show na Fundição Progresso


Esse post chega com um pouco de atraso, mas eu não poderia deixar de escrevê-lo. O dia 11/04/2010 marcou a passagem dos holandeses do EPICA pela segunda vez no Rio de Janeiro, depois de mais de cinco anos, em sua turnê promocional do quarto CD de estúdio, Design Your Universe. E o grupo não decepcionou, tocando muito bem, fazendo a alegria dos fãs.


A apresentação foi num domingo, para um público estimado de 2.000 pessoas, o que não foi suficiente para encher a Fundição Progresso. Mesmo com a arquibancada superior fechada, ainda havia alguns espaços vazios na parte de baixo. Bola fora da produção, que poderia ter usado o Circo Voador, que tem acústica melhor e é menor, ideal para shows sem tanta visibilidade. Apesar disso, a apresentação em si beirou a perfeição, nesse quesito não há o que reclamar.

A banda de abertura, Tierra Mystica, fez um show bem curto, tocando apenas umas 6 músicas, mas agradou. O vocalista é um gordinho simpático e muito falante, com uma voz parecida com a do Bruce Dickinson, e que passou a maior parte do tempo animando a galera, pedindo para todos gritarem. A banda mostrou algumas poucas músicas, mistura de heavy metal com instrumentos folclóricos, como flautas, e tocou alguns covers, como Fear Of The Dark.

Quando o EPICA subiu ao palco, a galera vibrou bastante, como é de se esperar nas primeiras músicas. A vocalista Simone Simons é lindíssima e sua voz simplesmente maravilhosa. Os vocais guturais de Mark Jansen também são afinadíssimos, dando ainda mais peso ao som da banda. Todos os integrantes tiveram um ótimo desempenho e interagiram em algum momento com o público. Até o baterista arriscou cantar um pouco.


Resign To Surrender explodiu com suas guitarras pesadas e todos gritavam de delírio. Já nessa primeira música pudemos perceber como o novo guitarrista fez bem ao grupo, trazendo belos solos de guitarra a uma banda que carecia disso - talvez por escolha mesmo. Com isso, as músicas desse novo CD Design Your Universe soam mais completas, como irei comentar em um próximo post, trazendo uma resenha merecida para esse álbum.

Unleashed, uma excelente faixa, ficou ainda melhor ao vivo, ganhando muito destaque. Bombástica mesmo. Martyr Of The Free World, uma das minhas favoritas, também foi sensasional. Com Tides Of Time, a vocalista Simone Simons pôde mostrar o quão afinada é sua voz, com um desempenho perfeito, digno de CD. Ela também foi extremamente atenciosa com o público, nota dez para ela.

Mark Jansen, o criador do grupo, parecia bastante satisfeito e mandou muito bem. Guturais perfeitos. Quando a galera parava, ele ia lá e botava todos com as mãos para o alto. Falou bastante com o público, xingou alguns palavrões em português, conseguiu mostrar sua simpatia.

Para quem gosta de filmes, alguns trechos de Battle Of The Heroes, de Star Wars - Revenge Of The Sith, foram tocados brevemente para dar lugar a Imperial March, que todos conhecemos. Uma bela sacada. A Marcha Imperial ficou ótima e bem pesada em sua versão metal e, embora goste muito, achei meio dispensável no show, pois preferia ouvir alguma outra música da banda.

A clássica Cry For The Moon foi a música que todos cantaram. É como se fosse um hino do EPICA, essa todos conhecem. Maravilhosa ao vivo.

Algumas músicas, como Fools Of Damnation e Mother Of Light não estavam no setlist que pesquisei na internet como previsto para esse show, o que foi uma grata surpresa. De uma forma geral, o setlist foi excelente, embora eu seja suspeito para falar, pois sou fã e gosto de praticamente todas as músicas.

Kingdom Of Heaven, uma faixa épica e grandiosa, também foi tocada com perfeição. Apesar de ser muito boa, acho que deveria ter dado lugar a outras, afinal são 13 minutos de música! Senti falta de Seif Al Din e The Last Crusade, essas gostaria muito de ter ouvido ao vivo.

As músicas tocadas foram as seguintes, não lembro ao certo se nessa ordem:

Samadhi
Resign To Surrender
Sensorium
Unleashed
Martyr Of The Free World
Imperial March
Cry For The Moon
Fools Of Damnation
Mother Of Light
Tides Of Time
Obssessive Devotion
Kingdon Of Heaven
Sancta Terra
Quietus
Consign To Oblivion

Agora cabe uma crítica minha, em relação ao público: era evidente a preocupação de muitos em tirar fotos e filmar, ao invés de curtir um ótimo show. Será que é tão importante assim assistir tudo pela telinha da câmera digital? Muitos subiam nas costas dos outros, o que já acho meio sacanagem, para fotografar, e não para ver melhor o show. Ainda bem que a postura da banda foi excelente, o que fez com que a galera cantasse e vibrasse sempre que possível. O público estava animado, no entanto, acho que poderiam ter pulado mais, demonstrado mais carinho pela banda ali presente.

Foi uma ótima apresentação. Mesmo sendo muito fã, não posso dizer que estava num nível marcante como Iron Maiden ou Nightwish, mas certamente valeu a pena, a banda estava ótima, técnica perfeita, num show animado e divertido.

Espero que eles passem por aqui de novo quando lançarem um próximo CD.

