quinta-feira, 11 de março de 2010

LISTA 21


Mais listas... dessa vez não foi culpa minha... fui incentivado por um certo colaborador deste blog... vamos lá... 21 discos essencias para mim pelos motivos mais subjetivos que vocês possam imaginar:

obs.: ordem cronológica.

Revolver (The Beatles) - 1966:



Hoje, é o disco dos Beatles que mais gosto de escutar. Um experimentalismo que em certos momentos me arrepia mais que o Sgt. Peppers. "Tomorrow Never Knows" com guitarras reproduzidas de trás pra frente fecha o disco e você com certeza não está no mesmo lugar.

Pet Sounds (The Beach Boys) - 1966:



Talvez o disco com as melhores melodias que já ouvi... tudo muito moderno, experimental, uma áurea onírica, até Beatles beberam nessa fonte...

Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band (The Beatles) - 1967:



Talvez o segundo disco com as melhores melodias que já ouvi... hehehe eleva o rock a níveis de experimentalismo nunca vistos... imponente desde a faixa que abre o disco, "Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band", até a estarrecedora "A Day in the Life". Um disco que deve ser escutado na íntegra, por favor.

Abbey Road (The Beatles) - 1969



Mais Beatles! Último álbum gravado pela maior banda de todos os tempos... como uma banda consegue gravar um álbum desse nível com os seus integrantes se odiando?? Não sei, o fato é que Abbey Road, apesar de menos experimental, tem uma sequência no lado B com todas as músicas emendadas que me arrepia, vários clássicos que gosto muito e a capa de disco mais emblemática de todos os tempos na minha opinião.

Construção (Chico Buarque) - 1971



O primeiro disco brazuca da lista... Revolucionou a carreira de Chico Buarque e da música nacional. Impecável. A sequência de "Deus lhe pague" até "Construção" é uma das minhas favoritas e sem dúvida a melhor dos discos nacionais. Chico deixou definitivamente de ser um "bom moço".

Transa (Caetano Veloso) - 1972



O melhor do Caetano. Feito no exílio, neste disco encontramos de maneira muito clara os objetivos musicais tropicalistas... músicas genuinamente brasileiras passando pelo filtro do rock... rocks executados de maneira instigante, com uma percussão impecável... difícil explicar... álbum-referência até hoje e eu adoro.

The Dark Side of the Moon ( Pink Floyd) - 1973



Segunda capa de disco mais emblemática na minha opinião, nesse disco o Pink Floyd atinge seu ápice... o quarteto se apresenta de forma tão amadurecida que nenhum instrumento se destaca mais que o outro, é tudo muito coeso, clássicos e mais clássicos. Outro disco que deve ser escutado na íntegra, por favor.

obs.: por favor, vejam e escutem sincronizados "O Mágico de Oz" e o disco mencionado. Assustador.

Secos & Molhados (Secos & Molhados) - 1973



Outra capa genial, a mais emblemática dos discos nacionais na minha opinião. Primeiro disco da banda liderada por Ney Matogrosso, genial em cada detalhe, seja musical (desfile de ótimos rocks/blues/música folclórica, tudo bem diferente do que tinha sido feito por aqui) ou em suas letras ( "Sangue Latino" é capaz de me arrepiar cada vez que escuto; poesias musicadas como "Rosa de Hiroshima" de Vinícius de Moraes, essa fantástica). Indispensável.

Loki? (Arnaldo Baptista) - 1974



Esse disco prova que loucura e genialidade andam de mãos dadas. Arnaldo nunca bateu muito bem... ainda bem! Graças a isso fomos presenteados com umas das mais fantásticas bandas de rock da história e a melhor do Brasil, Mutantes, e com um dos discos mais instigantes que já ouvi - angústia, melancolia, loucura, tudo junto, urgente, impactante, único.

Tábua de Esmeralda (Jorge Ben) - 1974



Aqui, Jorge Ben encontrou seu som. O seu primeiro disco é maravilhoso, mas é em Tábua de Esmeralda que tudo ganha peso, malemolência, suingue. Do início ao fim. Jorge Ben é rei.

Physical Graffiti (Led Zeppelin) - 1975




Nas listas colocam outros discos do Led na frente. Mas amo esse disco (valeu senhor M!). Duplo mas está longe de ser cansativo; não possuí nenhum dos grandes clássicos da banda mas tem um punhado de rocks maravilhosos. Gosto muito.

Cartola (Cartola) - 1976



Não conheço tanto de samba, mas tanto eu quanto qualquer um que tenha o mínimo de sensibilidade musical se emociona com tamanha beleza poética e melódica. Tudo conduzido pela voz mansa do nosso querido Angenor, o Cartola. O disco de 1974 é tão bonito quanto, mas esse tem suas canções supremas, "O Mundo é um Moinho" e "As Rosas não Falam". Difícil segurar o pranto.

