sexta-feira, 23 de abril de 2010

RRResenha - 16 - Mary e Max


Ano passado eu assisti ao curta Harvie Krumpet, um interessante filme que narra a simplória mas estranha vida do personagem que dá nome ao filme. Semana passada fui conferir Mary e Max, o longa dirigido por Adam Elliot, o mesmo de Harvie, e foi bastante interessante.

Primeiramente, no Brasil existe uma total falta de conhecimento dos funcionários dos cinemas a respeito do que está passando e também uma total falta de noção das pessoas ao achar que todas as animações são para crianças. Resultado: todos os pais que levaram seus filhinhos para assistir ao filme saíram antes da metade. Mas acabaram perdendo um filmão.

O filme narra a história de Mary, uma menina australiana que não possui nenhum amigo e resolve mandar uma carta aleatoriamente para os EUA, quem recebe é Max, um homem com problemas mentais que mora em Nova York, e é dessa estranha ação que surge uma grande amizade.

Como seu curta, alguns pontos estão presentes em seu filme, e são justamente esses pontos que tornam o filme tão interessante. Primeiramente o filme é quase todo narrado, somente em alguns momentos os personagens tem suas vozes ouvidas, mas em geral essas vozes são seus pensamentos, esse elemento narrativo deixa o filme como uma espécie de documentário sobre as singularidades da vida humana. Outro dos bons aspectos do filme é a estranheza dos personagens, eles tem vidas comuns, mas muito estranhas, vários fatos e situações bizarras acontecem mas no geral elas são até aceitáveis. O humor do filme vem justamente desses eventos bizarros, levando nos a rir principalmente do sofrimento dos personagens. Temas como alcoolismo, doenças mentais, homossexualismo, morte e etc são usados para a composição desse estranho cenário de humor negro.

Ainda há um ponto a destacar, a estética dos bonecos por si só é bem interessante e cômica, só de olhar para alguns deles já começamos a achar graça. O diretor usa com habilidade também a paleta de cores, mostrando a Austrália como um pais quente e alaranjado e Nova York como cinza e sem e fria. Com isso ele acrescenta aos poucos um pouco de cor à vida de Max, para mostrar como é importante a amizade com Mary.

Um ótimo filme, que irá brigar na minha lista de fim de ano, imperdível. Ah, vale conferir o curta, tem no youtube com legendas, divirta-se.


RRRR

2 comentários:

Mademoisseile Lu disse...

Caro amigo, muito obrigada por me aprensentar a Harvie Kumpet, como vc mesmo pode ver adorei, realmente. infelizmente não dara tempo de ver Mary and Max. Mas fica ja agendado para o Dvd. Um curta realmente genial, onde mostra como a vida é hilariamente trágica e que da pra rir dela mesmo assim. Como sempre O Colecionador de ... acrescentou mais uma estrelinha no seu Hall da fama.

Rodrigo Nascimento disse...

Não se preocupe, já acertei com o Fábio e depois dele ter visto já fez uma cópia pra você.

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