Nós com o vocalista do Tierra Mystica

Para os que não conhecem o EPICA e tem interesse, fica aqui meu convite para que procurem por algumas músicas. Não irão se decepcionar. Agrada tanto os que curtem um heavy metal mais pesado, quanto os que gostam de metal mais sinfônico e melódico.

Aguardem por um próximo post com a resenha do álbum Design Your Universe.

Continue lendo >>

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tributo John Williams

Eu sei que esse cara foi motivo para a maior discussão da história desse blog, mas não tenho a mínima intenção de colocar mais lenha na fogueira. É só pra informar que de 21 a 23 de maio vai rolar um tributo ao camarada lá no Theatro Municipal. Pô, não vou perder de jeito nenhum a oportunidade de escutar ao vivo no Theatro Municipal o tema de "Indiana Jones", "Jurassic Park", "Tubarão"...

E pra quem tem interesse não somente no evento mencionado, o preço da temporada 2010 da Orquestra Sinfônica Brasileira não está tão salgado, ainda mais que estudante paga meia. Com míseros R$40 você assiste a temporada toda (talvez não no melhor lugar... hehe)! Esse ano vi que vai rolar coisas bem legais além do Tributo John Williams, só conferir aqui.

Continue lendo >>

domingo, 25 de abril de 2010

RRResenha 17 - Alice no país das maravilhas


Tim Burton está entre meus diretores favoritos. Seus filmes sempre repletos de personagens bizarros, um humor algumas vezes meio mórbido, roteiros repletos de excentricidades e um visual prá lá de obscuro quase sempre rendem filmes muito interessantes e que se destacam das mesmices que vemos todos os dias. Todos esses detalhes são não seriam nada sem grandes atores, mas por sorte (na verdade sorte nossa) Burton conta com a contribuição de Johnny Depp, um dos melhores atores da atualidade, numa parceria que já rendeu nada menos que sete filmes, incluindo aí dois filmes geniais (Edward e Ed Wood).

Quando anunciaram que Burton tinha sido contratado para fazer sua versão de Alice no país das Maravilhas, com Depp como chapeleiro louco, e tudo isso em 3D, eu fiquei extremamente empolgado. Alice é uma história insana e psicodélica, onde nada além da loucura está presente ao longo da história, e nada melhor que um diretor conhecido por sua visão excêntrica do mundo e de um ator especialista em papeis bizarros para trazer as telas uma nova verão do clássico, tinha tudo para ser o filme do ano. Mas não foi bem assim.

O filme é na verdade uma espécie de continuação da história, passada 13 anos depois de Alice ter visitado o país das Maravilhas. Agora tudo está em ruínas devido à tirania da Rainha Vermelha, e somente Alice pode tentar consertar as coisas.

O filme tem um visual incrível, bem Burtoniuano, com personagens, cenários figurinos e cores prá lá de extravagantes, o que é perfeito para o material que ele tem em mãos, e eu em 3D ficou bem interessante.

As atuação também são boas, tanto por parte do elenco “real”, com Depp bem como sempre (embora na versão dublada seja duro de aturar), a Rainha Vermelha, interpretada pela esposa de Burton, Helena Carter também está ótima, e a jovem Mia Wasikowska dá a força necessária para a crescida Alice, mas como sempre elenco não é um problema. Já o elenco digital consegue até superar o normal, temos o ótimo Gato que rouba algumas cenas e particularmente gostei muito dos coelhos, principalmente o louco.

Tudo ia bem, mas o que torna o filme um grande diferencial do original torna-o também um filme abaixo do esperado. A verdade é que a história de Alice é simplesmente uma sucessão de eventos onde Alice encontra personagens completamente insanos e passa por situação igualmente sem sentido, não existe uma verdadeira história por trás disso, e foi o que Burton tentou mudar. Ele tentou criar um real objetivo para os personagens e uma linha de ação a ser seguida, um real propósito para Alice estar lá e uma ordem linear e “lógica” para o enredo. Isso pra mim foi um grande atrativo, pois acho a história original um pouco sem graça, devido a sua total falta de sentido, mas infelizmente o caminho tomado por Burton acabou por deixar o filme com uma cara de Nárnia, o que com certeza influiu negativamente em minha avaliação.

Na verdade o filme diverte, e não é uma perda total, tornando-se uma boa aventura para a família, com um visual muito legal e uma boa dose de humor, mas está longe de atingir todo o potencial que eu acreditava que poderia ter alcançado, embora eu me pergunte se realmente alguém conseguiria extrair alguma coisa mais concreta daquele material sem pé nem cabeça do que Burton. Infelizmente esperava mais.

RRR

Continue lendo >>

RRResenha 16 - A Estrada


Depois do fraco “O livro de Eli”, chega aos cinemas mais um filme passado em um mundo pós apocalíptico, e embora ele possua muitos pontos positivos, o filme não consegue ser mais do que mediano.

No filme, Viggo Mortisen, o Aragorn da trilogia do anel (nossa como ele ta velho!!!) parte numa jornada em busca de melhores condições para criar seu filho em meio a um mundo devastado e sem muitas chances de sobrevivência.