Rocket to Russia (The Ramones) - 1977



Descobrir os Ramones foi um divisor de águas na minha vida musical. Tirando Pink Floyd, não conhecia muita coisa da década de setenta nem bandas punk. Amor a primeira audição. Nesse segundo disco da banda não há perda de força, pegada, velocidade... pelo contrário! Um desfile de hinos punks! Hey Ho Let's Go!

Óros (Fagner) - 1977



Um disco pouco ou nunca mencionado em qualquer lista de discos nacionais. Heresia. Se eu não me engano, terceiro disco do meu amigo Fagner. Essencial. Uma musicalidade psicodélica-folclórica cheia de melancolia. Ponto altíssimo da ótima primeira fase do compositor cearence. Falta reconhecimento para esse maravilhoso álbum.

A Peleja do Diabo com o Dono do Céu (Zé Ramalho) - 1980



Outro disco de importância pouco reconhecida. Capa maravilhosa com José Mojica encarnando o seu personagem Zé do Caixão, Hélio Oiticica e o próprio Zé Ramalho. Guitarras modernizam de forma arrebatadora as canções do sertão e a literatura de cordel. Disco de arrepiar cada fio de cabelo.

Cabeça Dinossauro (Titãs) - 1986



Outra capa interessante. Esboço do Da Vinci ("A expressão de um homem urrando"). Nada mais propício. O disco mais pesado em todos os sentido da banda paulista. Porrada atrás de porrada. Golpes baixíssimos nos mais diferentes setores da sociedade ou costumes dessa. "Polícia", "Bichos Escrotos", "Homem Primata", e outras nem tão conhecidas mas tão ferozes quanto como "Igreja" e "Porrada". É uma pena que eles já não sejam os mesmos.

Nevermind (Nirvana) - 1991



Trilha da minha e de muitas outras adolescências. Canções carregadas de força, raiva, revolta, distorções como nunca antes. A voz inconfundível de Kurt coroa o impressionante álbum. Mais uma capa emblemática. Disco imprescindível, só clássicos!

Da Lama ao Caos (Chico Science & Nação Zumbi) - 1994



Revolucionou a música brasileira. Science e companhia chegaram destruindo todos os conceitos musicais com o movimento Manguebit. Disco simplesmente fantástico - pernanbuco, eletrônico, rock, frevo, mangue, revolta social através da música. Audição obrigatória.

Ventura (Los Hermanos) - 2003



A outra revolução na música brasileira foi feita pelos barbudos dos Los Hermanos. O ápice, na minha opinião, foi com o Ventura. Amadurecimento nas composições e músicas, Amarante e Camelo impecáveis... "Bloco do Eu Sozinho" é ótimo mas fico com o Ventura.

Franz Ferdinand (Franz Ferdinand) - 2004



Um som repleto de referências (Beatles, anos 80 além do indie rock e seus elementos mais dançantes). Faixa de abertura (Jacqueline) de tirar o fôlego. "Take me out", "This Fire", "Michael" seguram a pegada do disco. O melhor da década. Fácil.

Uhuuu! (Cidadão Instigado) - 2009



Já falei muito desse disco por aqui. Ninguém leu e acho que nem vale a pena mesmo. Escutem, se surpreendam e depois conversem comigo.

p.s.: Catatau é gênio.

Acho que a lista representou bem meu atual momento, voltado muito mais para a música nacional. Valeu!

5 comentários:

Cesar Lopes disse...

Como eu duvido que alguém leia muito menos comente, eu comento. A lista ficou bacana, Cesar. Abraços.

Viviane Rocha disse...

boa lista!! hehhehe
e os outros do franz? nao entra?
arctic monkeys bem q podia entrar tbm!!
vou fazer a minha lista!! hauhaueah

M disse...

César já entra derrotado nas batalhas hahaha.
Já até tinha me esquecido da lista.Vi ela sendo compilada e acompanhei a dor da escolha!
Ouvi genuinamente 9 álbuns e são fodões sim.
Ainda to muito verde pra compilar uma.Quem sabe um dia.

Abraço

Fenda Flor disse...

Se não alcançou a perfeição chegou perto. Álbuns que realmente marcaram não só em sua contemporaneidade, mas na história musical e artística.Comentários fantásticos sobre cada um, descrevendo-os de forma certeira que se caso eu não já tivesse escutado cada um deles estaria fazendo isso agora mesmo.Muito bem explicativo e instigante. Deixe-me ver qual deles vou escutar agora... hahaha

Rodrigo Nascimento disse...

Viu, eu li também, mas meu conhecimento musical é deveras insignificante, resta a mim somente me acomodar em minha preguiça sonora e concordar com sua lista.

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