A primeira coisa que chama a atenção nesse filme é o visual. O filme tem uma excelente direção de arte, fazendo com que os cenários realmente pareçam ter perecido após anos de falta de manutenção e saques. Os figurinos também são ótimos, todos parecem na verdade mendigos de Nova York, esqueça aqueles visuais meio punks ou com roupas customizadas, aqui é casacão sujo, meia encardida e sapato furado mesmo (tem até carrinho de supermercado), o que confere um dos visuais mais verossímeis que já vi em um filme desse tipo. Tudo isso ainda leva um banho de cinza devido a fotografia extremamente sem cor do filme, deixando realmente um visual de total falta de esperança.

Depois dos quesitos estéticos, vamos ao roteiro. Diferente da maioria dos filmes desse estilo que primam pelo terror (Extermínio) ou ação (Eu sou a lenda, Mad Max 2), este filme traz um elemento pouco tradicional: o drama. Todas as inquietações do personagem que tenta manter a dignidade de sua existência, e principalmente a de seu filho, que para ele é uma dádiva divina, nos atormentam tanto quanto ele. A todo momento vemos seu sofrimento em busca de comida e fugindo de outros sobreviventes, ou então assistimos a mais um doloroso flashback sobre os primeiros anos pós apocalipse. Infelizmente todos esses elementos acabam se tornando repetitivos e cansativos, culminando com um final muito fraco que não combina com o restante do filme.

Uma outra coisa legal foi trabalhar bem a questão da falta de alimento, um elemento que não é utilizado com tanta freqüência, aqui as pessoas tornan se canibais, o que proporciona algumas cenas bem interessantes.

Mesmo com todos esses elementos o filme peca justamente em ficar só nisso. A ação e o suspense são pontuais, deixando o filme muito lento, e em contrapartida a parte dos conflitos psicológicos não é trabalhada suficientemente bem para segurar os longos momentos de lentidão. Com esses aspectos negativos o filme que poderia ser um bom exemplar do gênero acaba se tornando mais um, mas mesmo assim vale ser conferido.

RRR

Obs: Num ponto o filme tem mérito, me fez pensar no que move uma pessoa que encontra-se nessa situação, num mundo realmente perdido, onde não há mais nada, literalmente, a não ser o mais básico instinto de sobrevivência, o que faria alguém continuar tentando viver, ainda mais de uma maneira o mais próxima da humanidade possível, realmente não vejo um motivo, nem mesmo a simples vontade de estar vivo.

Continue lendo >>

sábado, 24 de abril de 2010

Design sinistro

Bom... nao poderia deixar de compartilhar isso com vocês
O designer Jacques Penses criou um material para o design corporativo de um canal de televisão especializado em filmes de terror na europa, o 13th Street.
O material interage com o uso da papelaria que vai desde envelopes
a folhas de fichário macabras.
Muito divertido, muito criativo, mas é demais pro meu estômago
Deixo para vocês, fãns desse genero, desfrutarem do resultado.









Continue lendo >>

sexta-feira, 23 de abril de 2010

RRResenha - 16 - Mary e Max


Ano passado eu assisti ao curta Harvie Krumpet, um interessante filme que narra a simplória mas estranha vida do personagem que dá nome ao filme. Semana passada fui conferir Mary e Max, o longa dirigido por Adam Elliot, o mesmo de Harvie, e foi bastante interessante.

Primeiramente, no Brasil existe uma total falta de conhecimento dos funcionários dos cinemas a respeito do que está passando e também uma total falta de noção das pessoas ao achar que todas as animações são para crianças. Resultado: todos os pais que levaram seus filhinhos para assistir ao filme saíram antes da metade. Mas acabaram perdendo um filmão.

O filme narra a história de Mary, uma menina australiana que não possui nenhum amigo e resolve mandar uma carta aleatoriamente para os EUA, quem recebe é Max, um homem com problemas mentais que mora em Nova York, e é dessa estranha ação que surge uma grande amizade.

Como seu curta, alguns pontos estão presentes em seu filme, e são justamente esses pontos que tornam o filme tão interessante. Primeiramente o filme é quase todo narrado, somente em alguns momentos os personagens tem suas vozes ouvidas, mas em geral essas vozes são seus pensamentos, esse elemento narrativo deixa o filme como uma espécie de documentário sobre as singularidades da vida humana. Outro dos bons aspectos do filme é a estranheza dos personagens, eles tem vidas comuns, mas muito estranhas, vários fatos e situações bizarras acontecem mas no geral elas são até aceitáveis. O humor do filme vem justamente desses eventos bizarros, levando nos a rir principalmente do sofrimento dos personagens. Temas como alcoolismo, doenças mentais, homossexualismo, morte e etc são usados para a composição desse estranho cenário de humor negro.

Ainda há um ponto a destacar, a estética dos bonecos por si só é bem interessante e cômica, só de olhar para alguns deles já começamos a achar graça. O diretor usa com habilidade também a paleta de cores, mostrando a Austrália como um pais quente e alaranjado e Nova York como cinza e sem e fria. Com isso ele acrescenta aos poucos um pouco de cor à vida de Max, para mostrar como é importante a amizade com Mary.

Um ótimo filme, que irá brigar na minha lista de fim de ano, imperdível. Ah, vale conferir o curta, tem no youtube com legendas, divirta-se.


RRRR

Continue lendo >>

RRResenha - 15 - especial de abril

Oi, depois de uma pausa por falta de tempo estou de volta, como deixei muita coisa pendente, estarei escrevendo logo um especial com rápidas considerações sobre as últimas estréias.

Dupla implacável


John Travolta mostra mais uma vez que é um bom ator para filmes de ação. Repetindo sua dose de insanidade presente em “A outra face”, e mais uma vez com um visual pra lá de excêntrico como em “Seqüestro do metrô 123”, Travolta carrega o filme nas costas como um agente pouco ortodoxo que viaja para paris a fim de desmantelar uma célula terrorista. O filme conta com alguns toques de humor e cenas de ação muito boas, mas o roteiro é muito ruim, isso por que o filme não tem nexo e a estrutura do enredo é cheia de falhas e incoerências, pra piorar também temos o outro integrante da “dupla implacável”, o ator Jonathan Rhys, que é muito fraquinho. Apesar de todos os problemas o filme diverte, lógico que só por causa de Travolta, e acaba não sendo tão ruim se você não se preocupar em achar uma lógica na história. O mais curioso é o título, o original é horrível “From Paris with Love”, e o nacional não tem nexo já que o outro cara é um mané.

RRR

Uma noite fora de série
(esse braço não está desproporcional?)

O que esperar de Tina Fey e Steve Carell, os dois queridinhos da comédia juntos como um casal em busca de reacender o casamento, provavelmente um filme muito bom, mas não é bem por aí. Pra começar o filme é dirigido pelo fraco Shawn Levy, responsável por “Uma noite no museu”, sua interferência mais direta está na escolha de filmar com câmera digital, o que deixou a fotografia muito feia, em alguns momentos, principalmente nos de ação, a imagem fica horrível.

Mesmo contando com uma ótima dupla, o filme peca em não aproveitar o potencial dos dois, utilizando de um conceito já conhecido e de piadas já batidas. Particularmente ri somente em duas ou três cenas, e não foi nada que me deixasse com a barriga doendo. Um filme que poderia ter sido bem interessante mas acabou sendo mais um, como não foi uma perda total leva uma conceituação mediana.

RRR

Caso 39

Confesso que quando ví o trailler desse filme não dei nada por ele, fui assistir esperando mais uma porcaria como a maioria dos filmes de terror atuais, mas até que gostei do filme. No filme, Renée Zellweger interpreta uma assistente social que fica encarregada do caso de uma garotinha que supostamente é maltratada pelos pais, em decorrência disso ela acaba assumindo provisoriamente a guarda da criança. Atualmente os traillers tem sido muito longos, entregando muito do filme, as vezes tudo, e esse é mais um caso, se a prévia não tivesse sido tão longa o filme teria sido muito mais interessante, mas mesmo assim ele ainda valeu ser assistido.
A trama tem uma boa fluidez, vai ganhando força aos poucos e te mantém em dúvida do que está acontecendo, infelizmente essas dúvidas seriam maiores sem o trailler. No geral a historia é boa, as cenas não chegam a dar medo em si, mas tirando uns 3 sustos por ruídos, coisas que em filmes desse gênero normalmente são utilizados umas 10 vezes mais, até que é possível ficar com um certo receio dos acontecimentos. A cena da vespa por exemplo é bem angustiante.

As atuações também ajudam, Renée está bem e convence no papel, embora esteja extremamente assustadora, em alguns momentos seu rosto se deforma demais, seja por um choro ou simplesmente por um sorriso, dá lhe botox!!!! A obscura Jodelle Ferland, a garotinha de Silent Hill consegue se passar por uma menina de 12 anos mesmo tendo 16 e convence em mais um filme de terror.

Com um bom roteiro e uma boa fluidez esse filme foi um dos mais interessantes do gênero nos últimos meses, vale à pena.

RRR

Continue lendo >>

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Poesias Súbitas #2 - Soneto XXXV ( A Rua dos Cataventos) - Mario Quintana


Adoro Mario Quintana, admiro muito a forma "simples" como ele trata temas densos como morte, por exemplo. Este soneto retirado do livro "A Rua dos Cataventos" de 1940 fala dela:

XXXV

Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!

Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...

Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...

E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...

urdir: tecer

Não sou fã de estruturas fixas na poesia mas já é o segundo soneto que posto, vai entender...

Continue lendo >>

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Poesias Súbitas #1 - O inimigo - Charles Baudelaire


Mais um tópico. Estava tão mergulhado no mundo da música que não andava fazendo muita coisa além, mas pretendo mudar isso... Ando assistindo mais filmes do que o meu normal e estou voltando a ler como antes ( a faculdade que se f***).

Não pretendo comentar filmes (já temos quem faça), e nem comentarei as poesias e coisas afins, mas as postarei para a devida apreciação.

Estou lendo "As Flores do Mal" (Les Fleurs du Mal) do frânces Charles Baudelaire. Um livro impactante até hoje, imagina na época (século XIX)... temas como tempo, morte, amor, tédio foram tratados com tinta de ódio. Gostei bastante desse soneto aqui:

O inimigo

Foi minha juventude não mais que um vendaval
Em que raro brilharam os sóis como espelhos;
Nela a chuva e o trovão fizeram estrago tal
Que sobram no jardim poucos frutos vermelhos.

Eis que chego ao outono do pensamento,
E usarei pá e ancinho por manhãs obscuras
Para juntar de novo o solo lamacento
Com crateras enormes como sepulturas.

Quem sabe se a flor nova que o meu ser anseia
Achará neste chão lavado com a areia
O místico alimento que lhe dá vigor?

Devora o tempo a Vida, ó suprema agonia!
Se rói o coração o inimigo traidor,
Cresce por se nutrir desta nossa anemia!

(tradução: Pietro Nassetti)

L'ENNEMI

Ma jeunesse ne fut qu'un ténébreux orage,
Traversé ça et là par de brillants soleils;
Le tonnerre et la pluie ont fait un tel ravage
Qu'il reste en mon jardin bien peu de fruits vermeils.

Voilà que j'ai touché l'automne des idées,
Et qu'il faut employer la pelle et les râteaux
Pour rassembler à neuf les terres inondées,
Où l'eau creuse des trous grands comme des tombeaux.

Et qui sait si les fleurs nouvelles que je rêve
Trouveront dans ce sol lavé comme une grève
Le mystique aliment qui ferait leur vigueur?

--O douleur! ô douleur! Le Temps mange la vie,
Et l'obscur Ennemi qui nous ronge le coeur
Du sang que nous perdons croît et se fortifie!

Gostei dessa tradução, encontrei outras na internet mas percebi que não acharam boas soluções para a tradução não mantendo nem mesmo certas rimas. Futuramente pretendo aprender um pouquinho de francês, gosto muito da sua sonoridade...

Continue lendo >>

terça-feira, 13 de abril de 2010

Retrospectiva Musical - 3 - "Modern Guilt" (2008) - Beck


Beck é um dos caras da música que considero diferenciado, vive a música, saca pra caramba, toca vários instrumentos, está envolvido em vários projetos bacanas (como exemplos a produção do último disco da Charlotte Gainsbourg e regravações de discos bacanas em um dia chamando músicos gabaritados), adora música brasileira... Sendo assim, aos poucos vou me aprofundando em sua bela obra.

Na última, "Modern Guilt", Beck não "arriscou" tanto quanto em outros álbuns mas não foi menos genial. As composições são ótimas, modernas, bem acabadas, atingindo um ponto muito legal entre o som eletrônico e o orgânico. Daqueles discos curtos (dez faixas) que parecem que duram menos do que ele durou realmente; é muito difícil você não se envolver com as melodias suaves/melancólicas e o canto de Beck.

Gosto muito de todas as músicas ( a que menos gosto é "Replica", acho cansativa sua batida, mas como ela só tem 3 minutos e pouco...) e destaco a primeira faixa "Orphans", a faixa-título "Modern Guilt" e a última "Volcano". Dá pra escutar um pouquinho aqui.

Abraços!

Continue lendo >>

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mais Notícias!

- Fim dos Beatles - 40 anos:

www.miolao.com/.../uploads/2009/12/Beatles.jpg

Além de lembrarmos a morte de Cobain, abril é marcado pela lembrança do término dos Beatles, a maior banda de todos os tempos, anunciado em 10/04 de 1970 pelo Paul. Novamente indico a ótima Rolling Stone Brasil. Eles lembraram a data no site deles e colocaram o link para a reportagem de capa da edição n°36 do ano passado onde é relatado os bastidores dos últimos dias do quarteto. Muito interessante para quem gosta da banda.


- Roger Waters - tour "The Wall" 2010/2011


Já tem algumas datas marcadas para Canadá e EUA, mas provavelmente passará também pela Europa e outras partes do mundo. A idéia é comemorar os 30 anos do álbum "The Wall" de 1979. E o melhor. O cara sempre passa por aqui; e mesmo que não venha até o Rio, eu corro pra Sampa, Porto Alegre, pro inferno, mas eu tenho que assistir um show do cara. As informações eu catei aqui, site confiável em relação a notícias pinkfloydianas.

Continue lendo >>

Morte Kurt Cobain - 16 anos

www.lilianpacce.com.br/.../kurt_cobain2.jpg


Eu já estava esquecendo mas o G1 me lembrou: dia 08/04 compleram 16 anos que foi encontrado o corpo de Cobain, em Seattle. Bem, a história é bem conhecida mas recomendo a leitura da edição n° 31 - abril 2009 - da revista Rolling Stone Brasil. No arquivo RS dessa edição foi reproduzida a última entrevista dada pelo líder do Nirvana para a RS americana. Sensacional. E de brinde a reportagem publicada pela mesma revista na edição de maio de 94 relatando detalhadamente os últimos dias do rapaz. Dá pra ler trechos dessa matéria e do resto da ravista aqui. Havendo interesse (não haverá), empresto as matérias completas.

Continue lendo >>

domingo, 11 de abril de 2010

Click - 9


Mais uma de Porto seguro

Continue lendo >>

RRResenha 14 - Como treinar seu dragão - ou - Como acabar com o ogro parte 1


Essa resenha chega com um pouco de atraso mas finalmente tenho tempo e cabeça pra escrever.

Depois de assistir ao trailler desse filme umas 200 vezes, estava até desanimado com o filme imaginando ser mais um daqueles filmes sem graça de animação nessa atual corrida que vem rendendo coisas horríveis. A Dreamworks, já tinha nos trazido bons filmes como Shrek (estão doidos pra acabar de vez com o personagem), Kung Fu Panda e Os sem floresta, e dessa vez baseia sua história num livro infantil. Nessa disputa pelo público, a Dreamworks sai perdendo feio pra Pixar (na verdade todas saem, a Dream é a que se sai melhor) que sempre nos traz histórias originais e criativas, com personagens únicos e inesquecíveis, já a Dreamworks trabalha com conceitos já estabelecidos e conhecidos, as piadas e situações são boas mas geralmente são só recicladas, as personagens são boas, mas nem sempre tão bem construídas assim. De qualquer forma, a Dreamworks seria a segunda força no lançamento de animações, e nos traz um bom filme, na verdade melhor do que os anteriores dessa vez.

No filme, um jovem Viking, totalmente fora dos padrões quer provar para toda sua aldeia que pode ser um ótimo guerreiro, para isso ele deve fazer o que todos esperam de um viking: matar dragões. Nessa tentativa de auto afirmação juvenil, ele acaba estabelecendo uma improvável amizade com um raro dragão, e com o tempo começa a observar que os dragões podem não ser realmente a ameaça que todos imaginam.

A trama não traz nada de novo, o rumo da história é bem esperado e previsível, assim como nos últimos filmes do estúdio, mas nesse a construção do desenrolar da história combinada com ótimas cenas de humor e personagens cativantes acabam por criar um filme bastante interessante, que acabam conquistando o expectador e fazendo com que troçamos para o sucesso dos personagens mesmo quando temos certeza de que não haverá sucesso naquela ação. As sequencias das conversas entre pai e filho e o treinamento ao ótimas e o dragão, que embora pareça um pokemóm rapidamente nos conquista.

Outro aspecto que devo ressaltar é a qualidade da animação. As texturas do filme são incríveis, tudo parece bastante real, principalmente as roupas e barbas dos vikings, em alguns deles é possível observar pelos nos braços e sinais na pele, mas nem por isso você deixa de acreditar que aquilo é um desenho, o que é ótimo, pois mantemos a aparência estilizada mas com o máximo de detalhes reais.

Um ótimo filme que deve ser assistido em 3D, superando e muito minhas expectativas, e provavelmente a segunda melhor animação do ano (vai perder pro Toy Story 3) mas vai ser muito superior ao Shrek 4 que irá enterrar de vez o Ogro.

RRRR

Continue lendo >>

sábado, 10 de abril de 2010

Frase da Semana #03

" Eu sei que a burguesia fede, mas tem dinheiro pra comprar perfume." (Falcão - "Um Bodegueiro na FIEC")

Desculpe, mas achei engraçado. Falcão (aquele cantor bizarro), parodiando trecho da letra "Burguesia" de Cazuza/George Israel/Ezequiel Neves ("A burguesia fede / A burguesia quer ficar rica / Enquanto houver burguesia / Não vai haver poesia")

Continue lendo >>

Lançamentos 2010 #2 - Mafaro - André Abujamra





Eu gosto muito desse rapaz, André Abujamra. Adoro a proposta do Karnak que de forma nenhuma foi perdida em seu projeto solo. Nesse último trabalho, Abujamra continua esbanjando na mistura de diversas influências sonoras que passa pelos Balcãs, e chega algumas vezes na África inspirada na sua viagem ao Zimbábue ("Mafaro" é alegria no idioma do Zimbábue), outras pelo Maranhão (estado que ele visitou).

Destaque para as sempre muito boas letras do Abujamra, aquele olhar único sobre as coisas aparentemente simples, aquela certa ironia...

Participações tão variadas quanto a mistura sonora: Zeca Baleiro, Evandro Mesquita, Xis, Curumin, Luiz Caldas...

http://devebe.wordpress.com/2007/05/30/entrevista-com-andre-abujamra/


Dá pra escutar a sonoridade "étnica" do Abujamra em "Mafaro" aqui.
Escutem tudo que vale a pena, mas "Imaginação" é maravilhosa.

Continue lendo >>

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cartazes africanos

Antigamente os cartazes de filmes costumavam ser desenhados, e cada país tinha uma certa liberdade para criar em cima do filme, na África isso gerou algumas pérolas:









Prometo que amanhã faço um post sério, é que ando cansado demais pra elaborar um texto decente.

Continue lendo >>

Atari destruindo o mundo!

Criativa animação feita com personagens de atari invadindo o mundo!!
Muito legal!!!



Melhor do que o mundo acabar com chuva =/

Continue lendo >>

1ª Feira de Vinil do RJ


Acontence nesse domingo, 11/04, lá no Cinematheque (Botafogo) a 1ª Feira de Vinil do Rio de Janeiro. No La Cumbuca tá tudo bem explicado. Participará do evento um pessoal de primeira como Gabriel Thomaz (Autoramas) e Maurício Valladares (programa Ronca Ronca) entre outros tocando os bons sons... Se não houver imprevisto, o Sono Súbito estará lá fuçando alguns discos!

O Cinematheque fica na Rua Voluntários da Pátria,53. Valeu!

Continue lendo >>

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sleeveface by Sono Súbito #1

Bruno com capa do disco "Coração Bobo" do Alceu Valença

Continue lendo >>

Sleeveface





Navegando pela net descobri esse movimento que tem ganho muita força ultimamente, principalmente na europa, é o Sleeveface. A brincadeira consiste em tirar uma foto utilizando uma capa de vinil para compor a imagem, tem muita tosqueira por aí mas até que tem umas maneiras.



César, vamos pensar em alguma capa mameira, poderíamos fazer algum legal hein!? Fica a idéia.

Continue lendo >>

Pequenas notícias


Repassarei algumas notícias que catei no G1 e achei pertinente dividir com vocês, nobres colegas:

- Lançamento " O pequeno livro do rock" - http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1554692-7085,00-FRANCES+ILUSTRA+HISTORIAS+DO+ROCK+EM+HQ.html

Bourhis desenhou algumas capas históricas. (Foto: Divulgação)

Chega as livrarias essa semana o livro do quadrinista francês Hervé Bourhis, "O pequeno livro do rock", que conta em versão HQ a história do rock, estilo que comemorou recentemente 50 anos de existência. Dá pra ver um pouquinho do livro no link. Eu achei bem bacana, dependendo do preço e se o projeto gráfico for bem legal como aparenta ser, eu comprarei.

- Beck grava com Sérgio Dias dos Mutantes - http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1556892-7085,00-BECK+REGRAVA+ALBUM+DO+INXS+AO+LADO+DO+GUITARRISTA+DOS+MUTANTES.html


Beck (gênio) está reunindo músicos e regravando alguns álbuns famosos num dia para disponibilizar no site dele ( http://www.beck.com/recordclub). Sérgio gostou muito da reunião conforme falou para o G1 e pode ser conferido no link. Assim que passar minhas provas eu catarei na net essas versões do Beck.

Continue lendo >>

terça-feira, 6 de abril de 2010

Show Guns N' Roses - Rio de Janeiro


Nove anos depois do Rock In Rio III, o Guns N' Roses retorna para sua terceira apresentação em solo carioca. A chuva que cancelou o show marcado para o dia 14 de março deixou muitos fãs angustiados, achando que não veriam sua amada banda ao vivo, mas, para nossa alegria, o show foi remarcado e aconteceu no último domingo, dia 04 de abril.


A Praça da Apoteose estava lotada, porém até ficar tão cheia demorou bastante, pois os fãs já deviam estar prevendo um longo atraso, como aconteceu nos outros shows pelo Brasil. A noite começou com chuva porém esta não se estendeu muito, felizmente.


A primeira banda a tocar foi um tal de Majestic, uma banda nacional com vocal feminino e um visual meio gótico, mistura de Evanescence com Pitty. Tocaram algumas poucas músicas, agradeceram bastante ao público e sairam.

Após um longo intervalo, Sebastian Bach subiu ao palco e fez um excelente show de abertura, empolgando a galera durante 1h30m. Confesso que não conheço as músicas do Skid Row, mas me diverti e gostei do show. Ele foi um exemplo do que é uma boa apresentação, interagindo sempre que possível com o público, se esforçando para falar várias frases em português. A galera, é claro, retribuiu, vibrando bastante. Mesmo sem a ajuda dos telões deu pra ver que Sebastian tem bastante presença de palco, girando loucamente o microfone e balançando sua cabeleira. Gostei bastante do show, mais do que o do Guns.

Foi então que as luzes se apagaram e o momento crítico começou. Tinha em mente que a espera pelo Guns ia ser longa, mas não achei que fosse ser tanto. Estava com fome, frio, sono e com a esperança de que os caras subissem no palco sem demorar demais. Era um domingo, era a última apresentação da turnê da América do Sul, e isso seria uma grata surpresa. Mas isso não aconteceu.

Com o passar do tempo, a expectativa foi dando lugar a uma certa revolta, afinal de contas não havia justificativa para deixar tanta gente esperando, a não ser capricho e arrogância de Axl Rose. Olhei ao meu redor e vi várias e várias pessoas cochilando, outras resmungando alguma coisa sobre como estariam cansadas no dia seguinte. O público ficava cada vez mais cansado, vaiava muito e gritava "Filho da puta", ao invés de chamar pela banda. Passado mais um tempo, alguns começaram a ir embora. Considerei um grande desrespeito essa demora toda e um fator negativo de repercussão da banda, pois certamente às 1:00h da matina a energia de todos não é a mesma do que às 20:30h.



Como previsto, a primeira música a ser tocada pelo Guns N' Roses foi Chinese Democracy, mas a empolgação da galera veio logo depois: Welcome To The Jungle e It's So Easy, duas músicas que sempre tiram a galera do chão. A adrenalina subiu e fiquei esperançoso de ter uma boa experiência com esse show.

Em seguida, Mr. Brownstone, e depois algumas músicas novas foram tocadas. Cabe aqui comentar que o último álbum até tem algumas músicas legalzinhas, provavelmente se tivesse sido lançado há 15 anos teria feito sucesso. Hoje em dia, pelo menos pra mim, já soa ultrapassado. O público não conhecia as letras e não acompanhou. Estávamos todos ali para curtir os clássicos.

O show prosseguia e em momento nenhum Axl Rose se dirigiu à sua audiência. Pra mim, ele não teve carisma nenhum, e acho que, por mais fanático que você seja, dá pra perceber. Finda as músicas, os aplausos eram tímidos. O público ficou indiferente a Axl Rose. A apresentação dos integrantes da banda, por mais que fosse com material interessante (por exemplo, o guitarrista fez seu solo tocando o tema de James Bond de forma bem criativa), se tornou enfadonha, e foi deixando o pessoal ainda mais entediado.

Mais um momento de empolgação veio com You Could Be Mine, botando todos para cantar juntos. Nem todos os momentos foram assim. Sweet Child O' Mine foi legal, mas não tanto quanto eu esperava. No Rock In Rio III a galera curtiu bem mais essa que talvez seja a mais famosa deles. Depois, enquanto tocava November Rain, desci para a pista (estava na arquibancada até então) para terminar de assistir próximo da saída. Ali a situação não era diferente, muita gente cansada e alguns bêbados. A última música da noite, pelo menos que eu ouvi, foi Paradise City, música que gosto muito, mas a essa hora já estava do lado de fora da Praça da Apoteose, acho que eram umas 3:30 da manhã.




Agora vamos ao que interessa: foi bom o show? Pra mim, foi meia boca. A verdade é que o Guns N' Roses não existe mais. Agora é apenas Axl Rose cercado de alguns músicos. Esses caras são bons, tocaram tudo direitinho. O mesmo já não posso dizer de Axl Rose. Sua voz característica já não "pega" tão bem e em muitos momentos ele cantava e nenhum som era emitido.

Também não entendo sua atitude para com o público. Em 2001, quando seu falido e desacreditado Guns N' Roses veio ao Rio de Janeiro, foi muito bem recebido, e teve um grande entrosamento com a platéia. Cantou mal, mas fez sucesso. Agora somos obrigados a aturar seu mau-humor.

A experiência que tive ano passado, no show do Iron Maiden, nessa mesma Praça da Apoteose, foi totalmente diferente. A cada música que tocava as pessoas exclamavam "Que foda! Do caralho!", os fãs cantavam como um enorme coro, Bruce Dickinson inspiradíssimo, como sempre, botava a galera pra vibrar ainda mais, qualidade técnica impecável e muita energia. Foi um dos melhores shows que já fui, e olha que já fui em vários shows muito legais. Não tenho como não fazer essa comparação.

Agora, com o Guns N' Roses, o povo bocejava, reclamava, e parecia não ver a hora de ir embora. Mas, como todo bom brasileiro, aguentava firme e forte, o ingresso foi caro e queriam ouvir seus adorados clássicos. Deixo claro que eu curto Guns N' Roses, gosto muito das músicas, mas estou falando isso tudo porque esse show não desceu redondo não. Uma das coisas mais tristes pra mim foi constatar que o tradicional grito da galera "Guns! And! Roses!" praticamente não existiu dessa vez.

Uma apresentação mediana somada a uma espera longa demais, esse é meu veredicto. Preferia ter pego meu dinheiro de volta. E acho que se não fosse o dinheiro, Axl Rose também não estaria ali no palco. Bem-vindo à selva, baby!


Continue lendo >>

Show Geraldo Azevedo - Teatro Rival Petrobrás

Sono Súbito bate papo com o grande músico.


Ontem (05/04) o Sono Súbito encarou forte chuva, fila de espera e segurança mau-humorado para assistir o grande músico Geraldo Azevedo que gravou o programa Palco MPB FM no Teatro Rival Petrobrás, lá na Cinelândia.

E como valeu a pena! Geraldo deu mais uma prova de seu talento ao violão deixando os presentes fascinados com sua técnica na execução de seus vários clássicos e mais algumas canções novas. Destaque para "Canta Coração", a sequência "Talismã" e "Caravana" (quase chorei) e a mais impressionante, "Bicho de Sete Cabeças" onde Geraldo mostrou porque é um virtuose com o violão empunhado: simplesmente absurda sua técnica, o dedilhado voraz, impressionante.



Geraldo falou no programa de forma muito descontraída sobre sua carreira, amizade com o Alceu Valença e outras coisas mais.

Depois do show, tivemos a oportunidade de encontrá-lo, pegar uns autógrafos, fotografar ao lado dele e conversar um pouquinho... Geraldo é muito simpático e atencioso com seus fãs, atendendo um a um sempre com um sorriso no rosto. Mostrou satisfação ao ver os encartes que eu levei de dois discos dele, o primeiro "Geraldo Azevedo" e "Inclinações Musicais". Esse último inclusive ele relatou que a gravadora queria embarrerar por não considerar um bom disco. Engano que a história fez questão de desmentir, afinal trata-se de um grande álbum com canções que se tornaram hinos do Geraldinho, inclusive sua canção mais famosa, "Dia Branco".

O programa geralmente vai ao ar às terças, mas segundo o site vai ao ar amanhã, dia 7, às 20 horas. Dá pra escutar no site da rádio: http://www.mpbfm.com.br/
ou sintonizar o aparelho em 90.3 fm.




Continue lendo >>

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Stencil Art

Banksy é um artista de rua mundialmente conhecido. Faz trabalhos de cair o queixo com stencil nas ruas de Londres. Com obras de conteúdo social, comportamental e político, banksy mostra sua concepçãoagressiva e sarcastica sobre os fatos.
Confira aqui algumas obras, e caso goste pode visitar o site do artista para mais trabalhos.







O stencil é uma forma de arte que predomina nas ruas, para quem não sabe, é feito da seguinte forma: escolhe-se uma imagem ou ilustração, transfere para uma superficie transparente - acetato ou chapa de raio x descolorida - apos transferir, recorta-se as areas onde devem receber tinta, e entao, sobre a superficie desejada, usa-se o jet para pintar. O resultado é muito interessante. Eu particularmente sou fã de trabalhos nesse estilo.
Meu curso propôs um trabalho baseado nas obras existentes, tanto de banksy quanto de outros artistas não tão conhecidos. Peço licença para mostrar a minha criação, feita com stencil, com o tema Cenas Urbanas.


Ilustração do mendigo: Bruno Tadeu.
Da elaboração do stencil até as etapas finais no computador: Viviane Rocha

Making off

Continue lendo >>